99 anos: Conheça a história do pai de quadrigêmeos alviverdes
Agência Palmeiras
Luan de Sousa
O Palmeiras não ganhou título na temporada 2004. No máximo, assegurou vaga na Copa Libertadores do ano seguinte, ao terminar o Campeonato Brasileiro na quarta colocação. Mesmo assim, a torcida palestrina aumentou e muito por conta de Walter Premero e sua esposa Eliane.
À época, o casal decidiu fazer um tratamento de inseminação artificial e, ciente da dificuldade de êxito, tinha uma remota esperança de que houvesse fecundação já na primeira tentativa. O destino, porém, entrou em ação. “Colocamos quatro óvulos no começo e já seria muito difícil que um deles fecundasse. Mas fizemos o ultrassom e vimos que três fecundaram. Achávamos então que viriam trigêmeos. No entanto, depois fizemos mais um exame e em uma das bolsas foram detectados dois embriões. Ou seja, vieram dois gêmeos idênticos ou univitelinos e dois fraternos. Ficamos muito felizes. Deus nos ajudou muito. Todos nasceram com saúde. Mas admito que senti na hora um misto de alegria, emoção e, claro, desespero (risos)”, brincou o publicitário de 53 anos, pai do Pedro, do Otávio, do André e do Vítor.
Atualmente, os quadrigêmeos estão com oito anos e meio e ainda não viram o Verdão das arquibancadas. “Por conta da idade, eles estão dando um pouco de trabalho no momento. Eles são muito ativos, têm uma energia absurda. Estão no terceiro ano do ensino fundamental. Dois, inclusive, jogam futebol e querem ser jogadores no futuro. No estádio eles ainda não foram. Primeiro, é difícil levar os quatro. Além disso, tem o custo”, disse o orgulhoso progenitor, ansioso para conhecer o Allianz Parque, cuja inauguração está prevista para o começo de 2014.
“Quero levá-los ainda este ano ao Pacaembu, mas meu sonho mesmo é conhecer a nossa arena com eles. Meu último jogo no estádio foi o último do Brasileiro Série B de 2003, contra o Botafogo. Mas preciso levá-los o quanto antes. Se não levar, alguém da família da minha mulher, que torce para o arquirrival, pode fazer isso (risos). Mas ano que vem será mais fácil. Estou acompanhando pelas câmeras, pelas fotos e pelos vídeos. A arena ficará sensacional”, expôs, precavido.
Morador do Tatuapé (na Grande São Paulo), Walter, o responsável por colocar no mundo mais quatro palmeirenses, vem fazendo de tudo para manter o time de seus filhos. Ele espera – e confia – que em um futuro breve o time, que atravessa uma crescente, irá ajudá-lo ainda mais.
“Pai tem que influenciar mesmo. Um deles chegou a querer mudar de time, mas eu chamei para bater um papo. O time está se reconstruindo e tenho certeza de que retomaremos os bons tempos em breve. Eles terão muito a comemorar ainda e a me agradecer por lhes terem feitos palmeirenses”, finalizou.