Resenha da Academia: Willian valoriza estudos e mentalidade em bate-papo com a base

Daniel Romeu
Departamento de Comunicação

O atacante Willian foi o convidado desta quinta-feira (14) do Resenha da Academia, projeto do Palmeiras no qual jogadores do clube participam de uma palestra aos jovens das categorias de base. Campeão do Brasileiro 2018 pelo clube, o jogador conversou com as equipes Sub-16 e Sub-17 do Verdão e comentou sobre as dificuldades enfrentadas no início da carreira, a importância dos estudos e outras dúvidas trazidas pelos jovens no bate-papo.

O projeto Resenha da Academia foi iniciado em 2015 e já contou com a participação de jogadores como Zé Roberto, Gabriel Jesus e Fernando Prass, entre outros – neste ano, participaram Felipe Melo, Bruno Henrique, Gustavo Gómez, Luan e Scarpa. Willian comentou sobre sua trajetória no futebol, a dificuldade de viver longe da família, a importância da mentalidade no futebol e elegeu os jogos mais importantes que disputou na carreira.

Fabio Menotti/Ag. Palmeiras/Divulgação_Willian falou sobre o seu início de carreira para jogadores da base palmeirense

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“Um dia eu estive nesse mesmo momento que vocês estão. Posso transmitir algumas coisas que vocês podem levar para a caminhada de vocês. Vivi as mesmas dificuldades. Hoje estou aqui muito feliz, desfrutando de tudo. O futebol passa muito rápido. Aproveitem tudo o que um clube como o Palmeiras oferece. Vocês estão em fase de transição para o Sub-20, cria um medo, uma dúvida. Tente deixar isso de lado e acreditar que são capazes”, afirmou.

“Nessa idade a gente só quer jogar bola, mas esquecemos do mais importante que é estudar. Sabemos da dificuldade que é para se tornar jogador. Sempre valorizem o estudo em paralelo, porque a carreira vai passar e a vida vai seguir”, completou o atacante.

Willian estreou como profissional no Guarani, em 2004, aos 18 anos de idade. Depois, passou por Athletico-PR, Vila Nova, Figueirense, Corinthians, Metalist-UCR e Cruzeiro antes de chegar ao Verdão. Na base, deu os primeiros chutes em uma escolinha de futebol na cidade de Urânia, onde também jogou pelo Clube Atlético Uraniense antes de se transferir ao Rio Preto. Ao longo da vida, sempre contou com a ajuda do pai nos momentos de dúvida.

“Sou do interior de São Paulo, comecei minha caminhada com meu pai na minha cidade. Com cinco anos comecei na escolinha onde ele era professor. O sonho dele de se tornar jogador, que ele não conseguiu realizar, ele transmitiu para mim. Isso sem gerar um peso, sempre exigindo respeito, educação. Meu pai me disse: ‘nunca perca a humildade, sempre respeite seus treinadores, seus companheiros’. Levo isso para a minha vida”, declarou Willian.

O jogador também comentou sobre planejamento financeiro e como ele usa os ganhos do futebol para ajudar outras pessoas – como uma ONG no qual é um dos colaboradores, na África. Segundo ele, a partida mais importante da carreira até agora foi contra o Peñarol, na Libertadores de 2017. Após sair perdendo por 2 a 0, Willian entrou no segundo tempo e marcou dois gols na virada alviverde no estádio Campeón Del Siglo, em Montevidéu.

A força mental o ajudou a superar a lesão sofrida no ano passado, no mesmo jogo em que comemorou o decacampeonato alviverde. “A mentalidade hoje equivale à parte física. Tenho um mentor que me ajuda. Com 32 anos, receber uma notícia de que você precisa passar por uma cirurgia te traz medo. Daí a importância da mentalidade, da minha fé, saber que era um processo que faz parte da carreira. Absorvi tudo muito rápido, com ajuda da minha família”.

Fabio Menotti/Ag. Palmeiras/Divulgação_Jogadores das equipes Sub-17 e Sub-16 do Palmeiras participaram da Resenha da Academia com Willian