Departamento de Comunicação
Bruno Alexandre Elias

O camisa 10 do Verdão já mostrou que tem vocação para balançar as redes. Após marcar três vezes na vitória sobre o Guaraní do Paraguai pela Libertadores, na noite desta terça-feira (10), ele chegou à marca de quatro gols nos últimos dois jogos (ou seja: possui o dobro de gols em relação aos jogos). Em sua partida anterior, contra o Tigre-ARG, no país vizinho, o jogador anotou o primeiro da vitória por 2 a 0 (o segundo foi de Willian Bigode) – vale lembrar que o atleta sequer disputou os 90 minutos, já que, foi substituído aos 22 da segunda etapa, dando lugar a Gabriel Veron); diante da Ferroviária-SP, pelo Estadual, na partida do Verdão que precedeu a desta noite, Luiz Adriano foi poupado e não atuou.

Já se for levar em conta as últimas cinco partidas de Luiz Adriano pelo Palmeiras, foram exatamente cinco bolas na rede – ótima média de um por partida e nenhuma derrota. Mirassol, 3 a 1 (marcou um gol), Guarani, 1 a 0, Santos, 0 a 0, Tigre-ARG, 2 a 0 (marcou um gol), e Guaraní-PAR, 3 a 1 (marcou três gols). O gol contra o argentino Tigre, aliás, foi o milésimo do Maior Campeão do Brasil contra adversários internacionais.

No próprio Palmeiras, logo após sua chegada, Luiz Adriano, viveu ótima fase artilheira em seus primeiros jogos com a camisa palmeirense. Com sete tentos em suas 12 primeiras partidas, ele atingiu a média de média de 0,58 gol por duelo. Dentre as melhores médias deste século, considerando o período dentro de uma única temporada, o camisa 10 do Verdão, naquela oportunidade, igualou as médias de Alex Mineiro (2008) e Alan Kardec (2014), ambos com os mesmos 0,58 (porém com 37 gols em 63 jogos e 10 gols em 17 jogos, respectivamente).

O oportunismo de Luiz Adriano na grande área, aliás, não é novidade. Além do triplete desta noite, o atacante já havia marcado três vezes no mesmo jogo contra o Fluminense, na vitória do Verdão por 3 a 0 pelo Brasileiro de 2019 – aquele, aliás, foi o 100º hat-trick da história do Estádio Palestra Italia (considerando todas as formas físicas anteriores, inclusive a atual, o Allianz Parque).

A carreira de Luiz Adriano, por si só, é uma mostra de que o jogador foi goleador por onde passou. No Shakhtar Donetsk, que defendeu entre 2007 e 2015, é o maior artilheiro da história do clube ucraniano, com 130 gols. No Internacional de Porto Alegre, onde foi revelado em 2006, sagrou-se campeão mundial neste mesmo ano (e lá permaneceu até 2007).

Além disso, Luiz Adriano também é o 7º maior goleador brasileiro da história da Champions League, com 21 tentos – neste ranking, apenas Neymar (32), Kaká (30), Rivaldo (27), Jardel (25), Élber (24) e Mazzola (24) balançaram mais vezes a rede pela competição continental.

Certa vez, atuando pelo Spartak Moscou, da Rússia (clube que defendeu entre 2017 e 2019), na goleada por 7 a 0 sobre o Bate Borisov, da Bielorrússia, Luiz Adriano balançou as redes cinco vezes nessa mesma partida, sendo quatro delas apenas no primeiro tempo – foi o segundo da história a protagonizar tal feito no Leste Europeu. O primeiro? Lionel Messi.

Luiz Adriano tem 32 anos de idade e possui vínculo vigente com o Verdão até 2023. Ao todo, somando as partidas de 2019 e de 2020 até aqui, são 26 jogos e 12 gols com a camisa do Maior Campeão do Brasil. Apenas na atual temporada, são 11 partidas disputadas e cinco bolas na rede.

3º JOGADOR A MARCAR HAT-TRICK NA LIBERTADORES E NA CHAMPIONS LEAGUE

O atual camisa 10 tornou-se o 3º jogador a marcar três vezes em uma partida pela Libertadores e também pela Champions. Antes dele, Neymar havia feito hat-trick pelo Santos, no continental sul-americano, pelo Barcelona e pelo PSG, no continental europeu, enquanto Jadson havia marcado pelo Corinthians e pelo Shakhtar Donetsk.

ÚLTIMOS HAT-TRICKERS ANTES DE LUIZ ADRIANO (NO GERAL E NA LIBERTADORES)

Este foi o segundo triplete de 2020. Antes de Luiz Adriano, foi Willian Bigode quem marcou três vezes: diante do Oeste, na goleada por 4 a 0 pelo Paulista desse ano. Levando em conta apenas a Libertadores, este foi o terceiro hat-trick – o primeiro foi de Lopes Tigrão, contra o Cruzeiro, em 2001, e o segundo de Borja, contra o Junior Barranquilla, em 2018.