Felipão analisa um ano de seu retorno ao Palmeiras; Ouça o Áudio
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
Em entrevista concedida para o site oficial, Luiz Felipe Scolari fez uma análise de um ano de seu retorno ao Palmeiras e avaliou o trabalho como positivo, mesmo admitindo que se sente em dívida com a torcida pelo fato de ainda não ter conquistado nenhum título. O treinador reconheceu que muita coisa mudou em relação à sua primeira passagem pelo clube entre 1997 e 2000, mas destacou a organização que a equipe vem tendo junto à comissão técnica e à direção e que está confiante em ser campeão na atual temporada. Confira os principais trechos da entrevista e ouça o Áudio de 10 minutos.
Análise de um ano do retorno ao Palmeiras
´Nesse primeiro ano, naturalmente que fomos conhecendo algumas situações dentro do grupo, vimos que o clube está um pouco diferente em relação à nossa primeira passagem e os atletas possuem outras características. O futebol de hoje tem outras situações envolvidas que na nossa época não existia. Neste ano, fizemos mudanças e hoje temos um aproveitamento muito bom. Claro, não ganhamos nada e estamos em dívida, sim! Mas estamos com uma estrutura melhor e com situações bem elaboradas por toda a direção e comissão técnica. A ideia é continuar assim e colher bons resultados até o final do ano.´
Dificuldades desde sua volta ao Palmeiras
´Não imaginava tantas dificuldades. Eu fiquei muito tempo na Europa e vi algumas situações aqui que não achava corretas. Desde então, passei a não aceitar determinadas situações no nosso clube, e isso é um pouco difícil para mim. Também tinha a ideia de trazer minha família de volta para o Brasil, mas não consegui e tive que tomar outras atitudes. Agora, daqui para frente, acho que tudo voltará ao normal. Dentro do que imaginei para a minha vida pessoal e também para as coisas de dentro do Palmeiras, tudo estará solucionado e a partir daí planejo um ano muito bom para todos nós.´
Equipe jogando bem mesmo com algums problemas extra-campo
´Acho que é mérito também da nossa comissão técnica, do trabalho do Anselmo (Sbragia, preparador físico). Depois do mês de março, nós mudamos um pouco a forma de trabalho no sentido de não estarmos mais preocupados com algumas situações. Focamos somente no que acontece dentro do campo. E o elenco também está dando uma resposta altamente positiva em todos os jogos. As coisas ficaram mais tranquilas, os jogadores se adaptaram ao nosso jeito de trabalhar e eles também se adaptaram com algumas situações da nossa parte. Hoje, temos um grupo muito bem organizado em tudo. As coisas estão caminhando, está bem legal assim.´
Comparações entre a primeira e segunda passagem pelo Palmeiras
´Em 1997, com um elenco reduzido, chegamos à final do Brasileiro e somente no segundo e terceiro ano colhemos os frutos. Acho que, agora, podemos chegar, desde que algumas coisas aconteçam nos próximos 30, 40 dias. Temos algumas situações que ainda não foram totalmente preenchidas. Falta um ou dois atletas para compor o grupo com qualidade e a contratação de outros que cheguem para serem os nossos principais. Tem a situação dos maestros do time, que falta um pouco de condição física e técnica dentro do Palmeiras para que ele se soltem ainda mais e mostrem todo o futebol que a gente espera deles. Acontecendo isso o que a gente espera, posso dizer com absoluta certeza que temos time para chegar e ser campeão.´
Propostas para sair e desejo por vencer no Verdão
´A principal finalidade quando vim para o Palmeiras não era apenas fazer parte, mas sim ganhar e disputar todos os títulos. Fiz o possível para ganhar e queríamos muito voltar àquele ritmo de conquistas que vivemos entre 1997 e 2000. Hoje, claro, a situação é bem diferente em razão do momento em que o Palmeiras passa no momento e que atravessava naquela época. Mas é questão de prioridade na minha vida, e quero entender que do meu elenco também seja, que todos nós estamos aqui para conseguir algo juntos e tentar o título do Brasileiro ou da Copa Sul-Amerticana. Não é apenas pela minha identificação com o clube ou a torcida, mas também porque nenhum treinador gosta de ficar tanto tempo sem ganhar títulos. É nesse sentido que vamos trabalhar, vivendo intensamente o clube. Não quero pensar que vamos ficar mais seis meses sem ganhar nada.´