Em uma retrospectiva da campanha palmeirense na Libertadores 2019, é importante destacar a ótima atuação do time palestrino na primeira fase da competição. Aliás, pelo segundo ano consecutivo, o Verdão protagonizou a melhor campanha da primeira fase da Conmebol Libertadores. Foram 15 pontos conquistados, com cinco triunfos (sendo duas vitórias sobre o Junior Barranquillla-COL, outras duas sobre o Melgar-PER e mais uma diante do San Lorenzo-ARG) e apenas uma derrota (para o San Lorenzo, na Argentina) – aproveitamento de 83,3%. O Cruzeiro também fez 15 pontos, mas ficou atrás do Verdão no saldo de gols (12 a 9).
Nas oitavas de final, o Palmeiras passou pelo Godoy Cruz-ARG após um susto antes de empatar por 2 a 2 no jogo de ida, em Mendonza-ARG (o avião que transportava a delegação palestrina acometeu duas vezes chegando ao território argentino, levando o elenco a vivenciar um drama generalizado), e ganhar com placar amplo no jogo de volta, no Allianz Parque: 4 a 0.
Já pelo jogo de volta das quartas de final, Palmeiras e Grêmio se enfrentaram no Pacaembu na partida decisiva e, apesar da vantagem do Alviverde no jogo de ida (triunfo por 1 a 0 na arena tricolor, com um golaço de Gustavo Scarpa), foi o time visitante que levou a melhor: venceu por 2 a 1, de virada, com gols de Everton e Alisson após Luiz Adriano abrir o placar para o Verdão.
Campeão em 1999, o Alviverde se despediu da Libertadores 2019 com números expressivos: foram 10 jogos até as quartas de final (fase em que se despediu), sete vitórias (sendo o time que mais havia vencido até então), um empate e apenas duas derrotas (time que menos havia perdido até então), com 21 gols marcados (era o melhor ataque da edição do torneio até aquele momento) e cinco sofridos (melhor defesa dentre as equipes que chegaram até o encerramento daquela fase). O Palmeiras também era detentor, até o momento em que foi eliminado, do maior número de assistências dentre as equipes participantes na edição de 2019 do continental: 17 passes a gol, de acordo com dados do Footstats, seguido do trio Flamengo, Internacional e Boca Juniors, que somaram 12 até aquela etapa.
Apesar da eliminação nas quartas de final, o Palmeiras tinha o artilheiro do campeonato: Gustavo Scarpa, com seis gols, à época empatado com Marco Ruben (Athletico-PR) e Adrián Martínez (Libertad-PAR). Scarpa, àquela altura, também era o artilheiro do time no ano, com 10 gols. Vale lembrar que o Alviverde já contou com 5 artilheiros da Libertadores. São eles: Tupãzinho (1968, com 11 gols), Lopes (em 2001, com nove gols), a dupla Marcinho e Washington (ambos em 2006, com cinco gols cada um) e Borja (em 2018, com 9 gols).
Até a sua despedida da Libertadores 2019, no revés sofrido para o Grêmio por 2 a 1, o Palmeiras vinha com desempenho de 100% de aproveitamento em seus domínios, com 4 vitórias em 4 jogos e nenhum gol sofrido sequer. Foram elas: Melgar-PER (3 a 0), Junior Barranquilla-COL (3 a 0), San Lorenzo-ARG (1 a 0) e Godou Cruz-ARG (4 a 0).
Já em relação aos números históricos, foi com esta participação na Libertadores de 2019 que o Alviverde manteve o posto de clube brasileiro que mais vezes disputou o torneio: 19 edições, ao lado do Grêmio e do São Paulo. Foi graças a essa Libertadores também que o Palmeiras prosseguiu como o time brasileiro com mais gols na história da competição sul-americana: 330 gols marcados – em seguida, vinham o Cruzeiro com 307 gols e o Grêmio com 295 (dados atualizados em 01/10/2019).
Além disso, a Conmebol Libertadores 2019 viu o Palmeiras ampliar seu número de vitórias na história do torneio independentemente do mando de campo: o time palestrino seguiu como o segundo brasileiro do Continental neste quesito, com 98 triunfos, à frente do Cruzeiro, com 95, e atrás apenas do Grêmio, com 101 resultados positivos (até 01/10/2019).
Nesta participação de 2019, o Maior Campeão do Brasil chegou a sua 36ª vitória fora de casa, se consolidando como o melhor brasileiro visitante na competição, seguido do Cruzeiro (34) e do Grêmio (32) – dados atualizados até 01/10.
Individualmente, Dudu se tornou um dos jogadores da história do Palmeiras com mais jogos pela Libertadores, deixando para trás ídolos históricos como Arce, Ademir da Guia, Cesar Sampaio, Junior e seu homônimo dos anos 60 e 70, Dudu. Agora, o camisa 7 do Palmeiras soma 32 partidas no certame continental e, neste quesito, só fica atrás de Galeano, com 38, Alex, com 39, e Marcos, com 57 (o recordista).
Miguel Borja também se destacou nos aspectos individuais. Com seus dois gols marcados nesta edição – ambos contra o Godoy Cruz-ARG, nas oitavas de final –, o colombiano (artilheiro da Libertadores de 2018, com 9 gols) chegou a 11 bolas na rede no total pelo Alviverde, tornando-se o segundo maior artilheiro da história do clube na competição, ao lado de Tupãzinho; o líder da lista é Alex, com 12.
E não são só os jogadores. Felipão também pôde ampliar seu ótimo retrospecto na mais importante competição das Américas. Responsável por conduzir o Palmeiras ao seu título de 1999, ele também já foi campeão pelo Grêmio em 1995. O ano de 2019 marcou a quarta disputa do treinador no Continental – sendo o técnico que mais edições acumulou no Verdão até aqui. As outras três foram a já citada de 1999 (campeão), 2000 (vice-campeão) e 2018 (semifinalista).
Além de ser o técnico campeão, Luiz Felipe Scolari é também o treinador que mais vezes comandou o clube palmeirense no Continental (44 vezes) e que mais venceu pelo torneio (24 triunfos), além de sete empates e 13 reveses.
Na Libertadores como um todo, somando todos os clubes de Scolari, foram 74 jogos (42 vitórias, 15 empates e 17 reveses) que o deixam perto do top 10 dos técnicos com mais jogos na competição por qualquer equipe – ele ocupa a 11ª posição. O 10º é o uruguaio Roberto Scarone, com 78 jogos em 9 participações, entre 1960 e 1983. Já o recordista é o colombiano Gabriel Ochoa Uribe com 112 jogos em 13 participações entre 1960 e 2001.
Campanha
10 jogos, 7 vitórias, 1 empate, 2 derrotas, 21 gols marcados, 5 gols sofridos.
Técnico
Luiz Felipe Scolari;
Jogador | Posição | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Gols |
---|---|---|---|---|---|---|
Antônio Carlos | Zagueiro | 3 | 2 | 0 | 1 | 0 |
Arthur Cabral | Atacante | 1 | 1 | 0 | 0 | 0 |
Borja | Atacante | 5 | 4 | 1 | 0 | 2 |
Bruno Henrique | Volante | 9 | 6 | 1 | 2 | 0 |
Carlos Eduardo | Atacante | 1 | 1 | 0 | 0 | 0 |
Deyverson | Atacante | 7 | 4 | 1 | 2 | 2 |
Diogo Barbosa | Lateral | 6 | 3 | 1 | 2 | 0 |
Dudu | Atacante | 10 | 7 | 1 | 2 | 2 |
Felipe Melo | Volante | 9 | 7 | 1 | 1 | 2 |
Felipe Pires | Meio-campista | 2 | 1 | 0 | 1 | 0 |
Gustavo Gómez | Zagueiro | 10 | 7 | 1 | 2 | 1 |
Gustavo Scarpa | Meio-campista | 8 | 7 | 0 | 1 | 6 |
Hyoran | Meio-campista | 6 | 5 | 1 | 0 | 1 |
Luan | Zagueiro | 7 | 5 | 1 | 1 | 0 |
Lucas Lima | Meio-campista | 3 | 2 | 0 | 1 | 0 |
Luiz Adriano | Atacante | 2 | 1 | 0 | 1 | 1 |
Marcos Rocha | Lateral | 7 | 4 | 1 | 2 | 1 |
Mayke | Lateral | 3 | 3 | 0 | 0 | 0 |
Moisés | Meio-campista | 4 | 3 | 0 | 1 | 1 |
Raphael Veiga | Meio-campista | 6 | 3 | 1 | 2 | 1 |
Ricardo Goulart | Atacante | 3 | 3 | 0 | 0 | 1 |
Thiago Santos | Volante | 5 | 3 | 0 | 2 | 0 |
Victor Luis | Lateral | 4 | 4 | 0 | 0 | 0 |
Weverton | Goleiro | 10 | 7 | 1 | 2 | -5 |
Willian | Atacante | 4 | 2 | 1 | 1 | 0 |
Zé Rafael | Meio-campista | 4 | 3 | 0 | 1 | 0 |
Técnico | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas |
---|---|---|---|---|
Felipão | 10 | 7 | 1 | 2 |