Prass descarta ‘melhor momento’ e admite jogar após 40 anos: ‘Não me surpreenderia’
Thiago Kimori
Departamento de Comunicação
Sinônimo de experiência e liderança, o goleiro Fernando Prass brilhou novamente no clássico do último domingo (29), diante do São Paulo, no estádio do Morumbi, em mais um embate válido pelo Campeonato Brasileiro. Apesar da derrota por 1 a 0 para o rival, o camisa 1 do Verdão se destacou após realizar defesas fundamentais durante a etapa final do duelo. Campeão em 2015 com o clube e sempre regular debaixo da meta palestrina, o arqueiro, porém, mantém a humildade quando fala sobre a sua atual situação na equipe.
“Falar em melhor momento é complicado, e para mim é até motivo de orgulho porque, quando cheguei aqui, me perguntavam isso também. No Vasco também me perguntaram isso, e até ganhei um prêmio de uma revista conceituada. Agora, com relação a nível de Seleção, eu, sendo goleiro titular do Palmeiras, que é um clube grande… Nível de Seleção muitos têm. Aí é preferência do treinador pelas características, empatia, critérios individuais… Me considero em um grupo que tem condições de ser chamado e vestir a camisa da Seleção”, declarou, respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de estar entre os selecionáveis do Brasil.
Aos 37 anos de idade, o palmeirense ainda prevê um longo período com a camisa alviverde. “Algumas pessoas foram contra a minha renovação por causa da minha idade, e eu estou provando dentro de campo. Com 38 anos, eu tenho a possibilidade de responder se estou em minha melhor fase, e não tem coisa melhor do que isso. Não me surpreenderia passar dos 40 jogando tranquilamente. Eu pensava que com 36 não estaria bem, e fisicamente estou no mesmo nível dos meninos. Enquanto a cabeça estiver bem, o corpo vai”, projetou Prass, que chegou à marca de 184 partidas no final de semana e tornou-se o 89º atleta que mais atuou pelo time paulista na história, ao lado de Ivan e Ronaldo.
“Quando completei 100 jogos, eu disse que era uma marca que eu dava importância, mas, para o que eu planejava, era pouco. Estou chegando a quase 200 jogos, e ainda tenho o ano que vem de contrato, dá para passar dos 250. Não pretendo parar de jogar agora, e passa a ser uma marca mais relevante. Entro em um grupo mais seleto em um clube com a tradição de goleiros que o Palmeiras tem, não é fácil aguentar a pressão em quase 200 jogos”, contou.
Já sobre o Campeonato Brasileiro desta temporada, o goleiro foi bem realista. “Se quisermos ser campeão, não podemos oscilar. Tirando Grêmio e Inter, todos oscilaram. O Brasileiro é muito difícil por causa disso, é um perde e ganha. Isso mostra o equilíbrio do campeonato, e a equipe que destoar um pouco disso brigará pelo título. E, como queremos brigar pelo título, temos de ter esta matemática e começar a somar os pontos fora de casa”, finalizou o camisa 1.