Criação de conselho gestor não é novidade na história palmeirense
Agência Palmeiras
Fernando Galuppo
Marcelo Cazavia
O Conselho Gestor criado pelo presidente em exercício Salvador Hugo Palaia não é novidade. Em outras quatro oportunidades ao longo dos 96 anos de sua história, o Palmeiras teve um comitê auxiliando o mandatário nas principais decisões, e em três delas o time de futebol obteve sucesso em campo.
Em 1932, o presidente Dante Delmanto se licenciou do cargo por motivos pessoais. Angelo Cristofaro, vice-presidente, assumiu o clube e criou uma Junta Executiva, formada pelos diretores Luciano Marrano, Enrico de Martino e Francisco Patti, além do próprio Angelo Cristofaro. A equipe de trabalho exerceu as suas atividades de agosto até outubro, quando Delmanto retornou ao posto presidencial. Naquele ano, o Palestra Italia se sagrou campeão paulista.
No fim do primeiro semestre de 1938, o presidente Raphael Parisi criou o Grande Conselho Palestrino a fim de conduzir a administração do clube na transição eleitoral. O grupo, naquela ocasião, foi formado pelos diretores Italo Adami, Alberto Bonfiglioli, Alberto Ferrabino, Serafino Fileppo e Francisco Pettinati, além do próprio Parisi. No campo, o Palestra obteve o título extra do Campeonato Paulista.
Já em novembro de 1973, o presidente Paschoal Walter Byron Giuliano destituiu os diretores de futebol Adriano Lourenço Beneducci e Humberto Tregnanin na reta final do Campeonato Brasileiro e montou um colegiado. A mudança não atrapalhou a equipe, que levantou a taça e se tornou o primeiro bicampeão nacional da história.
Mais recentemente, no primeiro semestre de 1980, o presidente Delfino Facchina, falecido durante o seu mandato, deu lugar ao seu primeiro vice-presidente, Brício Pompeu de Toledo, que criou uma Comissão Gestora exclusivamente para o departamento de futebol, formada por Carlos Bernardo Facchina Nunes, Vicente Raiola Netto, Vito F. Abate, Paulo Carparelli e Nicola Racciopi. A equipe, porém, não conseguiu tirar o clube da fila de títulos.