CD aprova refinanciamento e Palmeiras deixará de gastar R$ 320 mi em juros

Departamento de Comunicação

O Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou plano de refinanciamento de dívida que resultará em uma economia estimada de R$ 320 milhões aos cofres alviverdes.

Com mais de 90% de votos favoráveis, o CD definiu como se dará a devolução do aporte efetuado pelo presidente Paulo Nobre ao clube. A operação deve ser concluída em aproximadamente 15 anos, com correção feita apenas pelo CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Esse tempo poderá ser maior ou menor dependendo de duas variáveis: receitas auferidas pela S.E.P. e taxa Selic.

Em gestões anteriores, empréstimos realizados em bancos chegavam a patamares compreendidos entre 200% e 300% do CDI e os prazos eram muito mais curtos. No modelo aprovado, o custo da dívida será apenas o da correção do capital, com um período longo e elástico para a quitação.

O objetivo principal foi possibilitar a continuidade das atividades no clube, visto que só havia 25% do orçamento disponível para utilização em 2013.

No intuito de evitar a repetição da prática de utilizar verbas futuras, a diretoria buscou uma forma de garantir que as próximas gestões tivessem condições financeiras de fazer o Palmeiras crescer. Com o modelo adotado, não houve adiantamento de nenhuma cota e a preservação de 90% dos recursos previstos para 2015.

O plano inicial para aporte ao caixa alviverde era a constituição de um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) com captação de recursos no mercado, e que teria como garantia todos os contratos de direitos de televisão.

Com ações judiciais que impediram a utilização dessa estrutura, a única solução que não imputaria ao Palmeiras uma dívida impagável foi a obtenção de recursos junto ao mandatário alviverde.

O clube deverá pagar, a partir de maio de 2015, o montante de R$ 103,4 milhões. Essa carência de quatro meses existe por conta de antecipações de receitas, feitas em 2010, de cinco edições do Campeonato Paulista.

De acordo com o modelo aprovado no Conselho, somente 10% das receitas anuais do Palmeiras (fluxo de caixa) serão utilizadas para amortização da dívida.