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O zagueiro Henri fez sua estreia pelo time profissional do Verdão no duelo com o Guarani (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Quando o juiz apitou o início de Palmeiras x Guarani na noite de sexta-feira (23), no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas-SP, pelo Campeonato Paulista, um filme passou na cabeça do zagueiro Henri. Após o ano de 2020 inteiro em tratamento de uma grave lesão no joelho – quando havia acabado de ser promovido ao Profissional -, o defensor de 19 anos pôde, enfim, estrear pelo Palmeiras.

“Passou um flashback na minha cabeça no começo do jogo. Foi uma espera de mais de um ano e foi um tempo difícil ver os meus companheiros treinando e jogando e eu fora. Quando subi, estava treinando com muito empenho e nunca tinha machucado antes. Foi algo que me abalou um pouco. Na sequência, o clube me ajudou a trazer os meus familiares, que moram em Araçatuba-SP, para São Paulo-SP e isso me ajudou muito. Mas contra o Guarani foi um momento de alegria porque pude estrear pelo time profissional e com vitória. Foi um sonho de criança. Agora é trabalhar firme para melhorar cada vez mais o meu desempenho”, afirmou o camisa 44, que chegou ao Verdão em 2015, aos 13 anos, e conquistou na base o bicampeonato do Mundial de Clubes Sub-17 (2018 e 2019), o Paulista Sub-17 (2018), a Copa do Brasil Sub-17 (2019), a Supercopa do Brasil Sub-17 (2019) e o bicampeonato paulista Sub-15 (2016 e 2017).

“O período e os títulos nas categorias de base me trouxeram um reconhecimento dentro e fora do clube, assim como os títulos com a Seleção Brasileira, que também me abriram uma janela bem grande para eu estar aqui no Profissional hoje”, disse Henri, campeão e capitão da Copa do Mundo Sub-17 de 2019 com a Seleção Brasileira ao lado dos companheiros Renan, Gustavo Garcia e Gabriel Veron.

“Ter subido junto deles facilita a adaptação ao Profissional pelo entrosamento que tínhamos na base e continuamos tendo agora. E tem também a amizade e irmandade do dia a dia. Eu, Renan e o Garcia estamos juntos desde o Sub-13. Depois, vieram o Fabinho e o Gabriel Menino. Depois, o Veron. Ou seja, é um convívio que vem de muito tempo e essa união vai só se fortalecendo”.

Henri aproveita também para aprender com os mais experientes do elenco. Em sua estreia, por exemplo, Felipe Melo o aconselhou bastante. “Os zagueiros mais experientes são caras que eu sempre assisti pela televisão e me espelhei. Na minha estreia, o Felipe Melo me deu muitas instruções dentro de campo para que que eu pudesse melhorar e todos eles são exemplos para mim dentro e fora de campo. Estarei sempre disposto a ouvir qualquer palavra deles”, completou o zagueiro, que, apesar de tímido e dono de uma fala mansa, comandou, com o pandeiro nas mãos, o samba no vestiário do Maracanã na festa da conquista da CONMEBOL Libertadores, no último dia 30 de janeiro.

“O amor ao samba vem desde pequeno. Meu pai sempre colocou para tocar em casa e eu peguei amor. Quando comecei a viajar jogando bola, vi os meninos tocando pandeiro, quis aprender e consegui no Youtube mesmo, sem pagar nada, aos 12 anos. Depois comprei um e levo para todo lugar (risos). Eu avisei o Luiz Adriano que eu sabia tocar e ele, com o tantan, me levou para a festa. Acho que o pessoal aprovou”, finalizou.

Henri foi capitão da Seleção Brasileira na conquista da Copa do Mundo Sub-17