“Agora eu vou pegar. Nós vamos ganhar.”
Palavras de Gaúcho antes dos pênaltis naquele inesquecível 17 de novembro de 1988. O Palmeiras enfrentava o Flamengo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O goleiro Zetti sofreu uma lesão após dividir a bola com Bebeto aos 44 minutos do segundo tempo. O Verdão vencia por 1 a 0 e tinha feito todas as substituições possíveis. O artilheiro Gaúcho teve de ser improvisado no gol. Pior: o rival empatou o jogo. A decisão iria para os pênaltis.
As partidas eram decididas nos pênaltis durante aquele Campeonato Brasileiro em caso de empate. O regulamento dava um ponto para o vencedor. A fase alviverde não era das melhores. O clube, afinal, vivia a incomoda fila de títulos, que só terminaria em 1993. Gaúcho era um dos mais queridos pela torcida. A esperança de gols. Estava entre os mais técnicos. E de repente ele foi defender. Não fazer gols.
Gaúcho surpreendeu. Além de cobrar com perfeição e vencer o goleiro do Flamengo, ele defendeu duas cobranças. Zinho e Aldair, que seriam mais tarde tetracampeões do mundo com a Seleção Brasileira na Copa dos Estados Unidos, foram vencidos pelo nosso centroavante/goleiro. Zinho, aliás, chegaria ao Palmeiras nos anos 90 para fazer história. O ídolo viraria peça fundamental do Palmeiras em várias conquistas, entre elas o Campeonato Paulista de 1993 (com gol na final contra o Corinthians) e a Taça Libertadores da América de 1999.
“Eu quero jogar. Eu quero correr atrás dessa bola dentro de campo. O futebol é a coisa mais importante que eu tenho na vida. Eu quero é jogar. Estou ajudando o Palmeiras”, declarou Gaúcho após virar herói. Ele prometeu e cumpriu. Disse que defenderia e, de fato, dobrou a meta. Pegou dois pênaltis.
Perguntado se mudaria sua posição em campo, Gaúcho negou. E seria assim até o fim da carreira. O atacante foi contratado pelo Verdão no mesmo ano de 1988. Destaque do Santo André no Campeonato Paulista, ele foi percebido pelos dirigentes palmeirenses. Seu faro de gol e oportunismo dentro da área eram destaques. Gaúcho chegou no segundo semestre e logo virou titular absoluto.
Gaúcho era a principal peça ofensiva da equipe. Geralmente seus gols garantiram as poucas vitórias que o Verdão conquistou no torneio nacional. Fez parte da equipe alviverde que venceu a Taça dos Invictos em 1989. Ao fim daquele ano, transferiu-se para o Flamengo-RJ. Defendeu também as camisas de Boca Juniors-ARG, Grêmio-RS, XV de Piracicaba, Verdy Kawasaki-JAP, Atlético-MG, Lecce-ITA, Ponte Preta, Fluminense-RJ e Anápolis-GO. Teve uma curta carreira como técnico
Nosso ídolo foi diagnosticado com câncer de próstata em 2008. Ele faleceu jovem, aos 52 anos, em 2016.
Gaúcho está entre os 100 maiores artilheiros do clube. Foram 31 gols em 79 jogos. Não estão contabilizadas, mas as duas nos pênaltis contra o Flamengo valeram mais do que gols. Estão marcadas na nossa história. É o perfeito DNA do palmeirense: defender o clube até o fim. Da forma que for.
FUNDADOR DO CUIABÁ
Fundada em 12 de dezembro de 2001 pelo ex-jogador Luís Carlos Tóffoli, mais conhecido como Gaúcho, a equipe mato-grossense chegou à elite do futebol nacional pela primeira vez em 2021 ao ficar com a quarta colocação na tabela da Série B do Brasileirão em 2020.
Posição: Atacante
Número de temporadas: 2
Clube anterior: Santo André-SP
Jogos:
79 (34 vitórias, 26 empates e 19 derrotas)
Estreia: Palmeiras 2x1 São Carlense-SP (18/08/1988)
Último jogo: Palmeiras 0x1 Corinthians-SP (10/12/1989)
Gols: 31
Primeiro gol: Palmeiras 2x2 Operário-MS (21/08/1988)
Último gol: Palmeiras 2x2 Náutico-PE (26/11/1989)
Principais títulos:
Taça dos Invictos em 1989
“Agora eu vou pegar. Nós vamos ganhar.”
Palavras de Gaúcho antes dos pênaltis naquele inesquecível 17 de novembro de 1988. O Palmeiras enfrentava o Flamengo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O goleiro Zetti sofreu uma lesão após dividir a bola com Bebeto aos 44 minutos do segundo tempo. O Verdão vencia por 1 a 0 e tinha feito todas as substituições possíveis. O artilheiro Gaúcho teve de ser improvisado no gol. Pior: o rival empatou o jogo. A decisão iria para os pênaltis.
As partidas eram decididas nos pênaltis durante aquele Campeonato Brasileiro em caso de empate. O regulamento dava um ponto para o vencedor. A fase alviverde não era das melhores. O clube, afinal, vivia a incomoda fila de títulos, que só terminaria em 1993. Gaúcho era um dos mais queridos pela torcida. A esperança de gols. Estava entre os mais técnicos. E de repente ele foi defender. Não fazer gols.
Gaúcho surpreendeu. Além de cobrar com perfeição e vencer o goleiro do Flamengo, ele defendeu duas cobranças. Zinho e Aldair, que seriam mais tarde tetracampeões do mundo com a Seleção Brasileira na Copa dos Estados Unidos, foram vencidos pelo nosso centroavante/goleiro. Zinho, aliás, chegaria ao Palmeiras nos anos 90 para fazer história. O ídolo viraria peça fundamental do Palmeiras em várias conquistas, entre elas o Campeonato Paulista de 1993 (com gol na final contra o Corinthians) e a Taça Libertadores da América de 1999.
“Eu quero jogar. Eu quero correr atrás dessa bola dentro de campo. O futebol é a coisa mais importante que eu tenho na vida. Eu quero é jogar. Estou ajudando o Palmeiras”, declarou Gaúcho após virar herói. Ele prometeu e cumpriu. Disse que defenderia e, de fato, dobrou a meta. Pegou dois pênaltis.
Perguntado se mudaria sua posição em campo, Gaúcho negou. E seria assim até o fim da carreira. O atacante foi contratado pelo Verdão no mesmo ano de 1988. Destaque do Santo André no Campeonato Paulista, ele foi percebido pelos dirigentes palmeirenses. Seu faro de gol e oportunismo dentro da área eram destaques. Gaúcho chegou no segundo semestre e logo virou titular absoluto.
Gaúcho era a principal peça ofensiva da equipe. Geralmente seus gols garantiram as poucas vitórias que o Verdão conquistou no torneio nacional. Fez parte da equipe alviverde que venceu a Taça dos Invictos em 1989. Ao fim daquele ano, transferiu-se para o Flamengo-RJ. Defendeu também as camisas de Boca Juniors-ARG, Grêmio-RS, XV de Piracicaba, Verdy Kawasaki-JAP, Atlético-MG, Lecce-ITA, Ponte Preta, Fluminense-RJ e Anápolis-GO. Teve uma curta carreira como técnico
Nosso ídolo foi diagnosticado com câncer de próstata em 2008. Ele faleceu jovem, aos 52 anos, em 2016.
Gaúcho está entre os 100 maiores artilheiros do clube. Foram 31 gols em 79 jogos. Não estão contabilizadas, mas as duas nos pênaltis contra o Flamengo valeram mais do que gols. Estão marcadas na nossa história. É o perfeito DNA do palmeirense: defender o clube até o fim. Da forma que for.
FUNDADOR DO CUIABÁ
Fundada em 12 de dezembro de 2001 pelo ex-jogador Luís Carlos Tóffoli, mais conhecido como Gaúcho, a equipe mato-grossense chegou à elite do futebol nacional pela primeira vez em 2021 ao ficar com a quarta colocação na tabela da Série B do Brasileirão em 2020.