Impulsionado por uma bem planejada e bem sucedida parceria com a Parmalat, o Palmeiras conseguiu inúmeras conquistas esportivas e voltou a gritar “campeão” na década de 90. Após o primeiro ano de estruturação da parceria, em 1992, no qual foi vice-campeão paulista, o Verdão venceu o histórico Campeonato Paulista de 1993 goleando o Corinthians por 4 a 0 na segunda partida da final e deu fim ao jejum de 16 anos sem títulos.

Após derrota por 1 a 0 no primeiro jogo, com gol de Viola e provocação ao Palmeiras imitando um porco na comemoração, o técnico Vanderlei Luxemburgo motivou ainda mais os jogadores – que atropelaram o rival no segundo jogo. Zinho, Evair e Edílson marcaram os gols no tempo regulamentar, e coube ao matador Evair o gol do título e da quebra do tabu na prorrogação. A imagem da comemoração do camisa 9 é uma das mais simbólicas do período.

No Campeonato Brasileiro de 1993, depois de ótima campanha na primeira fase e de eliminar o São Paulo na semifinal com golaço de César Sampaio, o time faturou o título com dois triunfos sobre o Vitória na decisão e superou o Santos em número de conquistas nacionais. Na mesma temporada, o time ainda faturou o Torneio Rio-São Paulo – que voltou a ser disputado depois de 27 anos de hiato – novamente batendo o Corinthians, desta vez com show de Edmundo.

Heptacampeão brasileiro, o Verdão ainda ampliou a marca no ano seguinte, conquistando o bi no Brasileiro de 1994 (novamente superando o arquirrival na decisão). Na primeira partida da final, o Palmeiras derrotou o Corinthians por 3 a 1, com grande exibição do meia Rivaldo, que marcou dois dos três gols palmeirenses. Tranquilo no segundo jogo, o Verdão ficou com o título após empate em 1 a 1.

Ainda em 1994, em jogo válido pela Libertadores, o Palmeiras massacrou o Boca Juniors no Palestra Italia em noite de gala de Mazinho. O placar de 6 a 1 foi a maior derrota do time argentino fora de seu país em toda sua história.

Dois anos depois, em 1996, com Djalminha como maestro, o time venceu de forma avassaladora o Campeonato Paulista, marcando mais de 100 gols e carimbando o melhor aproveitamento da história da competição na era profissional (pós-1933): 92,2 %, com 27 vitórias, dois empates e uma derrota. No período, o Verdão ganhou também a Copa Mercosul e a Copa do Brasil, ambos em 1998. Mas a maior conquista ainda estava por vir.

Com velhos conhecidos, como Cléber, César Sampaio, Zinho e Evair, e novos craques, como Arce, Junior, Alex, Paulo Nunes e Oséas, o período vitorioso do Palmeiras culminou na conquista da Copa Libertadores da América de 1999, feito considerado um dos maiores da história do clube e que consagrou o goleiro Marcos como um dos maiores ídolos da torcida. O título foi confirmado após a equipe derrotar, no tempo normal (2 a 1) e nos pênaltis (4 a 3), o Deportivo Cali, da Colômbia, em partida decisiva realizada no Palestra Italia, em 16 de junho – nas quartas de final, o Verdão havia eliminado o Corinthians nos pênaltis, além de deixar para trás outros fortes concorrentes ao título, como o Vasco da Gama (oitavas) e o River Plate (semifinal).

Fechando a década, em 2000 o clube venceu Torneio Rio-São Paulo e a Copa dos Campeões (campeonato que reunia os principais clubes brasileiros na época), além de ser vice-campeão da Mercosul pela segunda vez (havia sido vice em 1999) e da Libertadores.

Por ser o maior vencedor das principais competições esportivas nacionais e internacionais, o Palmeiras foi proclamado pela Federação Paulista de Futebol e pelos mais importantes jornais e revistas do país o Campeão do Século XX do futebol brasileiro.

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