Assunção explica diálogo com Felipão e revela ritual nas faltas

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

Na reapresentação do Palmeiras na tarde desta sexta-feira (20), o volante Marcos Assunção concedeu entrevista coletiva e explicou o diálogo que teve com o técnico Luiz Felipe Scolari na palestra que antecedeu o jogo contra o Vitória e a classificação do Verdão para a próxima fase da Copa Sul-Americana.

´Nós estávamos comentando que o Rámon era forte na bola parada e tínhamos de evitar ao máximo fazer faltas perto da área. No Barradão, ele teve três chances e marcou um gol. Quando falávamos disso, o Felipão me pegou de surpresa e perguntou de quantas faltas eu precisava para marcar algum gol. E eu respondi que precisava de duas. A primeira o goleiro foi muito bem, mas na segunda eu cumpri com o prometido´, brincou o jogador.

Durante a entrevista, Assunção explicou por diversas vezes as razões de ser um exímio cobrador de falta. Inicialmente, ele relembrou do início da carreira e do quanto os treinamentos foram e continuam sendo importantes para ele continuar tendo um aproveitamento acima do esperado.

´Quando eu tinha 17 anos, no Rio Branco, ficava batendo faltas com o Marcelinho Paraíba, Mineiro, Marcos Senna…e tínhamos um treinador, o Wilson Carrasco, que ficava treinando com a gente e sempre ganhava na disputa das cobranças. Aquilo servia como motivação, pois todos queriam continuar batendo faltas e vencer dele, mas nunca conseguíamos´, revelou.

´O único segredo para cobrar faltas com perfeição é treinar muito. Eu costumo treinar de 30 a 40 cobranças de falta nos dias próximos ao jogo. Quando não faço isso, me sinto mal e despreparado. Por onde eu passei foi assim, e mesmo com 34 anos, continuo treinando forte para manter o ritmo.´

Além dos treinamentos, Assunção revelou outro detalhe que o faz se sentir bem nas cobranças de bola parada, seja nas faltas ou escanteios. ´Sou muito detalhista´, brincou o camisa 28, que contou quais são seus rituais antes de bater com perfeição na bola. ´Eu sempre olho a língua da chuteira para ver se está correta. No momento da cobrança de falta que originou o gol, eu vi que a língua estava um pouco torta. Eu já tinha feito isso antes, na verdade faço sempre (risos). Mas sei lá, isso me ajuda, me faz bem´, contou.

Um dos atletas mais experientes do grupo, o volante palmeirense fez questão de creditar a classificação na Copa SA ao técnico Luiz Felipe Scolari. ´Ele foi fantástico no discurso, no envolvimento para o jogo. Quando estávamos sem vencer há seis jogos, ele deu a mão para todos os jogadores e assumiu a culpa sozinho, chamou a responsabilidade para ele e disse que era o único culpado. Até pedimos uma reunião naquele momento, pois a responsabilidade precisava ser dividida entre todos nós.´

Feliz com o bom momento e as duas últimas vitórias consecutivas na temporada, Assunção acha que o momento é de manter os pés no chão. ´Não pode empolgar. É claro que estamos muito felizes, foi uma vitória heróica e que a maioria não acreditava. Mas ainda não ganhamos nada e precisamos manter os pés no chão, pois tem muito pela frente.´

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