O Palmeiras iniciou a Libertadores de 2018 sob o comando do treinador Roger Machado. Em sua 18ª participação no Continental, o Verdão se tornou a equipe que mais vezes participou do mais importante torneio de clubes das Américas, ao lado de Grêmio e São Paulo. De quebra, o Verdão ainda contou com um dos artilheiros do torneio: o colombiano Miguel Borja, camisa 9 palmeirense, empatado com Wilson Morelo, do Independiente Santa Fé-COL – ambos com nove gols.
Na primeira fase, o Alviverde foi o dono da melhor campanha geral, empatando apenas um jogo e vencendo todos os outros, com 14 gols marcados e apenas três sofridos. Os adversários da fase inicial foram o Júnior Barranquilla-COL, Alianza-PER e Boca Juniors-ARG. E pelo fato de ter adquirido a melhor campanha na fase de grupos, pôde disputar em casa todos os jogos de volta nas fases decisivas.
Nas oitavas de final, já sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, o Verdão passou pelo Cerro Porteño-PAR, após vencer por 2 a 0 na ida, no Paraguai, e sofrer revés por 1 a 0 no jogo de volta, no Allianz Parque, com um homem a menos desde os dois minutos de jogo – o Verdão segurou o resultado e terminou a partida com nove em campo, mas garantiu a classificação.
O Colo-Colo-CHI foi o adversário do Palmeiras nas quartas de final. Os embates marcaram reencontro com ex-jogadores do clube palestrino: Valdivia e Barrios. Sem susto, o Maior Campeão do Brasil passou pelo adversário do país vizinho, após vencer as duas partidas pelo placar de 2 a 0.
O time palmeirense se despediu do sonho da conquista do bicampeonato continental após seus caminhos se cruzarem, novamente, com os do Boca Juniors-ARG. Contra a equipe xeneize, o Verdão sofreu revés por 2 a 0 no jogo de ida, na Bombonera – com gols sofridos nos minutos finais da partida. No duelo de volta, o Alviverde até impôs pressão sobre os rivais após sair perdendo; virou o jogo e incendiou a partida, mas o gol de empate do Boca (2 a 2) rechaçou as chances palestrinas.
Quebra de recordes
Além de ter se tornado, em 2018, o time com mais participações na Libertadores (ao lado de Grêmio e São Paulo) – 18 edições disputadas –, o Palmeiras também acumulou outras marcas históricas ao longo de sua participação nesta edição do torneio.
O Verdão se tornou o primeiro brasileiro a vencer em 6 países diferentes em uma única edição da Libertadores, acumulando triunfos na Colômbia (contra o Junior Barranquilla), Argentina (Boca Juniors), Peru (Alianza Lima), Paraguai (Cerro Porteño), Chile (Colo Colo) e no próprio Brasil (Alianza Lima. Junior Barranquilla e Colo-Colo). Ou seja, até o primeiro jogo das semifinais, contra o Boca Juniors-ARG, o time havia vencido todos adversários que enfrentou fora de casa no Continental de 2018. O mais perto que outros times nacionais conseguiram chegar deste recorde do Verdão foram vitórias em cinco países diferentes. São eles: Cruzeiro (1976), Flamengo (1981), Vasco (2001), Santos (2007) e Grêmio (2009).
Nesta edição, o Alviverde impôs ainda a maior série de vitórias fora de casa na Libertadores em todos os tempos: foram cinco triunfos seguidos longe de seus domínios, superando as quatro vitórias obtidas na participação de 1971, sob o comando do técnico Rubens Minelli. Os jogos da maior sequência de triunfos foram contra o Junior Barranquilla-COL (3 a 0), Boca Juniors-ARG (2 a 0), Alianza Lima-PER (3 a 1), Cerro Porteño-PAR (2 a 0) e Colo-Colo-CHI (2 a 0).
Vale ressaltar também que, em 2018, o Verdão se isolou como o brasileiro com mais vitórias fora de casa na Libertadores. O time acumulou 33 triunfos fora de seus domínios no Continental até o fim de sua participação no torneio. De quebra, o Alviverde ampliou outro recorde que já era seu: o de time brasileiro com mais bolas na rede como visitante na Libertadores, com 127 tentos anotados – sendo que, com 309 gols no geral (incluindo jogos como mandante e visitante), o Alviverde também é o time brasileiro com mais bolas na rede pela competição continental no geral.
Além disso, o Verdão foi ainda o primeiro time brasileiro a vencer o Boca Juniors por dois gols de diferença em La Bombonera – o fato ocorreu na fase de grupos da Libertadores 2018, com gols de Keno e Lucas Lima (2 a 0). São poucos os times brasileiros que bateram a equipe xeneize em plena La Bombonera. Antes do Verdão, apenas quatro equipes nacionais haviam vencido do time argentino pela Libertadores: o Santos de Pelé (1963), o Cruzeiro (1994), o Paysandu (2003) e o Fluminense (2012). Nenhuma destas agremiações, no entanto, superou o rival por dois gols de diferença – este, portanto, é um privilégio exclusivo do Verdão.
Nos aspectos individuais, o meio-campista Bruno Henrique se destacou pelo fato de ter sido eleito o melhor em campo pela organização do torneio sul-americano nada menos do quatro vezes! As partidas em que o camisa 19 foi premiado foram nos triunfos sobre o Júnior Barranquilla-COL, na Colômbia, sobre o Boca Juniors-ARG, em plena Bombonera, diante do Cerro Porteño-PAR, no Allianz Parque, e ante o Colo-Colo-CHI, no Chile. O jogador também foi quem mais vezes vestiu a braçadeira de capitão ao longo da competição: seis.
Borja é outro jogador que merece destaque na participação do Verdão na Libertadores de 2018. O atacante atuou em todas as partidas do certame (12 jogos) e, consequentemente, foi quem mais venceu (oito vezes). Mas o grande legado do atleta ficou por conta da artilharia: com nove gols, o colombiano foi, ao lado de Morelo (do Independiente Santa Fé-COL), o goleador máximo da Conmebol Libertadores 2018, se tornando o 5º artilheiro alviverde na história do Continental. Os outros quatro são Tupãzinho (1968, com 11 gols), Lopes (em 2001, com nove gols), Marcinho e Washington (ambos em 2006, com cinco gols cada um).
E não são apenas os jogadores que se destacam no campo individual. Após retornar ao Palmeiras, o técnico Luiz Felipe Scolari participou pela terceira vez da Libertadores da América pelo clube alviverde – foi ele, aliás, quem conduziu o time ao título em 1999. Com o desempenho de 2018, o treinador se tornou o único técnico a chegar a três semifinais do Continental pelo Verdão: as outras foram em 1999 e 2000. Vale lembrar que Felipão é o técnico que mais comandou o Palmeiras em jogos de Libertadores ao longo da história até aqui (34 vezes) e o que mais vitórias acumulou (17).
Campanha
12 jogos, 8 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 22 gols marcados, 8 gols sofridos.
Técnicos
Roger Machado e Luiz Felipe Scolari.
Jogador | Posição | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Gols |
---|---|---|---|---|---|---|
Antônio Carlos | Zagueiro | 8 | 6 | 1 | 1 | 0 |
Borja | Atacante | 12 | 8 | 2 | 2 | 9 |
Bruno Henrique | Meio-campista | 10 | 6 | 2 | 2 | 3 |
Deyverson | Atacante | 8 | 5 | 1 | 2 | 0 |
Diogo Barbosa | Lateral | 9 | 5 | 2 | 2 | 0 |
Dudu | Atacante | 11 | 7 | 2 | 2 | 2 |
Edu Dracena | Zagueiro | 5 | 4 | 1 | 0 | 0 |
Emerson Santos | Zagueiro | 2 | 2 | 0 | 0 | 0 |
Felipe Melo | Volante | 8 | 4 | 2 | 2 | 0 |
Fernando Prass | Goleiro | 1 | 1 | 0 | 0 | 0 |
Guerra | Meio-campista | 4 | 3 | 1 | 0 | 0 |
Gustavo Gómez | Zagueiro | 3 | 1 | 1 | 1 | 0 |
Gustavo Scarpa | Meio-campista | 2 | 1 | 1 | 0 | 0 |
Hyoran | Meio-campista | 5 | 5 | 0 | 0 | 1 |
Jailson | Goleiro | 5 | 4 | 1 | 0 | 0 |
Jean | Lateral e Meio-campista | 4 | 3 | 0 | 1 | 0 |
Keno | Atacante | 3 | 2 | 1 | 0 | 2 |
Luan | Zagueiro | 4 | 2 | 1 | 1 | 1 |
Lucas Lima | Meio-campista | 7 | 4 | 2 | 1 | 1 |
Marcos Rocha | Lateral | 3 | 2 | 1 | 0 | 0 |
Mayke | Lateral | 9 | 6 | 1 | 2 | 0 |
Moisés | Meio-campista | 10 | 6 | 2 | 2 | 0 |
Tchê Tchê | Meio-campista | 3 | 3 | 0 | 0 | 0 |
Thiago Martins | Zagueiro | 4 | 3 | 1 | 0 | 1 |
Thiago Santos | Volante | 8 | 6 | 0 | 2 | 0 |
Victor Luis | Lateral | 4 | 4 | 0 | 0 | 0 |
Weverton | Goleiro | 6 | 3 | 1 | 2 | 0 |
Willian | Atacante | 10 | 6 | 2 | 2 | 1 |
Técnico | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas |
---|---|---|---|---|
Roger Machado | 6 | 5 | 1 | 0 |
Felipão | 6 | 3 | 1 | 2 |