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COPA LIBERTADORES

A trajetória do Verdão na maior competição de clubes da América

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Testes para cardíacos e batalha campal

Autor: Alessandro Silva

A participação do Palmeiras na Conmebol Libertadores Bridgestone 2017 ficou marcada por momentos emocionantes. Verdadeiros testes para cardíacos, com vitórias garantidas com gols no último minuto, virada improvável e até a uma briga generalizada em solo uruguaio.

Após liderar o Grupo 5 durante toda a primeira fase – chave da qual também participaram Club Atlético Tucumán (ARG), Jorge Wilstermann (BOL) e Peñarol (URU) –, o Palmeiras sofreu um tropeço nas oitavas de final, contra o Barcelona-EQU. Um gol sofrido aos 45 minutos do segundo tempo no jogo de ida fez com que o time não conseguisse reverter o resultado no jogo de volta, no Allianz Parque, mesmo vencendo por 1 a 0. Em uma dramática disputa de pênaltis, o Verdão acabou eliminado.

Ainda sob o comando do técnico Eduardo Baptista, o Palmeiras estreou na Libertadores contra o Club Atlético Tucumán. No estádio Monumental José Fierro, em San Miguel de Tucumán, o Verdão arrancou um empate contra o adversário aos 39 minutos da segunda etapa, já que havia saído perdendo por 1 a 0. O atacante Keno foi o autor do primeiro gol do Alviverde na edição de 2017 da copa continental.

Nesse duelo de estreia do Verdão, ante os argentinos, o polivalente Zé Roberto (que atuou tanto na meia quanto na lateral esquerda), bateu a marca que antes pertencia a Rogério Ceni e se tornou o jogador brasileiro mais velho a atuar em jogo de Libertadores, com 42 anos, 8 meses, e 2 dias

Nas duas partidas seguintes, duas vitórias obtidas nos derradeiros minutos de acréscimo do tempo regulamentar. Contra o Jorge Wilstermann, no Allianz Parque, o time de Baptista bateu os bolivianos após marcar um gol aos 50 minutos do segundo tempo, com o zagueiro Mina. O fato se repetiu contra o Peñarol, também jogando em casa: aos 53 do segundo tempo, o Verdão marcou o gol da vitória que definiu o placar em 3 a 2, com gol de Fabiano, após começar perdendo, virar para 2 a 1 e sofrer gol de empate.

O segundo turno da primeira fase começou com o Verdão enfrentando o Peñarol no Uruguai. O Alviverde saiu perdendo por 2 a 0 e buscou a virada por 3 a 2 de forma espetacular. Após o apito do árbitro, no entanto, os donos da casa não aceitaram a derrota e partiram para cima dos jogadores palmeirenses. Fernando Prass – que nada havia feito – foi cercado por jogadores rivais e atingido com socos no rosto e pontapés.

O auge da confusão se deu quando os jogadores do Peñarol partiram para cima de Felipe Melo, que não hesitou em reagir, acertando um soco em seu agressor – a legítima defesa, inclusive, rendeu ao jogador uma injusta punição, com suspensão de seis jogos (depois caiu para três jogos após o departamento jurídico do Verdão entrar com recurso). Os staffs do time mandante ainda foram apontados por membros da comissão técnica do Verdão como causadores de uma emboscada, ao forçarem o fechamento dos portões de acesso do campo ao vestiário, encurralando toda a coletividade palestrina.

O penúltimo compromisso na fase de grupos, válido pela 5ª rodada, foi frente ao Jorge Wilstermann. Jogando em seu território, os bolivianos devolveram a derrota sofrida no Allianz Parque e bateu o Verdão por 3 a 2. O revés foi impactante para o Palmeiras: foi esse resultado que determinou a queda do técnico Eduardo Baptista.

No último embate pela fase de grupos, já sob o comando do técnico Cuca, o Palmeiras recebeu o Club Atlético Tucumán no Allianz Parque. A vitória por 3 a 1 assegurou matematicamente a participação do Alviverde na fase de mata-mata. Além disso, Zé Roberto, autor de um dos gols do jogo, estabeleceu um novo recorde em sua carreira: tornou-se o jogador mais velho (independentemente da nacionalidade) a balançar as redes na história da Libertadores, aos 42 anos, 10 meses e 18 dias. Os 3 a 1 impostos sobre o time tucumano também marcou a última atuação do atacante Willian, então artilheiro do Verdão no torneio.

A atmosfera para o primeiro embate das oitavas de final, contra o Barcelona-EQU, era favorável. O Verdão vinha de um empate em 3 a 3 contra o Cruzeiro na Copa do Brasil, após sair perdendo por 3 a 0 e reagir, e de vitória contra o Grêmio por 1 a 0 pelo Brasileirão. Às vésperas do confronto contra a equipe equatoriana, no entanto, uma notícia abalou o grupo palmeirense, que já estava concentrado na cidade de Guayaquil.

O filho de três anos do meia Alejando Guerra virou notícia por sofrer um afogamento durante uma festa em sua residência, em São Paulo. Mesmo com a história tendo final feliz, o acidente, naquele momento, havia caído como uma bomba, e Guerra voltou para o Brasil dando vaga no time a Bruno Henrique.

Criou-se, então, uma expectativa para o segundo encontro com a equipe de Guayaquil, e os longos 34 dias que separaram o Palmeiras deste embate decisivo alimentaram a pressão sobre o time de Cuca. Quando finalmente chegou o dia da partida, o Palmeiras se deparou com uma torcida estonteante, que inclusive produziu um belíssimo mosaico 360º na arena para recepcionar o time quando fosse entrar em campo.

O Verdão abriu o marcador no segundo tempo, com Moisés, que entrara havia cinco minutos, após a volta do intervalo. O camisa 10 do Verdão, inclusive, havia ficado aproximadamente cinco meses no departamento médico se recuperando de lesão sofrida ainda durante o Campeonato Paulista (dias antes, havia atuado por 45 minutos a partida diante do Atlético-PR, pelo Brasileirão).

Mesmo pressionando até os minutos finais, o Alviverde não conseguiu chegar ao segundo gol, fazendo com que a disputa fosse para os penais. Nas cobranças, Jailson chegou a fazer uma defesa, mas Bruno Henrique e Egídio desperdiçaram.

Campanha

8 jogos, 5 vitórias, 1 empate, 2 derrotas, 14 gols marcados, 10 gols sofridos.

Técnicos
Eduardo Baptista;
Cuca;

Quem jogou

Jogador Posição Jogos Vitórias Empates Derrotas Gols
Borja Atacante 7 4 1 2 0
Dudu Atacante 7 4 1 2 1
Fernando Prass Goleiro 7 4 1 2 0
Keno Atacante 7 4 1 2 1
Michel Bastos Lateral e Meia 7 4 1 2 0
Róger Guedes Atacante 7 4 1 2 0
Tchê Tchê Lateral e Meia 7 5 0 2 0
Willian Atacante 7 4 1 2 4
Edu Dracena Zagueiro 6 5 1 0 0
Guerra Meia 6 5 0 1 1
Thiago Santos Volante 6 3 1 2 0
Jean Lateral e Meia 5 3 1 1 0
Zé Roberto Lateral e Meia 5 3 1 1 1
Felipe Melo Volante 4 3 1 0 0
Mina Zagueiro 4 2 0 2 3
Vitor Hugo Zagueiro 3 1 1 1 0
Bruno Henrique Volante 2 1 0 1 0
Egídio Lateral 2 2 0 0 0
Fabiano Lateral 2 2 0 0 1
Luan Zagueiro 2 1 0 1 0
Antônio Carlos Zagueiro 1 0 1 0 0
Deyverson Atacante 1 1 0 0 0
Jailson Goleiro 1 1 0 0 0
Moisés Meia 1 1 0 0 1
Raphael Veiga Meia 1 0 0 1 0

Quem Treinou

Técnico Jogos Vitórias Empates Derrotas
Eduardo Baptista 5 3 1 1
Cuca 3 2 0 1