Apesar de vencer os Campeonatos Paulistas de 1920, 1926 e 1927, a consolidação futebolística do Palestra Italia ocorreu mesmo nos anos 30, com um título do Rio-São Paulo e mais cinco troféus estaduais. A primeira destas conquistas foi a de 1932, com direito a 100% de aproveitamento e maior goleada em clássicos diante do Santos.
Naquele ano, em decorrência da Revolução Constitucionalista, o torneio sofreu quatro meses de paralisação, forçando seus organizadores a encurtarem a disputa, realizada em turno único entre as 12 agremiações participantes. Com vitórias sobre Sírio (4×0), São Paulo da Floresta (3×2), São Bento de São Paulo (2×1), Internacional (3×1), Juventus (3×1), Atlético Santista (7×0), Ypiranga (4×2) e Corinthians (3×0), o Alviverde chegou à antepenúltima rodada precisando de um triunfo simples para levantar a taça.
Em mais uma tarde inspirada de Romeu Pellicciari, artilheiro desta edição de Campeonato Paulista, o Palestra venceu a Portuguesa por 3 a 0 – dois gols dele e um de Avelino. Porém mesmo com o título garantido, o Verdão não diminuiu seu ímpeto e nos seus últimos dois compromissos, goleou o Germânia por 9 a 1 e o Santos por 8 a 0, sendo esta a maior goleada em clássicos entre palestrinos e santistas.
Campanha:
Jogos: 11 (11 vitórias)
Gols marcados: 49
Gols sofridos: 8
Jogo decisivo:
Palestra Italia 3×0 Portuguesa
Campeonato Paulista de 1932 (9ª rodada)
20/11/1932
Estádio da União Artística e Recreativa Cambuci. São Paulo-SP
Juiz: Antônio Sotero de Mendonça (SP)
Palestra Italia: Nascimento; Loschiavo e Junqueira; Tunga, Goliardo e Adolfo; Avelino, Sandro, Romeu Pellicciari, Lara e Luiz Imparato. Técnico: Humberto Cabelli.
Portuguesa: Valdemar; Raposo e Machado; Pixo, Barros e Xaxá; Teixeira, Dimas, Russinho, Pasqualino e Luna.
Gols: Avelino (24’ do 1ºT-PAL), Romeu Pellicciari (34’ do 1ºT-PAL) e Romeu Pellicciari (11’ do 2ºT-PAL).