O Palmeiras já teve muitos estrangeiros ao longo dos anos, mas nenhum deles fez mais gols do que Juan Raúl Echevarrieta. Conhecido como “O Homem dos Sete Instrumentos” por saber desempenhar diversas funções no campo de ataque, o craque argentino atuava com mais frequência como centroavante e ponta-esquerda. E foi peça fundamental em uma época conturbada da história do Alviverde Imponente.

Echevarrieta foi contratado em julho de 1939, dois meses antes de eclodir a Segunda Guerra Mundial e de se intensificar o clima hostil ao Palestra Italia pela sua origem italiana. Com garra, talento e oportunismo, “El Terrible” ajudou o clube a se manter vencedor em campo em meio à turbulência fora dele. Entre os muitos feitos, marcou dois gols na goleada por 4 a 1 sobre o São Paulo na rodada que sacramentou a conquista do Campeonato Paulista de 1940. Dois anos depois, foi protagonista no famoso episódio da Arrancada Heroica, quando o Verdão atuou pela primeira vez com o nome de Palmeiras em jogo valendo o título paulista de 1942: titular, ajudou a carregar a bandeira brasileira na entrada do time em campo e assinalou o terceiro gol da vitória por 3 a 1, novamente sobre o São Paulo.

Depois de dar seus primeiros passos no futebol em equipes amadoras do interior da Argentina, Echevarrieta já estava casado e com filho quando ingressou nas categorias de base do Gimnasia y Esgrima-ARG, que em 1929 conquistara seu primeiro e único título nacional. Estreou como profissional em 1932 e deixou sua marca duas vezes na goleada por 6 a 0 sobre o Atlanta-ARG. Porém, por conta da concorrência qualificada e do temperamento forte, alternou altos e baixos no clube de La Plata, tendo sido empestado ao Vélez Sarsfield-ARG por um curto período em 1938. Retornou ao Gimnasia, mas o ciclo na equipe chegava ao fim, com 95 jogos, 45 gols e 10 assistências.

Era hora de explorar novos ares, e ele partiu para o Rio de Janeiro junto com dois companheiros de equipe. Naón conseguiu vaga no Flamengo. Já Echevarrieta e Zoroza tentaram a sorte no Bonsucesso, mas, fora de forma, não animaram os dirigentes locais. O Palestra Italia, então, aproveitou a oportunidade e levou o goleador para São Paulo. E a estreia, pelo Campeonato Paulista de 1939, foi assim retratada pelo Jornal dos Sports: “Echevarrieta comandou a ofensiva do Palestra no tradicional embate efetuado no Parque Antarctica, contra o valoroso esquadrão do São Paulo. O crack argentino que Gentil Cardoso, técnico do Bonsucesso, classificou de ‘elemento de segunda categoria’, demonstrou ser possuidor de alta classe, tendo sido, em todo o transcurso do match, a figura mais impressionante do gramado. É verdade que não consignou um único tento; entretanto, os dois tentos registrados pelo placar, em favor do ‘onze’ paulistano, foram produtos exclusivos de jogadas suas. O último tento, então, foi simplesmente impressionante, tendo originado de uma cabeçada rápida colocada nos pés de Rolando. Toda a imprensa local é unânime em ressaltar a aquisição feita pelo Palestra, bem como a performance realizada pelo companheiro de Naón e Zoroza em seu match de estreia”.

Os primeiros gols com a camisa verde saíram contra a Portuguesa, em seu terceiro jogo pelo clube. E o craque não parou mais. Foi às redes também nas seis partidas seguintes, atingindo 12 tentos em sete jogos. A primeira grande conquista foi no torneio de inauguração do Pacaembu, em 1940, quando fez três na goleada por 6 a 2 sobre o Coritiba e, uma semana depois, fez um na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians na decisão. Mas os atos de indisciplina e a fama de boêmio continuavam a prejudicar sua carreira. Expulsões, multas e até uma suposta situação irregular como estrangeiro, usada pelo São Paulo para tentar impugnar o título alviverde de 1942, contribuíram para o fim da passagem do argentino pelo Palmeiras.

Transferido para o Santos, atuou ainda por Ypiranga e São Bento de Marília antes de pendurar a chuteira. Morreu em 27 de novembro de 1987, em Florianópolis (SC), vítima de enfisema pulmonar.

Saiba mais:
>Especial: A Arrancada Heroica
>Especial Derby: TOP 10

 

Juan Raúl Echevarrieta 23 de julho de 1911
Olavarría-ARG 27 de novembro de 1987

Posição: Atacante

Número de temporadas: 4

Clube anterior: Gimnasia y Esgrima-ARG

Jogos:

128 (83 vitórias, 25 empates e 20 derrotas)

Estreia: Palestra Italia 2x1 São Paulo (02/07/1939)

Último jogo: Palmeiras 1x1 Santos (01/11/1942)

Gols: 113

Primeiro gol: Palestra Italia 3x2 Portuguesa (16/07/1939)

Último gol: Palmeiras 3x1 São Paulo (20/09/1942)

Principais títulos:

Campeonato Paulista em 1940 e 1942; Torneio Início do Campeonato Paulista em 1942

O Palmeiras já teve muitos estrangeiros ao longo dos anos, mas nenhum deles fez mais gols do que Juan Raúl Echevarrieta. Conhecido como “O Homem dos Sete Instrumentos” por saber desempenhar diversas funções no campo de ataque, o craque argentino atuava com mais frequência como centroavante e ponta-esquerda. E foi peça fundamental em uma época conturbada da história do Alviverde Imponente.

Echevarrieta foi contratado em julho de 1939, dois meses antes de eclodir a Segunda Guerra Mundial e de se intensificar o clima hostil ao Palestra Italia pela sua origem italiana. Com garra, talento e oportunismo, “El Terrible” ajudou o clube a se manter vencedor em campo em meio à turbulência fora dele. Entre os muitos feitos, marcou dois gols na goleada por 4 a 1 sobre o São Paulo na rodada que sacramentou a conquista do Campeonato Paulista de 1940. Dois anos depois, foi protagonista no famoso episódio da Arrancada Heroica, quando o Verdão atuou pela primeira vez com o nome de Palmeiras em jogo valendo o título paulista de 1942: titular, ajudou a carregar a bandeira brasileira na entrada do time em campo e assinalou o terceiro gol da vitória por 3 a 1, novamente sobre o São Paulo.

Depois de dar seus primeiros passos no futebol em equipes amadoras do interior da Argentina, Echevarrieta já estava casado e com filho quando ingressou nas categorias de base do Gimnasia y Esgrima-ARG, que em 1929 conquistara seu primeiro e único título nacional. Estreou como profissional em 1932 e deixou sua marca duas vezes na goleada por 6 a 0 sobre o Atlanta-ARG. Porém, por conta da concorrência qualificada e do temperamento forte, alternou altos e baixos no clube de La Plata, tendo sido empestado ao Vélez Sarsfield-ARG por um curto período em 1938. Retornou ao Gimnasia, mas o ciclo na equipe chegava ao fim, com 95 jogos, 45 gols e 10 assistências.

Era hora de explorar novos ares, e ele partiu para o Rio de Janeiro junto com dois companheiros de equipe. Naón conseguiu vaga no Flamengo. Já Echevarrieta e Zoroza tentaram a sorte no Bonsucesso, mas, fora de forma, não animaram os dirigentes locais. O Palestra Italia, então, aproveitou a oportunidade e levou o goleador para São Paulo. E a estreia, pelo Campeonato Paulista de 1939, foi assim retratada pelo Jornal dos Sports: “Echevarrieta comandou a ofensiva do Palestra no tradicional embate efetuado no Parque Antarctica, contra o valoroso esquadrão do São Paulo. O crack argentino que Gentil Cardoso, técnico do Bonsucesso, classificou de ‘elemento de segunda categoria’, demonstrou ser possuidor de alta classe, tendo sido, em todo o transcurso do match, a figura mais impressionante do gramado. É verdade que não consignou um único tento; entretanto, os dois tentos registrados pelo placar, em favor do ‘onze’ paulistano, foram produtos exclusivos de jogadas suas. O último tento, então, foi simplesmente impressionante, tendo originado de uma cabeçada rápida colocada nos pés de Rolando. Toda a imprensa local é unânime em ressaltar a aquisição feita pelo Palestra, bem como a performance realizada pelo companheiro de Naón e Zoroza em seu match de estreia”.

Os primeiros gols com a camisa verde saíram contra a Portuguesa, em seu terceiro jogo pelo clube. E o craque não parou mais. Foi às redes também nas seis partidas seguintes, atingindo 12 tentos em sete jogos. A primeira grande conquista foi no torneio de inauguração do Pacaembu, em 1940, quando fez três na goleada por 6 a 2 sobre o Coritiba e, uma semana depois, fez um na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians na decisão. Mas os atos de indisciplina e a fama de boêmio continuavam a prejudicar sua carreira. Expulsões, multas e até uma suposta situação irregular como estrangeiro, usada pelo São Paulo para tentar impugnar o título alviverde de 1942, contribuíram para o fim da passagem do argentino pelo Palmeiras.

Transferido para o Santos, atuou ainda por Ypiranga e São Bento de Marília antes de pendurar a chuteira. Morreu em 27 de novembro de 1987, em Florianópolis (SC), vítima de enfisema pulmonar.

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