Craque com os pés e a cabeça, Leivinha foi um dos símbolos da equipe palmeirense que encantou o Brasil na primeira metade da década de 1970. Um meia-atacante de toques rápidos, presença de área e excelente finalização, que figura entre os 15 maiores artilheiros da história do clube e entre os cinco que mais foram às redes pelo Verdão em Campeonato Brasileiro.

O jovem de Novo Horizonte-SP iniciou a vida futebolística aos 15 anos de idade, em Lins-SP, município localizado na mesma região de sua cidade natal. “O jogo estava no sangue da família”, destacou, anos mais tarde, o craque cujos irmão gêmeos Dadá e Didi também foram profissionais da bola.

As boas atuações pelo Linense renderam uma oportunidade na Portuguesa já no ano seguinte, em 1966. “Eu tive muita sorte. No primeiro treinamento, o treinador tinha dificuldade para montar a equipe, pois tanto o Ivair quanto o Renê estavam contundidos. Ele foi obrigado a mudar o conjunto. Colocou o Sílvio e faltava um jogador. Aí ele me chamou”, contou Leivinha, que marcou quatro gols treinando no time de cima e garantiu a permanência no Canindé.

Após excelente passagem pela Lusa, chegava a hora de dar mais um salto na carreira. Um salto tão grande quanto os que o faziam ser um dos melhores cabeceadores do país mesmo com uma estatura mediana. “Três ou quatro dirigentes do Palmeiras foram lá e me contrataram. Para mim, foi ótimo. Havia necessidade de ir para um time que eu pudesse ser campeão”, relembrou.

E não faltaram títulos. Em quatro anos e meio no Parque Antarctica, faturou um bicampeonato brasileiro e um bi paulista, além de diversos outros troféus nacionais e internacionais. Foi peça-chave da Segunda Academia, inclusive assumindo com maestria o comando de ataque quando César Maluco ficou fora do time por cerca de quatro meses devido a uma suspensão.

Também foi vítima de um dos erros de arbitragem mais lembrados do futebol brasileiro, na rodada decisiva do Campeonato Paulista de 1971, contra o São Paulo. Leivinha marcou um legítimo gol de cabeça, mas o árbitro Armando Marques anulou alegando que o palmeirense usara a mão, facilitando o caminho do rival rumo ao título. “Foi uma pergunta que eu tive de responder muitas vezes. O Armando queria ser o personagem da partida. O verdadeiro juiz é aquele que passa despercebido nos jogos”, lamentou.

Leivinha serviu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974 e foi negociado com o Atlético de Madrid-ESP após a conquista do Torneio Ramón de Carranza de 1975, em Cádiz (ESP), quando marcou um dos gols na vitória por 3 a 1 sobre o Real Madrid-ESP na decisão. “Aconteceu tudo muito rápido”, destacou o craque, que chegou à Europa acompanhado de Luis Pereira. “Lembro que fomos contratados pelo Atlético já no avião de volta para o Brasil. Assim que chegamos, tivemos que pegar outro voo para a Espanha para assinar o contrato. Eu tinha feito uma promessa ao meu avô, que era espanhol, que um dia eu jogaria na Espanha. Graças a esse título, consegui cumprir minha palavra com ele. Até fui lá na terra dele, tirei fotos e dei para ele depois. Ele ficou muito feliz”, declarou.

O eterno camisa 8 parou de jogar cedo, com apenas 29 anos, por causa de problemas físicos, mas terá seu nome marcado para sempre na páginas alviverdes.

João Leiva Campos Filho 11 de setembro de 1949
Novo Horizonte-SP

Posição: Meia

Número de temporadas: 5

Clube anterior: Portuguesa-SP

Jogos:

267 (158 vitórias, 80 empates e 29 derrotas)

Estreia: Palmeiras 4x0 Guarani (14/03/1971)

Último jogo: Palmeiras 3x1 Real Madrid-ESP (31/08/1975)

Gols: 108

Primeiro gol: Palmeiras 4x0 Guarani (14/03/1971)

Último gol: Palmeiras 3x1 Real Madrid-ESP (31/08/1975)

Principais títulos:

Campeonato Paulista em 1972 e 1974; Campeonato Brasileiro em 1972 e 1973; Torneio Laudo Natel em 1972

Craque com os pés e a cabeça, Leivinha foi um dos símbolos da equipe palmeirense que encantou o Brasil na primeira metade da década de 1970. Um meia-atacante de toques rápidos, presença de área e excelente finalização, que figura entre os 15 maiores artilheiros da história do clube e entre os cinco que mais foram às redes pelo Verdão em Campeonato Brasileiro.

O jovem de Novo Horizonte-SP iniciou a vida futebolística aos 15 anos de idade, em Lins-SP, município localizado na mesma região de sua cidade natal. “O jogo estava no sangue da família”, destacou, anos mais tarde, o craque cujos irmão gêmeos Dadá e Didi também foram profissionais da bola.

As boas atuações pelo Linense renderam uma oportunidade na Portuguesa já no ano seguinte, em 1966. “Eu tive muita sorte. No primeiro treinamento, o treinador tinha dificuldade para montar a equipe, pois tanto o Ivair quanto o Renê estavam contundidos. Ele foi obrigado a mudar o conjunto. Colocou o Sílvio e faltava um jogador. Aí ele me chamou”, contou Leivinha, que marcou quatro gols treinando no time de cima e garantiu a permanência no Canindé.

Após excelente passagem pela Lusa, chegava a hora de dar mais um salto na carreira. Um salto tão grande quanto os que o faziam ser um dos melhores cabeceadores do país mesmo com uma estatura mediana. “Três ou quatro dirigentes do Palmeiras foram lá e me contrataram. Para mim, foi ótimo. Havia necessidade de ir para um time que eu pudesse ser campeão”, relembrou.

E não faltaram títulos. Em quatro anos e meio no Parque Antarctica, faturou um bicampeonato brasileiro e um bi paulista, além de diversos outros troféus nacionais e internacionais. Foi peça-chave da Segunda Academia, inclusive assumindo com maestria o comando de ataque quando César Maluco ficou fora do time por cerca de quatro meses devido a uma suspensão.

Também foi vítima de um dos erros de arbitragem mais lembrados do futebol brasileiro, na rodada decisiva do Campeonato Paulista de 1971, contra o São Paulo. Leivinha marcou um legítimo gol de cabeça, mas o árbitro Armando Marques anulou alegando que o palmeirense usara a mão, facilitando o caminho do rival rumo ao título. “Foi uma pergunta que eu tive de responder muitas vezes. O Armando queria ser o personagem da partida. O verdadeiro juiz é aquele que passa despercebido nos jogos”, lamentou.

Leivinha serviu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974 e foi negociado com o Atlético de Madrid-ESP após a conquista do Torneio Ramón de Carranza de 1975, em Cádiz (ESP), quando marcou um dos gols na vitória por 3 a 1 sobre o Real Madrid-ESP na decisão. “Aconteceu tudo muito rápido”, destacou o craque, que chegou à Europa acompanhado de Luis Pereira. “Lembro que fomos contratados pelo Atlético já no avião de volta para o Brasil. Assim que chegamos, tivemos que pegar outro voo para a Espanha para assinar o contrato. Eu tinha feito uma promessa ao meu avô, que era espanhol, que um dia eu jogaria na Espanha. Graças a esse título, consegui cumprir minha palavra com ele. Até fui lá na terra dele, tirei fotos e dei para ele depois. Ele ficou muito feliz”, declarou.

O eterno camisa 8 parou de jogar cedo, com apenas 29 anos, por causa de problemas físicos, mas terá seu nome marcado para sempre na páginas alviverdes.

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