Médico do Verdão revela conversa com delegado Gerson Baluta
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
Aos 30 minutos do segundo tempo, em uma mesa localizada no gramado do estádio Beira Rio, acontecia o sorteio dos dois atletas de cada equipe que iriam para o exame antidoping, realizado sempre após as partidas. O sorteio é sempre acompanhado pelos médicos do controle de antidopagem, pelos médicos dos clubes e também pelo delegado do jogo. Ainda indignado com o gol anulado do atacante Barcos, o médico do Palmeiras Vinícius Martins se dirigiu até o delegado Gérson Baluta para protestar.
"Assim como todo o elenco, não me contive e fiquei indignado com o que aconteceu. Peguei na mão dele e disse que ele não tinha visto o lance. Ele respondeu dizendo que foi com a mão. Disse novamente que ele não tinha visto. Ele disse novamente que foi com a mão", explica o médico, para a seguir fazer uma revelação ainda mais bombástica.
"Continuei conversando e o questionei dizendo que ele não poderia ter feito aquilo, que ele estava errado. Foi quando ele respondeu dizendo que 'se eu não for escalado para mais nenhum jogo até o fim da minha vida, vou dormir tranquilo. Não tem problema nenhum'", revela Martins.
"Senti um desdém enorme da parte dele, um ar de satisfação com o que tinha feito. Ele ficou lá sentado e nós continuamos o sorteio. Em nenhum momento ele demonstrou preocupação em ter prejudicado o Palmeiras. O Baluta teve, sim, ingerência no resultado da partida", esclarece o médico palmeirense, que também falou sobre a movimentação fora de campo tão logo o argentino Barcos marcou o gol de empate.
"Foi tudo muito claro. Tudo aconteceu bem no momento da substituição do Kleber (Inter). O quarto árbitro sequer prestou atenção no lance do gol, pois estava cuidando da substituição. E teve mesmo uma movimentação na mesa onde fica o delegado da partida em relação aos repórteres. Isso foi muito claro, todos que estavam ali viram."