Uma visão de jogo absolutamente diferenciada. O craque chileno enxergava como poucos seus companheiros em campo e era capaz de mudar o panorama de uma partida com um único passe. Até por isso, o seu apelido: Mago. Fazia mágica com a bola nos pés. Era um legítimo camisa 10.

Valdivia chegou ao Palmeiras em 2006 após se destacar no Colo-Colo-CHI e ganhou mais oportunidades entre os titulares no ano seguinte. Caio Júnior, contratado para treinar o Alviverde naquela temporada, entendia que o meia poderia ter papel de protagonismo na equipe ao lado do experiente ídolo Edmundo. “Valdivia e Edmundo no time é uma questão de tempo. Eles podem jogar juntos, sim, desde que eles tenham ao lado jogadores com velocidade, que entendam as características deles. Você tem de saber usar o melhor de cada um sem violentar a característica”, disse o comandante, morto no acidente aéreo com o elenco da Chapecoense no final de 2016.

A condução de bola, os dribles e as assistências eram as principais qualidades de Valdivia. Tinha sempre a bola próxima dos pés, fato que dificultava o desarme dos adversários. Ágil, girava sobre o próprio eixo para escapar da costumeira violência dos marcadores. E era mestre em deixar os companheiros na cara do gol, muitas vezes até apontando onde ele iria dar o passe. Outra característica marcante era o chute no vácuo: Valdivia fingia chutar a bola, mas passava o pé pelo lado, atordoando os rivais.

Fez partidas memoráveis ainda em 2007, como na vitória por 3 a 0 sobre o Corinthians, e explodiu em 2008, quando Vanderlei Luxemburgo chegava ao Palmeiras para remontar a equipe: Edmundo saiu, e chegaram Kléber, Alex Mineiro, Diego Souza, Henrique, entre outros, formando a base do time que daria ao Verdão o título paulista daquele ano, o primeiro do clube no novo século.

Em duelo com o Corinthians pela primeira fase, Valdivia já entrou para a história. Aproveitou rebote do goleiro, marcou o gol da vitória no Morumbi e fez a famosa comemoração do “chorôrô”, colocando as mãos nos olhos sinalizando choro. O camisa 10 foi irônico com os adversários, que durante a semana disseram que ele reclamava demais em campo. “Eu sou chorão mesmo. Sou chorão de alegria”, brincou após o clássico.

O confronto de semifinal foi diante do São Paulo, então bicampeão brasileiro e que conquistaria o tri nacional ao final daquela temporada. Um páreo duro, ainda mais depois de perder o jogo de ida no Morumbi por 2 a 1, após um escandaloso gol de mão de Adriano. Na volta, o triunfo por 2 a 0 garantiu a classificação. No tento derradeiro, Valdivia recebeu assistência de Wendel para marcar e comemorou com o dedo indicador na frente da própria boca, passando em frente ao goleiro Rogério Ceni. A torcida palestrina foi à loucura no antigo Parque Antarctica. A conquista foi selada com uma goleada por 5 a 0 sobre a Ponte Preta na decisão. Valdivia deixou o dele.

Valdivia foi negociado ainda em 2008, mas voltaria ao Palestra Itália anos depois, no meio de 2010. Comandado por outro ídolo, o técnico Luiz Felipe Scolari, foi peça fundamental na conquista da Copa do Brasil de 2012. Um dos jogos mais marcantes foi a classificação na semifinal contra o Grêmio, na Arena Barueri, com gol dele. Após o duelo com o Coritiba, na decisão, declarou: “O título significa muito. Eu sofri muito. Todos vocês já sabem. Ser campeão aqui no Palmeiras é maravilhoso. Agora é muito mais. Importante que eu ajudei muito e agora é comemorar”.

O craque chileno brilhou também na conquista da Série B de 2013 e esteve presente no início da caminhada alviverde rumo ao título da Copa do Brasil de 2015. Infelizmente, conviveu com algumas lesões ao longo de sua trajetória no Verdão. Ainda assim, é o estrangeiro que mais vezes atuou pelo Maior Campeão do Brasil, ao lado do paraguaio Arce, com 241 partidas.

O talento e a irreverência do Mago estão para sempre na história palestrina.

Jorge Luis Valdivia Toro 19 de outubro de 1983
Maracay-VEN

Posição: Meia

Número de temporadas: 9

Clube anterior: Colo-Colo-CHI (1ª passagem) e Al Ain-EAU (2ª passagem)

Jogos:

241 (122 vitórias, 61 empates e 58 derrotas)

Estreia: Botafogo-RJ 1x3 Palmeiras (13/08/2006)

Último jogo: Corinthians 0x2 Palmeiras (31/05/2015)

Gols: 41

Primeiro gol: Rio Branco-SP 1x2 Palmeiras (21/01/2007)

Último gol: Palmeiras 2x0 São Bernardo-SP (27/02/2014)

Principais títulos:

Campeonato Paulista em 2008; Copa do Brasil em 2012 e 2015; Campeonato Brasileiro Série B em 2013

Uma visão de jogo absolutamente diferenciada. O craque chileno enxergava como poucos seus companheiros em campo e era capaz de mudar o panorama de uma partida com um único passe. Até por isso, o seu apelido: Mago. Fazia mágica com a bola nos pés. Era um legítimo camisa 10.

Valdivia chegou ao Palmeiras em 2006 após se destacar no Colo-Colo-CHI e ganhou mais oportunidades entre os titulares no ano seguinte. Caio Júnior, contratado para treinar o Alviverde naquela temporada, entendia que o meia poderia ter papel de protagonismo na equipe ao lado do experiente ídolo Edmundo. “Valdivia e Edmundo no time é uma questão de tempo. Eles podem jogar juntos, sim, desde que eles tenham ao lado jogadores com velocidade, que entendam as características deles. Você tem de saber usar o melhor de cada um sem violentar a característica”, disse o comandante, morto no acidente aéreo com o elenco da Chapecoense no final de 2016.

A condução de bola, os dribles e as assistências eram as principais qualidades de Valdivia. Tinha sempre a bola próxima dos pés, fato que dificultava o desarme dos adversários. Ágil, girava sobre o próprio eixo para escapar da costumeira violência dos marcadores. E era mestre em deixar os companheiros na cara do gol, muitas vezes até apontando onde ele iria dar o passe. Outra característica marcante era o chute no vácuo: Valdivia fingia chutar a bola, mas passava o pé pelo lado, atordoando os rivais.

Fez partidas memoráveis ainda em 2007, como na vitória por 3 a 0 sobre o Corinthians, e explodiu em 2008, quando Vanderlei Luxemburgo chegava ao Palmeiras para remontar a equipe: Edmundo saiu, e chegaram Kléber, Alex Mineiro, Diego Souza, Henrique, entre outros, formando a base do time que daria ao Verdão o título paulista daquele ano, o primeiro do clube no novo século.

Em duelo com o Corinthians pela primeira fase, Valdivia já entrou para a história. Aproveitou rebote do goleiro, marcou o gol da vitória no Morumbi e fez a famosa comemoração do “chorôrô”, colocando as mãos nos olhos sinalizando choro. O camisa 10 foi irônico com os adversários, que durante a semana disseram que ele reclamava demais em campo. “Eu sou chorão mesmo. Sou chorão de alegria”, brincou após o clássico.

O confronto de semifinal foi diante do São Paulo, então bicampeão brasileiro e que conquistaria o tri nacional ao final daquela temporada. Um páreo duro, ainda mais depois de perder o jogo de ida no Morumbi por 2 a 1, após um escandaloso gol de mão de Adriano. Na volta, o triunfo por 2 a 0 garantiu a classificação. No tento derradeiro, Valdivia recebeu assistência de Wendel para marcar e comemorou com o dedo indicador na frente da própria boca, passando em frente ao goleiro Rogério Ceni. A torcida palestrina foi à loucura no antigo Parque Antarctica. A conquista foi selada com uma goleada por 5 a 0 sobre a Ponte Preta na decisão. Valdivia deixou o dele.

Valdivia foi negociado ainda em 2008, mas voltaria ao Palestra Itália anos depois, no meio de 2010. Comandado por outro ídolo, o técnico Luiz Felipe Scolari, foi peça fundamental na conquista da Copa do Brasil de 2012. Um dos jogos mais marcantes foi a classificação na semifinal contra o Grêmio, na Arena Barueri, com gol dele. Após o duelo com o Coritiba, na decisão, declarou: “O título significa muito. Eu sofri muito. Todos vocês já sabem. Ser campeão aqui no Palmeiras é maravilhoso. Agora é muito mais. Importante que eu ajudei muito e agora é comemorar”.

O craque chileno brilhou também na conquista da Série B de 2013 e esteve presente no início da caminhada alviverde rumo ao título da Copa do Brasil de 2015. Infelizmente, conviveu com algumas lesões ao longo de sua trajetória no Verdão. Ainda assim, é o estrangeiro que mais vezes atuou pelo Maior Campeão do Brasil, ao lado do paraguaio Arce, com 241 partidas.

O talento e a irreverência do Mago estão para sempre na história palestrina.

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