Irritado, Kleber reitera: “Quero encerrar a carreira no Palmeiras”
Agência Palmeiras
Marcelo Cazavia
O atacante Kleber concedeu entrevista coletiva após o treinamento da manhã desta quarta-feira [22] e se mostrou irritado com as especulações de que ele poderia se transferir para o Flamengo. O jogador criticou o que chamou de “babaquice” de parte da imprensa e destacou que, em momento algum, pensou em deixar o Palestra Itália.
“Meu destino sempre foi o Palmeiras, e continuo dizendo que quero encerrar a carreira aqui”, reiterou o Gladiador. “Só dei a entrevista que dei porque, no meu modo de entender, o [presidente Arnaldo] Tirone havia dito que eu teria que conquistar espaço em outro time se saísse daqui. Mas onde eu passei, cheguei e joguei. Entendi que ele estava desmerecendo a nossa equipe, insinuando que é mais difícil jogar no Flamengo do que no Palmeiras. Mas o Palmeiras é pior que o Flamengo? No Flamengo, os jogadores têm mais qualidade? Não penso assim. Acho que o nosso time tem tanta qualidade quanto o Flamengo. Mais tarde, o presidente me ligou, explicou o que quis dizer com a declaração e ficou tudo entendido”, continuou.
Kleber afirmou que nem mesmo uma oferta de salário mais vantajosa o faria cogitar deixar o clube do coração. “Se o Flamengo vier e pagar a multa rescisória, eu vou ter que ouvir a proposta. Se não pagar, continua tudo igual, sigo a minha vida no Palmeiras normalmente, feliz e satisfeito”, comentou. “Dinheiro nunca foi a prioridade para mim. Além disso, sempre fui muito correto com o clube que defendo. No Cruzeiro, quando recebi a proposta para sair e vir para o Palmeiras, fui até o Zezé [Perrella, presidente do Cruzeiro] e disse que continuaria por metade do que me foi oferecido, mesmo com o sonho de um dia voltar ao Palmeiras. Ele disse que não podia pagar aquele, então eu negociei com o Palmeiras”, lembrou. “O que eu ganho aqui, foi acordado com o clube. É um bom salário, tenho a vida que eu sempre sonhei. Não importa só o dinheiro. Já abri mão de ir para o Porto e, aliás, nem teria voltado para o Brasil em 2008, teria ficado no Dínamo [de Kiev-UCR]”, emendou.
Diferentemente do que foi noticiado por alguns jornalistas, a multa rescisória do atacante não é de 6 milhões de euros. Este, na verdade, é o valor mínimo estipulado por Palmeiras e Cruzeiro para uma eventual transferência do atleta. Como o Palmeiras não tem interesse em negociar o atleta e nem o atleta tem interesse em deixar o Verdão, qualquer clube brasileiro que queria contratá-lo precisa depositar a multa rescisória calculada com base na Lei Pelé – para calcular este valor, é necessário multiplicar o salário anual do jogador por 100.
Para comprovar o interesse de permanecer por muito mais tempo no Palestra, Kleber contou que chegou a oferecer a extensão do atual contrato por mais um ano sem reajuste salarial. ´Em fevereiro ou março, o Cruzeiro veio atrás de mim para me levar de volta. O Pepe [Dioguardi, empresário do atleta] procurou o Tirone e falou: Pra terminar isso, vamos renovar o contrato do Kleber para cinco anos, porque agora só restam mais quatro. A gente não tocou em salário, não se falou em salário. Mas o presidente não quis, disse que eu ainda tinha quatro anos de contrato, então estava tudo tranquilo”, relatou. O atual vínculo do Gladiador com o Verdão vai até junho de 2015.
Por fim, o camisa 30 desabafou contra os críticos. “A gente tem ouvido muitas coisas, muito cara falando besteira. Ontem [terça-feira] de manhã, ouvi um cara falando que eu fiz a mesma coisa no Cruzeiro, que forcei uma situação. Não forcei situação nenhuma. O cara falou que eu tenho camarote no Palmeiras, nem sei de onde ele tirou isso. Falou que eu estava com contratite, que poderia não ter jogado contra o Avaí por que estaria de saída do clube, mas é só vir aqui e perguntar para os médicos se eu não estava com dor. Joguei com dor no domingo [19], e os exames mostraram que eu ainda estou com a lesão [na coxa esquerda]. Os caras falam m…, mas não têm coragem de vir aqui falar na minha cara. Isso me irrita, me deixa p…, porque são ridículos os comentários. Os caras falam muita babaquice”, encerrou.