Galeria de Presidentes
Leila Pereira
Período: 2021 a 2024
Período: 15 de dezembro de 2021 a 15 de dezembro de 2024
Uma das principais executivas do mercado brasileiro na atualidade, a empresária Leila Mejdalani Pereira nasceu no dia 11 de novembro de 1964 em Cambuci, no estado do Rio de Janeiro, e quando tinha menos de um ano de idade se mudou com a família para Cabo Frio, também no interior do estado do Rio.
Leila se formou em Jornalismo e em Direito, mas a vocação para os negócios, potencializada pelo incentivo do marido José Roberto Lamacchia, fez com que ela entrasse no mundo empresarial. Assumiu o comando da Crefisa em 2008 e também é a presidente do Centro Universitário das Américas (FAM), além de gestora de outras 11 empresas do grupo.
No Palmeiras, Leila se tornou a conselheira mais votada da história em 2017, obtendo um total de 248 votos, e foi reeleita em 2021 também com resultado recorde, desta vez de 387 votos. No dia 20 de novembro de 2021, em votação com chapa única, foi eleita a 40ª presidente da história do clube, sendo a primeira mulher – recebeu 1.897 votos dos associados de um total de 2.141 (foram 244 em branco), superando, assim, os 50% necessários para garantir a eleição.
Com a Crefisa e a FAM sendo as principais parceiras do Palmeiras desde 2015, a empresária participou ativamente da reconstrução do clube e viu o investimento de suas empresas refletir nos títulos nacionais da Copa do Brasil de 2015 e 2020 e do Campeonato Brasileiro de 2016 e 2018, consolidando o Verdão como o Maior Campeão do Brasil, além do Campeonato Paulista, em 2020, e do bicampeonato da CONMEBOL Libertadores, em 2020 e 2021.
Desde que assumiu o cargo, foram mais sete taças: a CONMEBOL Recopa de 2022, os Campeonatos Paulistas de 2022 e 2023, o Campeonato Brasileiro de 2022, e a Supercopa do Brasil de 2023 pelo time masculino, além da CONMEBOL Libertadores e o Campeonato Paulista, ambas em 2022, pela equipe feminina. Além disso, as categorias de base do clube levantaram mais oito troféus de competições organizadas pela CBF e a FPF: o Sub-20 conquistou o bicampeonato da Copa São Paulo (2022 e 2023), a Copa do Brasil de 2022 e o Campeonato Brasileiro de 2022, o Sub-17 venceu os três torneios que disputou, ficando com as taças do Brasileiro, da Copa do Brasil e do Paulista em 2022, e o Sub-15 foi campeão do Paulista de 2022.
Maurício Galiotte
Período: 2016 a 2021
Período: 15 de dezembro de 2016 a 15 de dezembro de 2021
Maurício Precivalle Galiotte foi um dos presidentes mais bem-sucedidos da história do Palmeiras, com uma gestão marcada por avanços na profissionalização do clube, elevação das categorias de base à condição de referência no país, conquista inédita de um título estadual, um nacional e um internacional na mesma temporada (além do também inédito bicampeonato da Libertadores em sequência) e, sobretudo, pela habilidade administrativa e pela conduta humanitária com as quais enfrentou a pior crise sanitária do planeta em mais de 100 anos.
Bisneto de italianos por parte de pai e mãe, Galiotte nasceu em São Paulo-SP, no dia 11/02/1969, é formado em Administração de Empresas pela PUC-SP e pós-graduado em Marketing pela FAAP-SP. Sócio do Palmeiras desde 1978, iniciou sua trajetória no clube como atleta – entre 1979 e 1987, integrou as categorias de base do futebol e do futsal – e foi eleito para o Conselho Deliberativo pela primeira vez em 2004. Ocupou a diretoria de Esportes Amadores entre 2007 e 2008, a diretoria social entre 2009 e 2010 e a primeira vice-presidência entre 2013 e 2016.
Foi eleito presidente do Palmeiras pela primeira vez em 2016. Postulante único para o biênio 2017/2018, recebeu 1.639 votos e ultrapassou com folga os 50% necessários para confirmar a posse – aquela foi a primeira vez em 32 anos que um candidato concorreu a um primeiro mandato presidencial sem oposição. Já em 2018, foi reeleito ao superar Genaro Marino Neto por 1843 votos a 1176 e deu início à administração do triênio 2019/2020/2021.
O novo período de mandato, aliás, foi um dos avanços obtidos pela reforma estatutária feita na primeira gestão Galiotte. Além de ampliar o mandato presidencial de dois para três anos, a reforma modernizou outros pontos do estatuto, entre eles o que adequou o texto para aprovação de projetos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, possibilitando, por exemplo, o retorno do time feminino de futebol – por meio do programa Padrinhos Alviverdes, pessoas e empresas podem contribuir com parte do Imposto de Renda anual para ajudar o clube a formar atletas em modalidades como basquete, futsal, judô e ginástica, além do futebol feminino.
Dentro de campo, com a estrela vermelha em homenagem ao Mundial de 1951 de volta à camisa, o Palmeiras se tornou decacampeão brasileiro em 2018 (e o primeiro time da história a conquistar o Brasileiro principal e o Brasileiro Sub-20 na mesma temporada) e faturou a Tríplice Coroa em 2020, superando o Corinthians no Campeonato Paulista com um jogador formado no clube batendo a última penalidade, vencendo o Grêmio na final da Copa do Brasil com os dois gols feitos por Crias da Academia e alcançando a Glória Eterna com uma campanha épica na Libertadores, marcada pela aposta no jovem técnico português Abel Ferreira e pela mescla de veteranos e garotos lapidados em casa.
E as conquistas no futebol não pararam por aí. Emendando a temporada 2021 com a temporada anterior, sem folga no calendário por conta da pandemia de Covid-19, o Verdão voltou a levantar o troféu da Libertadores, desta vez vencendo o rival Flamengo por 2 a 1 na grande decisão, disputada no estádio Centenário, no Uruguai, e se consolidou como brasileiro com mais títulos, finais, vitórias e gols no principal torneio de clubes da América do Sul.
Com o maior investimento da história alviverde na base, o Centro de Formação de Atletas do Palmeiras, além de fornecer protagonistas para a equipe profissional, alcançou o topo no ranking nacional de títulos e de convocações para as diferentes categorias da Seleção Brasileira. Também passou a garimpar talentos em outros países e até outros continentes e expandiu a marca do clube em diversos países, inclusive se sagrando bicampeão mundial na Espanha em 2018 e 2019.
Sob o comando de Galiotte, o Palmeiras obteve recordes de faturamento – rompeu a barreira dos R$ 500 milhões em 2017 e chegou a R$ 688 milhões em 2018. Não à toa, o clube figurou pela primeira vez na edição especial da Revista Exame, que lista as 1000 empresas com maiores receitas no país. O Verdão também recebeu diversos troféus na área administrativa, como o Prêmio Gestão de Campeão, organizado pelo Movimento por um Futebol Melhor, por se destacar em três pilares: futebol profissional, programa de sócio-torcedor e Comercial e Marketing.
A renovação do contrato com a Crefisa e a FAM no início de 2019 colocou o Palmeiras no patamar europeu de patrocínio de camisa, atrás apenas dos 10 clubes mais ricos do mundo. Também em 2019, deu-se início à parceria com a PUMA para fornecimento de material esportivo, em um acordo que garantiria exclusividade da marca no Brasil e exploração da imagem do clube em todos os continentes.
Na área digital, o Verdão continuou crescendo e inovando. Lançou a Palmeiras Store.com, loja virtual 100% própria do clube, e a TV Palmeiras Play (depois, TV Palmeiras Plus), primeira plataforma de streaming de uma agremiação brasileira na história, sem contar a reformulação do aplicativo e do site oficial (transformando-o em um verdadeiro portal multimídia de conteúdo histórico e atual), além da criação de páginas do clube social no Facebook e no Instagram e do desenvolvimento de um sistema de login único para todos os canais Palmeiras, aumentando, assim a base de dados e melhorando os serviços oferecidos.
A atenção aos jovens palestrinos também é uma marca da era Galiotte. Foi neste período que o clube inaugurou a Academia de Futebol | Escolas Oficiais, inclusive com unidades em diferentes estados, e diversificou ações de inclusão e entretenimento com o projeto Torcedores do Futuro (levando estudantes de escola pública gratuitamente aos jogos do Verdão), o Setor Família (para que sócios Avanti pudessem acompanhar crianças de até seis anos de idade no Allianz Parque) e a instalação de brinquedos e atrações nos corredores do estádio.
Ciente da importância e do alcance da instituição fora das quatro linhas, o Palmeiras também reforçou a sua identidade solidária e de responsabilidade social. Por meio do projeto Por Um Futuro Mais Verde, o clube levantou de vez a bandeira da sustentabilidade e da proteção ao meio-ambiente, e não faltaram também campanhas de conscientização para prevenção de doenças e iniciativas de apoio a famílias de crianças desaparecidas, a mulheres vítimas de violência e a até a outros clubes de futebol (como o amistoso beneficente com a Chapecoense). Durante a pandemia de Covid-19, deu exemplo ao não demitir nenhum funcionário, inclusive mantendo os seus salários, e ainda pagando um 14º vencimento ao final de 2020, além de sempre se posicionar em acordo com os órgãos de saúde e as autoridades governamentais.
Os legados estruturais também são muitos. Na Academia de Futebol 1, além da inauguração do Centro Crefisa Capitão Adalberto Mendes (moderno local de treinamento e concentração dos atletas, referência no país), Galliote implantou o Complexo Técnico Patrono Luigi Cervo, reformando e ampliando o vestiário principal e as salas de trabalho, criando um vestiário secundário, estação de hidratação, gramado sintético em um dos campos e homenageando outras figuras históricas alviverdes como Oswaldo Brandão, Valdir Joaquim de Moraes e São Marcos. Em Guarulhos, a Academia de Futebol 2 também ganhou novos vestiários e escritórios administrativos. Já no dia 26 de agosto de 2021, data em que o Verdão comemorou 107 anos de existência, foi inaugurada a tão esperada Sala de Troféus dentro do Allianz Parque com cerca de cinco mil taças nas mais variadas modalidades – todas passaram por um cuidadoso processo de manutenção e revitalização.
No clube social, a gestão Galiotte proporcionou melhorias na rede de alimentação (inaugurando o Restaurante Jardim Suspenso, o Café 1914 e o Espaço Gourmet), na área infantil (criando a Brinquedoteca e reformulando o Parquinho), no Prédio Poliesportivo (reformando o ginásio, aplicando nova grama sintética na quadra de society e entregando novas quadras, inclusive uma dedicada à patinação e ao hóquei), no Prédio Multiuso (modernizando a sala de ginásticas, adquirindo novos aparelhos de musculação e lançando novas salas de Cultura e Arte), no espaço do tênis (construindo uma quadra de piso rápido, dois paredões e novos pontos de água e energia) e na comodidade e conforto do dia a dia do associado (disponibilizando portaria de acesso direto do estacionamento, bicicletário nas portarias, carros elétricos para transporte interno, totens para carregar celular e novos espaços para descanso e leitura ao ar livre).
Além disso, as portarias da Rua Palestra Italia e da Avenida Francisco Matarazzo passaram por um cuidadoso trabalho de revitalização – a Portaria Palestra Italia ganhou um espaço de atendimento mais amplo e uma aparência mais moderna, com direito a uma pintura histórica do ídolo Ademir da Guia, enquanto a Portaria Francisco Matarazzo teve a instalação de um deck para descanso, dois pontos de atendimento e nova fachada. Com um design moderno e que valoriza as cores do clube, o túnel de acesso ao Conjunto Aquático e ao Parquinho recebeu pontos de luzes e um escudo personalizado do Palmeiras. Já a parede externa do ginásio poliesportivo ganhou uma pintura em homenagem ao tricampeonato da Libertadores.
No Clube de Campo, além da reforma do Conjunto Aquático, vale destacar as diversas manutenções estruturais (como a troca de toda a parte hidráulica, a reformulação do salão de jogos, do departamento médico, dos vestiários e do painel de entrada do clube), as melhorias e pinturas das quadras de tênis e poliesportivas e a instalação de uma nova comunicação interna.
Paulo Nobre
Período: 2013 a 2016
Período: 22 de janeiro de 2013 a 15 de dezembro de 2016
Formado em Direito pela PUC-SP, o empresário, investidor e piloto de rali Paulo de Almeida Nobre nasceu em São Paulo-SP no dia 24/02/1968 e é sócio do Palmeiras desde 1983. Entrou para o Conselho Deliberativo em 1997, foi diretor social entre 1999 e 2002 e ocupou uma das vice-presidências entre 2007 e 2008 antes de se candidatar a presidente pela primeira vez em 2011, contra Arnaldo Tirone.
Assumiu a presidência em 22 de janeiro de 2013, aos 44 anos de idade, tornando-se o mais jovem mandatário a ocupar o cargo desde 1932, quando Dante Delmanto foi empossado com apenas 25 anos – naquela que ficou marcada como a última eleição indireta da história do clube, venceu Décio Perin por 153 votos de conselheiros contra 106. Já em 20 de novembro de 2014, foi reeleito para o mandato 2015-2016, desta vez pelo sufrágio direto dos associados: obteve 2.421 votos contra 1.611 de Wlademir Pescarmona.
Nobre promoveu um verdadeiro choque de gestão no Palmeiras ao profissionalizar completamente departamentos estratégicos como o Futebol, o Jurídico, o Financeiro, o Marketing e a Comunicação. Já o acordo com grandes empresas de tecnologia como a SAP e a Microsoft proporcionaram uma revolução digital nas operações contábeis e administrativas do clube, dando mais transparência e desburocratizando processos.
As receitas cresceram vertiginosamente graças, sobretudo, à reformulação total do Avanti. O programa de sócio-torcedor do Verdão passou a contar com descontos em redes de loja, sistema de rating para beneficiar os mais assíduos em jogos, inclusão de dependentes, clube de vantagens, experiências exclusivas em eventos e revista entregue em domicílio. Impulsionado principalmente pela inauguração do Allianz Parque, o Avanti alçou o Verdão à liderança em bilheteria e ocupação média de estádios no país, tornando-se uma das maiores fontes de renda do clube e um modelo para os outros times do Brasil.
A gestão também resgatou a credibilidade do Palmeiras no mercado, renegociando dívidas e assinando o maior acordo de patrocínio da história do clube – à época, com as estampas de Crefisa, FAM e Prevent Senior, a camisa do Verdão pulou para o primeiro lugar no ranking das mais valiosas do Brasil. Somando ainda a novas receitas de licenciamento de marca, o clube reestabeleceu o fluxo de caixa, deixou de pedir adiantamentos das cotas de direitos de transmissão às TVs e voltou a ser superavitário.
Foi também na era Nobre que o Palmeiras mergulhou de cabeça no mundo virtual com a criação da TV Palmeiras (hoje um dos maiores canais de clubes do mundo), o lançamento do App Palmeiras (primeiro aplicativo oficial do clube), a contratação de uma agência especializada em redes sociais e o aumento de investimento no Site Oficial e em páginas especiais na web. A gestão ainda entregou aos palmeirenses a rede de lojas oficiais Academia Store, viabilizou o lançamento da rede de restaurantes oficiais Cantina Palestra e deu início à implementação da rede oficial de escolinhas de futebol.
Na Academia de Futebol 1, o Palmeiras atingiu um novo patamar em estrutura graças à construção do Centro Crefisa Capitão Adalberto Mendes (que abriga mais de 30 suítes e todo o Núcleo de Saúde e Performance), à ampliação do quadro de funcionários das áreas médicas e científicas e à aquisição de modernos equipamentos de prevenção e tratamento de lesões.
A base, por sua vez, foi totalmente reformulada. Nobre acabou com o Palmeiras B e criou o Centro de Formação de Atletas, padronizando a metodologia de trabalho e promovendo a integração total entre as áreas técnica, médica e psicossocial, além de abrir intercâmbio com o futsal e estruturar uma rede de captação de talentos por todo o país. A Academia de Futebol 2, em Guarulhos, teve os campos reformados, aparelhos de fisioterapia adquiridos e ainda ganhou arquibancada, camarote e campo society.
Outro ambiente que mudou de cara foi o clube social. Após anos de obras do Allianz Parque, foram entregues aos associados um Prédio Multiuso e um Prédio Poliesportivo erguidos do zero, totalmente mobiliados e aparelhados pela gestão Nobre. O Parquinho passou pela sua maior reforma em 20 anos, com troca de todo o piso, inauguração de novas áreas e de novos equipamentos e disponibilização de monitores e atrações especiais aos fins de semana.
Além disso, o Conjunto Aquático também teve todo o seu mobiliário trocado, as quadras de tênis foram reconstruídas e um departamento de Comunicação Interna foi instituído, ampliando e profissionalizando a divulgação de informações e de serviços aos associados. No clube de campo, o salão de jogos e as piscinas foram reformadas.
Na esfera esportiva, foram dois títulos nacionais que ampliaram a hegemonia alviverde no país: a Copa do Brasil 2015 e o Campeonato Brasileiro 2016. Os ídolos Marcos, Oberdan e Dudu foram imortalizados com bustos no clube, enquanto o Porco, após 30 anos de exaltação nas arquibancadas, foi oficializado como um dos mascotes do Verdão ao lado do Periquito.
Arnaldo Tirone
Período: 2011 a 2013
Período: 20 de janeiro de 2011 a 22 de janeiro de 2013
Filho de Arnaldo Tirone, renomado dirigente que participou ativamente da política palmeirense nas décadas de 50 e 60, o empresário Arnaldo Luiz de Albuquerque Tirone nasceu em São Paulo-SP, no dia 27 de abril de 1950, e se tornou sócio do clube já aos quatro anos de idade, em 3 de março de 1955. Entrou para o Conselho Deliberativo pela primeira vez em 1976 e foi eleito conselheiro vitalício em 1991. Dois anos antes, já havia sido eleito para integrar o COF, posição que voltou a ocupar por 16 anos até virar membro nato do órgão.
Tirone também foi diretor de Relações Públicas e Secretário-Geral antes de ser eleito primeiro vice-presidente na segunda gestão de Affonso Della Monica, entre 2007 e 2008. Em 19 de janeiro de 2011, foi eleito presidente do Palmeiras com 158 votos no Conselho Deliberativo contra 96 de Paulo Nobre, 21 de Salvador Hugo Palaia e 1 de Carlos Bernardo Facchina Nunes – houve, ainda, 1 voto em branco.
Foi sob sua administração que o Palmeiras voltou a conquistar um título nacional, com a Copa do Brasil de 2012 – aquele fora o primeiro troféu nacional do Verdão no século, já que o último havia sido conquistado em 2000, com a Copa dos Campeões. No fim do ano, porém, a agremiação foi rebaixada à Série B do Campeonato Brasileiro.
Fora dos campos, Tirone deixou dois grandes legados. O primeiro foi a aprovação da alteração estatutária que instituiu as eleições diretas (ou seja, por meio do voto dos associados) para presidente do clube; o segundo foi a assinatura do contrato para a criação da franquia de lojas oficiais do Palmeiras, a Academia Store.
Na área de marketing houve um princípio de profissionalização do departamento, cuja maior contribuição foi a criação da Identidade Visual do Palmeiras e a padronização do símbolo oficial respeitando a descrição do estatuto e adotando um padrão estético moderno. Neste período também a diretoria assinou com a montadora Kia o maior contrato de patrocínio que o clube já havia tido.
Durante toda a gestão Tirone, o clube social se manteve improvisado por conta das obras de construção do Allianz Parque. Os departamentos e as modalidades foram acomodados em imóveis do clube localizados na região da sede e também em outros espaços alugados. A academia de musculação e ginástica, porém, recebeu aparelhos novos.
Salvador Hugo Palaia
Período: 2010
Período: 28 de setembro de 2010 a 12 de novembro de 2010
Empresário do ramo imobiliário, Salvador Hugo Palaia nasceu em 23 de março de 1934, em São Paulo-SP. Sócio do Palmeiras desde 01 de maio de 1951, entrou para o Conselho Deliberativo pela primeira vez em 1973 e foi eleito conselheiro vitalício em 1988.
Durante sua longa trajetória no clube, foi nomeado diretor das categorias de base de 1973 a 1976, diretor de futebol profissional nos biênios 1983/1984 e 2005/2006 e diretor financeiro de 1985 a 1986, de 2001 a 2004 e de 2007 a 2008 antes de ser eleito vice-presidente na gestão Luiz Gonzaga Belluzzo, em 2009/2010. Ocupou a presidência interina por 45 dias a partir de 28 de setembro de 2010 devido ao afastamento de Belluzzo por problemas de saúde.
Com Palaia como principal dirigente do clube, o Palmeiras viu a CBF promover a unificação dos títulos da Taça Brasil, do Torneio Roberto Gomes Pedrosa e dos campeonatos brasileiros pós-1971, ratificando o Verdão na condição de Maior Campeão do Brasil. Foi ele também quem recebeu de forma oficial da Prefeitura de São Paulo o alvará para que o Allianz Parque começasse a ser erguido.
Ainda na gestão Palaia, a diretoria de marketing acertou com a TIM uma inédita propriedade de patrocínio, estampando a marca italiana dentro do número da camisa.
Luiz Gonzaga Belluzzo
Período: 2009 a 2011
Período: 26 de janeiro de 2009 a 20 de janeiro de 2011
O economista e professor Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo nasceu em Bariri, interior paulista, no dia 29 de outubro de 1942. Graduou-se em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) em 1965 e, quatro anos depois, concluiu a Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto Latino Americano y Del Caribe de Planificacón Económica y Social (ILPES) da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CELPE), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1975, formou-se Doutor em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde é professor titular desde 1986.
Antes de chegar à presidência do Palmeiras, Belluzzo assumiu cargos de alto escalão no governo paulista e no governo federal, foi membro do Conselho de Administração de grandes empresas privadas, fundou a Faculdade de Campinas (Facamp), da qual é sócio e professor, e conquistou prêmios de destaque, como a inclusão no Biographical Dictionary of Dissenting Economists como um dos 100 maiores economistas do Século XX e o Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano em 2005 pelo livro “Ensaios Sobre o Capitalismo no Século XX”, no qual dedica dois capítulos à Sociedade Esportiva Palmeiras e um capítulo ai ídolo Ademir da Guia.
Sócio do clube desde 01 de agosto de 1955, foi eleito para o COF por cinco mandatos (de 1977 a 1997) e eleito para o Conselho Deliberativo por dois (1997 a 2005) – em 2001, foi eleito conselheiro vitalício. Entre 2007 e 2008, encabeçou o Departamento de Planejamento na segunda gestão de Affonso Della Monica e liderou diversos acordos comerciais, como, por exemplo, o acordo com a WTorre para a transformação do Palestra Italia em arena multiuso, a implementação do setor Visa no estádio, a parceria com a Traffic para investimento em reforços para o time de futebol, o patrocínio da Samsung e da Fiat nos uniformes e o lançamento da “Sociedade dos Eternos Palestrinos”, com o objetivo de atrair novos sócios remidos para o clube.
A chegada ao cargo máximo do Verdão aconteceu em 26 de janeiro de 2009, quando venceu o pleito contra Roberto Frizzo por 145 votos a 123 – seis conselheiros votaram em branco. E foi na administração Belluzzo que o Palmeiras deu dois passos fundamentais para o crescimento do clube nos anos seguintes: o primeiro foi a assinatura da escritura de superfície com a WTorre e a obtenção da liberação por parte da Prefeitura de São Paulo para o início da construção do Allianz Parque, e o segundo foi o lançamento do programa da sócio-torcedor Avanti, remodelando totalmente o antigo Onda Verde.
Durante a gestão ainda foram realizadas reformas e construção de novos escritórios na Academia de Futebol 1, foi criada a Palmeiras Tour, agência de viagens e eventos oficial do clube, e a equipe adulta de basquete voltou às quadras após oito anos de inatividade. A parceria com a Traffic foi ampliada, e boa parte das instalações do clube foram transferidas para casas da região devido ao início das obras do novo estádio.
No final do mandato, entre setembro e novembro de 2010, Belluzzo precisou se afastar da presidência devido a um problema de saúde. Em seu lugar, assumiu o primeiro vice-presidente, Salvador Hugo Palaia, que foi o responsável por receber da CBF a confirmação da unificação dos títulos da Taça Brasil, do Torneio Roberto Gomes Pedrosa e dos campeonatos brasileiros pós-1971, ratificando o Verdão na condição de Maior Campeão do Brasil. Na área de marketing, a diretoria acertou com a TIM uma inédita propriedade de patrocínio, estampando a marca italiana dentro do número da camisa.
Affonso Della Monica Netto
Período: 2005 a 2009
Período: 9 de janeiro de 2005 a 26 de janeiro de 2009
Advogado e ex-delegado de polícia, Affonso Della Monica Netto nasceu em 23 de agosto de 1936, em São Paulo-SP, e é sócio do Palmeiras desde 01 de agosto de 1948. Foi conselheiro suplente (1973 a 1976), membro do Conselho Deliberativo (1977 a 1992), comandou o Departamento de Esportes Amadores por quatro mandatos (1977 a 1982 e 1985 a 1986) e foi aclamado sócio benemérito em 1990 e conselheiro vitalício em 1991 antes de ser eleito vice-presidente do clube por seis mandatos (1993 a 2004). Em 2002, foi indicado Sócio Grão Benemérito.
A chegada à presidência pela primeira vez aconteceu em 09 de janeiro de 2005, ao ser eleito por 201 votos contra 40 de Seraphim Del Grande para um mandato de dois anos. A reeleição para o biênio 2007/2008, contra Roberto Frizzo, foi mais apertada: 157 a 125. Durante seus quatro anos de presidente, Della Monica sempre chefiou a delegação de Futebol Profissional, com efetiva presença, tanto em jogos oficiais ou amistosos, quer em nível nacional ou internacional, o mesmo ocorrendo em seus mandatos de 1º vice-presidente (1997 a 2004). Ainda como mandatário máximo do Verdão, ocupou a vice-presidência do Clube dos 13 entre 2008 e 2010 e foi condecorado pela Federação Paulista de Futebol com o “Grão Colar da Ordem Nacional de Mérito Futebolístico”.
Seu grande legado à frente do Palmeiras foi a assinatura do contrato de parceria com a WTorre, firmada em 2008, para a transformação do Estádio Palestra Italia em uma arena multiuso. Na própria gestão Della Monica, a casa palmeirense já havia recebido diversos reparos, como a criação do Espaço Visa no setor central das arquibancadas (com instalação de cadeiras e venda de ingressos exclusivamente pela internet pela primeira vez no futebol paulista); a substituição, ampliação e nova drenagem do campo de jogo; a nova iluminação com troca de holofotes e lâmpadas; a reforma completa dos banheiros, dos vestiários e de todos os camarotes, inclusive o da imprensa; e as inaugurações de uma nova sala de entrevistas e de uma ampla Tribuna da Presidência. Foi com este cenário que o Verdão se sagrou campeão paulista em 2008, voltando a conquistar o troféu estadual depois de 12 anos e saindo uma fila de oito anos sem títulos.
Na Academia de Futebol, os vestiários também foram ampliados, inclusive com a instalação de banheiras de hidromassagem, e um centro de imprensa foi inaugurado, com uma torre de dois andares na intersecção dos três campos contemplando estações de trabalho e sala de entrevista coletiva. Além disso, foi criado o Centro de Recuperação Física (CFR), embrião do atual Núcleo de Saúde e Performance (NSP), a partir da inauguração da nova sala de musculação e da aquisição de equipamentos mais modernos.
As categorias de base também tiveram atenção especial. Obras de drenagem deixaram os gramados da Academia de Futebol 2 em perfeitas condições para uso na chuva, e as peneiras de captação, que antes eram agendadas em campos alugados, passaram as ser realizadas em Guarulhos. Nas imediações do clube, um refeitório exclusivo para os meninos foi inaugurado. Houve ainda o acerto de parceria com um colégio particular para receber os jovens atletas do Verdão e a reativação das categorias mirim e pré-mirim, inclusive com o Palmeiras se tornando o primeiro campeão paulista sub-11 da história.
Com Della Monica no poder, a estruturação de um Departamento de Planejamento impulsionou o processo de profissionalização do Departamento de Marketing: foram lançados o programa Onda Verde (precursor do Avanti) e diversas experiências e ativações, como o Chute do Meio de Campo e o Palmeiras Camp, além da Mundo Palmeiras, primeira loja virtual do clube. O retorno da Adidas (em substituição à Diadora) como fornecedora de material esportivo gerou o primeiro caso de sucesso de uniformes número 3 no Brasil, com o modelo verde-limão. Já o acordo com a Fiat rendeu, à época, o patrocínio de maior valor entre os grandes clubes do país.
Além disso, o Departamento de Futebol pôde contar com um aporte de cerca de R$ 40 milhões graças ao acordo com a Traffic, empresa de marketing esportivo, e a campanha “Sociedade dos Eternos Palestrinos”, por sua vez, reforçou o caixa da instituição atraindo novos sócios remidos.
Outro setor que evoluiu vertiginosamente foi a da Comunicação. Pela primeira vez, o contato com os jornalistas deixou de ser feito por apenas um profissional e o clube passou a ter um setor específico de Assessoria de Imprensa. Com isso, houve também uma profunda reformulação no Site Oficial e a reativação da Revista do Palmeiras, suspensa desde 1997.
A tecnologia chegou também à área social, e o Palmeiras se tornou a primeira agremiação brasileira a adotar as urnas eletrônicas em suas eleições. A gestão ainda modernizou o clube com a reconstrução completa do Palácio do Tênis; a reforma dos vestiários femininos, do toboágua no Conjunto Aquático, do antigo Bar Inglês, dos departamentos de Judô e de Levantamento de Peso, da Sala dos Professores, do Departamento Médico e das quadras sociais de futebol e basquete; as ampliações do restaurante central e da Sala de Troféus, incluindo a criação do mezanino e restauração de taças; a troca de piso do ginásio e da quadra de vôlei; a reativação do Tênis de Mesa com a chegada do multimedalhista pan-americano Hugo Hoyama; a instalação de bebedouros em toda a área social; a reformulação do núcleo de seguranças, com uniformização, capacitação e aquisição de novos equipamento; e a pavimentação dos estacionamentos da sede e da Rua Padre Antônio Tomás.
Por sua proposta, o ginásio poliesportivo passou a se chamar “Ginásio de Esportes Vinício Fanucchi”, em homenagem ao grande ex-jogador de futsal palmeirense e ex-vice-presidente do clube. Foram criados ainda o Coral Alviverde junto ao Departamento de Cultura e Arte, composto exclusivamente por associados, e a Ouvidoria, anexa ao Departamento de Sindicância, e foi promovido o retorno da Missa Dominical, antigo anseio do corpo associativo, após muitos anos de ausência. No Clube de Campo, foram reformados piscina, vestiários masculino e feminino, Departamento Médico, restaurante, quadras esportivas e secretaria.
Em um dos seus momentos de maior emoção no comando do Palmeiras, no dia 30 de março de 2007, Della Monica teve a honra de anunciar a todos os torcedores o documento assinado pelo alemão Urs Linsi, secretário-geral da Fifa, reconhecendo o Alviverde Imponente como primeiro campeão mundial da história do futebol. Também sob sua administração, a Prefeitura de São Paulo instituiu o dia 20 de setembro como o Dia do Palmeiras e deu à passarela do Viaduto Antarctica o nome de Passarela Capitão Adalberto Mendes. Ambas as em homenagem aos 65 anos da Arrancada Heroica de 1942. Neste mesmo período, a estação de trem e metrô Barra Funda passou a se chamar Palmeiras-Barra Funda.
Mustafá Contursi
Período: 1993 a 2005
Mustafá Contursi
1993 a 2005
Carlos Facchina
Período: 1989 a 1992
Carlos Facchina
1989 a 1992
Nelson Duque
Período: 1984 a 1989
Nelson Duque
1984 a 1989
Paschoal Giuliano
Período: 1983 a 1984
Paschoal Giuliano
1983 a 1984
Bricio Pompeu de Toledo
Período: 1980 a 1982
Bricio Pompeu de Toledo
1980 a 1982
Delfino Facchina
Período: 1979 a 1980
Delfino Facchina
1979 a 1980
Bricio Pompeu de Toledo
Período: 1978
Bricio Pompeu de Toledo
1978
Jordão Bruno Sacomani
Período: 1976 a 1978
Jordão Bruno Sacomani
1976 a 1978
Paschoal Giuliano
Período: 1971 a 1976
Paschoal Giuliano
1971 a 1976
Delfino Facchina
Período: 1959 a 1971
Delfino Facchina
1959 a 1971
Mario Beni
Período: 1955 a 1959
Mario Beni
1955 a 1959
Paschoal Giuliano
Período: 1953 a 1955
Paschoal Giuliano
1953 a 1955
Mario Frugiuele
Período: 1951 a 1952
Mario Frugiuele
1951 a 1952
Ferruccio Sandoli
Período: 1949 a 1951
Ferruccio Sandoli
1949 a 1951
Hygino Pellegrini
Período: 1947 a 1949
Hygino Pellegrini
1947 a 1949
Francisco Patti
Período: 1945 a 1947
Francisco Patti
1945 a 1947
Mario Frugiuele
Período: 1945
Mario Frugiuele
1945
Estevam Margutti
Período: 1945
Estevam Margutti
1945
Hygino Pellegrini
Período: 1942 a 1945
Hygino Pellegrini
1942 a 1945
Italo Adami
Período: 1941 a 1942
Italo Adami
1941 a 1942
João Minervino
Período: 1940
João Minervino
1940
Italo Adami
Período: 1939 a 1940
Italo Adami
1939 a 1940
Enrico De Martino
Período: 1939
Enrico De Martino
1939
João Minervino
Período: 1939
João Minervino
1939
Italo Adami
Período: 1938 a 1939
Italo Adami
1938 a 1939
Raphael Parisi
Período: 1934 a 1938
Raphael Parisi
1934 a 1938
Dante Delmanto
Período: 1932 a 1934
Dante Delmanto
1932 a 1934
Eduardo Matarazzo
Período: 1928 a 1932
Eduardo Matarazzo
1928 a 1932
Giuseppe Perrone
Período: 1927 a 1928
Giuseppe Perrone
1927 a 1928
Francesco De Vivo
Período: 1927
Francesco De Vivo
1927
Giuseppe Perrone
Período: 1926 a 1927
Giuseppe Perrone
1926 a 1927
Francesco De Vivo
Período: 1925 a 1926
Francesco De Vivo
1925 a 1926
Giuseppe Perrone
Período: 1925
Giuseppe Perrone
1925
Francesco De Vivo
Período: 1923 a 1925
Francesco De Vivo
1923 a 1925
Davide Picchetti
Período: 1920 a 1923
Davide Picchetti
1920 a 1923
Alberto Sironi
Período: 1920
Alberto Sironi
1920
Menotti Falchi
Período: 1919 a 1920
Menotti Falchi
1919 a 1920
Duilio Frugoli
Período: 1919
Duilio Frugoli
1919
Valentino Sola
Período: 1918 a 1919
05 de julho de 1918 a 21 de fevereiro de 1919
Décimo presidente da história do Palestra Italia, Valentino Sola tinha 32 anos de idade quando substituiu Duilio Frugoli. O jovem médico nascera em São Paulo, no dia 29 de junho de 1886, formou-se pela Faculdade de Medicina de Roma em 1912 e voltou ao Brasil após estágio em hospitais da capital italiana, de Nápolis e de Paris. Especialista em doenças de pele, doenças venéreas, urologia, tuberculose e lúpus, integrou o corpo médico do Hospital Humberto I, atual Matarazzo, até seu falecimento, aos 43 anos (6 de fevereiro de 1930), em São Paulo.
Em julho de 1918, Sola assumiu a cadeira mais importante do Palestra dias após a equipe, vice-campeã paulista no ano anterior, abandonar a competição por divergências com a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). Ele, então, mobilizou clubes que estavam alijados da entidade a criar uma nova liga e manter o futebol com regras mais organizadas e justas.
Surgia a Federação Olímpica Paulista (FOP), composta por Palestra Itália, América, Americano, Campos Elyseos, Touring Club Paulistano e Luzitano. Imaginava-se um enfraquecimento do Palestra com a sua saída da APEA, entretanto, ocorreu justamente o contrário. O Palestra continuou lotando os campos onde atuava, enquanto a APEA ficou sem um dos seus mais rentáveis integrantes. O apogeu ocorreu no dia 01 de setembro, quando o Palestra derrotou a Seleção Mineira por 6 a 2 para um público de aproximadamente 15.000 pessoas no Parque Antarctica.
Em 01 de outubro, após reuniões conciliatórias, foi declarada a volta do Palestra para a entidade organizadora dos esportes em São Paulo e a extinção da FOP.
Gripe Espanhola
Em 20 de outubro, um domingo, minutos antes de serem iniciadas as partidas do dia e com os estádios já tomados pelos torcedores, agentes sanitários chegaram para impedir a realização dos jogos, exigindo que não se formasse concentração de público por causa da influenza hespanhola, que já se alastrava em solo paulista. Houve interrupção do calendário futebolístico por dois meses.
Liderado por Sola, o Palestra Italia abriu em sua sede, uma sala social do localizada na rua Líbero Badaró, centro da capital paulista, o primeiro posto de combate à doença na cidade. Foram montados 30 leitos de tratamento para os enfermos, que recebiam os cuidados diretamente de Sola, do seu colega de medicina Giuseppe Zaccaro e de uma equipe da Cruz Vermelha Brasileira.
Durante meses, o mandatário palestrino dedicou todos os esforços contra a doença que ceifou milhares de vidas no Brasil. Dos 20 locais de tratamento sob a supervisão da Cruz Vermelha Brasileira, o Posto Hospitalar Palestra Italia foi o terceiro que mais recebeu enfermos (atrás apenas da sede da própria entidade e do Posto da Comunidade Syria de São Paulo), segundo relatório publicado em fevereiro de 1919. Além disso, o Palestra doou, durante três meses, a quantia de 500 mil réis mensais aos órgãos de saúde para outros custeios necessários.
Em 4 de abril de 1919, Sola retornou para a Itália a fim de quitar as suas obrigações militares. Dedicou-se a contribuir no posto médico dos militares durante a Guerra Civil Italiana, que eclodiu naquele ano, e foi destacado para atuar na cidade de Fiume (hoje Rijeka, na Croácia), onde os italianos travaram uma batalha com os croatas pela conquista daquele território.
Retornou a São Paulo em 1921, já casado com a senhora Ignez Galizia, em matrimônio realizado na cidade de Nápoles. Manteve suas atividades médicas na capital paulista e esteve ativo no Palestra Italia como conselheiro e associado. Anos mais tarde, foi homenageado pela Prefeitura com nome de rua, Doutor Valentino Sola, no bairro Jardim da Gloria, na Zona Sul.
O médico dos humildes e desamparados era também conferencista, ensaísta, poeta e jornalista. Foi colaborador de La Stampa Sportiva, no qual assinava matérias com os pseudônimos de Doutor Esse e Edelweis, e também presidente da Sociedade Dante Alighieri. O seu grande objetivo era estreitar os laços que uniam o Brasil e a Itália e, em reconhecimento, recebeu do governo italiano a outorga da Cruz de Cavaleiro da Coroa da Itália.
Como Sola, outros dois presidentes alviverdes também exerceram a profissão de médico: Raphael Parisi (1934 a 1938) e Francisco Patti (1945 a 1947).
Duilio Frugoli
Período: 1918
Duilio Frugoli
1918
Ludovico Bacchiani
Período: 1917 a 1918
Ludovico Bacchiani
1917 a 1918
Guido Sarti
Período: 1917
Guido Sarti
1917
Frederico Sutti
Período: 1916 a 1917
Frederico Sutti
1916 a 1917
Ludovico Bacchiani
Período: 1916
Ludovico Bacchiani
1916
Francesco De Vivo
Período: 1915 a 1916
Francesco De Vivo
1915 a 1916
Fabio Ferré
Período: 1915
Fabio Ferré
1915
Leonardo Pareto
Período: 1915
Leonardo Pareto
1915
Augusto Vaccari
Período: 1914 a 1915
Augusto Vaccari
1914 a 1915
Ezequiel Simoni
Período: 1914
Ezequiel Simoni
1914