Alana Maldonado celebra um ano do título mundial: ‘Dia mais feliz da minha vida’

Departamento de Comunicação

Danilo M. Yoshioka _ Alana foi a 1ª brasileira a faturar o ouro no Mundial de Judô ParalímpicoAlana Maldonado, judoca paralímpica do Palmeiras, celebrou um ano da conquista da medalha de ouro no Mundial da categoria no último domingo (17). Disputado em Portugal no ano passado, o torneio teve pela primeira vez na história uma brasileira no lugar mais alto do pódio.

Atual medalhista de prata dos Jogos Parapan-Americanos, realizado neste ano em Lima, no Peru, a palmeirense relembrou momentos cruciais da conquista. "Foi o dia mais feliz da minha vida. Por tudo que envolveu a conquista. Tive uma grave lesão ano passado, mas não perdi a fé em nenhum momento. Sabia que poderia dar a volta por cima”, declarou.

Desde sua chegada ao Palmeiras, em 2018, Alana coleciona diversas conquistas importantes. Só neste ano foram seis medalhas: Grand Prix IBSA Tashkent (ouro), Grand Prix CBDV (ouro), German Open (ouro), Grand Prix IBSA Baku (prata), IBSA Judo International Qualifier (prata) e Jogos Parapan-Americanos de Lima (prata).

Uma das favoritas à conquista do ouro entre judocas de pesos médios (até 70kg) nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, a atleta aproveitará o resto da atual temporada para entrar com tudo em 2020 e fazer bonito na competição – a paratleta foi medalhista de prata na última edição das Paralimpíadas, disputada no Rio de Janeiro, em 2016.

 "Com certeza minha meta é vencer as Paralimpíadas. Na Rio 2016 eu bati na trave e fiquei com a prata. Agora estou trabalhando muito pra tentar mais uma conquista inédita para o Brasil", disse.

Fã das artes marciais desde o berço, Alana iniciou a carreira no judô aos quatro anos, sob forte influência da família e principalmente dos avós. No entanto, aos 14, descobriu que era portadora da doença de Stargardt, causadora de perda progressiva da visão central, mas que não afeta a visão periférica do indivíduo.

A judoca compete pela categoria B2 para deficientes visuais (consegue ver vultos e distinguir o formato de uma mão). Desde sua primeira convocação à Seleção Brasileira, em 2015, ela nunca ficou de fora do pódio em competições internacionais.