Ídolo da Roma e prata da casa do Verdão, Taddei visita Academia

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

O meia Rodrigo Taddei, que atualmente joga na Roma, da Itália, visitou a Academia de Futebol na tarde desta sexta-feira (17) para rever os ex-companheiros de Palmeiras. O jogador acompanhou o treino comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari e concedeu uma entrevista para o site oficial para relembrar dos seus momentos de Verdão.

Taddei foi revelado pelas categorias de base palmeirense e subiu para o time profissional em 1998, sob o comando do próprio Felipão. Apesar de algumas contestações por parte da torcida, o atual ídolo do futebol italiano foi um dos principais destaques do Palmeiras no título da Copa dos Campeões de 2000, quando teve grandes atuações e marcou um golaço na vitória de 1×0 sobre o Flamengo, na semifinal da competição.

Após a disputa, que tinha Murtosa como treinador e valeu vaga para a Copa Libertadores, Taddei seguiu para o Siena-ITA e, posteriormente, para a Roma, clube que ele atua desde 2005 e é tratado como referência por torcida e imprensa. Antes da Copa do Mundo de 2006, ele foi chamado em três ocasiões para servir a seleção italiana, mas descartou o convite na ocasião por ainda ambicionar uma convocação para a seleção brasileira. ´Eu tinha 26 anos e ainda tinha esperança de ser chamado para servir o meu país. Mas não me arrependo´, admite o meio-campista, que atuou pelo Verdão entre 1998 e 2002, disputou 110 partidas e marcou sete gols.

Confira a entrevista e o Áudio concedido para o site oficial:

Como é voltar ao Palmeiras e reecontrar os ex-companheiros do período em que você jogou aqui?
Taddei –
O Palmeiras é o clube que me projetou para o mundo e sou grato por isso. E é sempre muito legal voltar aqui e rever os velhos amigos. Encontrei o Marcão, Galeano, Felipão e Murtosa, com quem tinha muita amizade e identificação. O Felipão e o Murtosa são meus padrinhos no futebol e fiquei feliz em saber que eles estão muito bem.

A projeção que você conseguiu no Palmeiras e o status de ídolo na Roma também se devem ao Felipão?
Taddei –
Eu sempre falo que primeiramente devo muita coisa ao Murtosa, pois ele acreditava muito no pessoal da base e deu muita chance os garotos despontarem. Hoje, vemos muitas dessas revelações jogando pelo futebol mundial. E o Felipão deu a confiança para eu jogar no time principal. As oportunidades de jogar, de aparecer em um clube grande como o Palmeiras, eu devo a ele.

Quando mencionam casos de atletas que vieram da base e deram a volta por cima no Palmeiras, citam você como exemplo. É mais difícil vencer aqui e como é ser ídolo fora do país?
Taddei –
Na verdade, nunca tive problema com torcida. Infelizmente, meu contrato acabou na época e surgiu a chance de jogar na Itália. Tiver que pensar em mim, na minha família. Arrisquei em jogar em um clube pequeno, o Siena, e no ano em que fui pra lá, vivi duas situações diferentes. Conseguimos o acesso para a 1a. Divisão e na volta para casa, tivemos uma acidente em que eu perdi o meu irmão. Tenho certeza que onde ele estiver, está torcendo por mim. Meu sucesso hoje na Itália eu devo à minha família, que sempre me apoiou e nunca me deixou sozinho.

O gol marcado de fora da área contra o Flamengo, na final da Copa dos Campeões de 2000, foi o momento que mais o marcou no Palmeiras?
Taddei –
Foi o momento mais feliz, pois fomos campeões e eu joguei todas as partidas como titular. Tive o gosto de ser titular pelo Palmeiras e fui premiado com alguns gols importantes e o título.

Você está com 31 anos e na Roma desde 2005. Pensa em permanecer por lá?
Taddei –
Estou muito bem na Roma, há seis anos atuando como titular e renovei por mais quatro. Penso em cumprir meu contrato e renovar por mais dois. Depois disso, acho que ainda dá para jogar nos Estados Unidos ou em Dubai por mais uns dois ou três anos.

A hipótese de voltar ao Brasil, então, está descartada?
Taddei –
Nesse momento, está totalmente descartado. Quando volto ao Brasil, venho para ver meus amigos e principalmente meus familiares. Meu objetivo é continuar pela Europa.