Depois de um 2011 sem grandes resultados, o Palmeiras voltou a conquistar um troféu em 2012. A equipe comandada por Felipão levantou o 11º título nacional do clube ao vencer a Copa do Brasil e, com isso, o Verdão ampliou a vantagem sobre o Santos, segundo colocado com 10 taças, no ranking dos maiores campeões do país. A conquista veio com o empate em 1 a 1 diante do Coritiba, no estádio Couto Pereira – na partida de ida, na Arena Barueri, o Verdão havia vencido por 2 a 0. Na mesma temporada, contudo, o Alviverde conheceu o seu segundo rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, disputando o torneio em 2013 e retornando à elite em 2014.

Fora dos gramados, o Palmeiras deu grandes passos em direção à modernização. No principal deles, através de uma parceria com a iniciativa privada, o clube iniciou o projeto de construção da mais futurista arena de esportes da América do Sul, com capacidade para 40 mil torcedores e até 55 mil espectadores para shows e eventos, além da reforma do clube social. Assim, no mesmo local do solo sagrado do Estádio Palestra Italia, surgiu o Allianz Parque, cuja inauguração ocorreu no segundo semestre de 2014 como presente de Centenário à torcida palmeirense.

No mesmo período, o Palmeiras passou por um enorme processo de profissionalização de setores importantes da instituição. Financeiro, Jurídico, Comunicação e Marketing, entre outros, passaram a ser geridos por equipes especializadas. Novas tecnologias foram implantadas na área médica, técnica e financeira. Além disso, a reformulação do Avanti tornou o programa de sócio-torcedor do Palmeiras um dos maiores do Brasil, gerando uma nova fonte de renda para o departamento de futebol, e a reorganização das categorias de base colocaria o Verdão no topo dos clubes formadores do país.

Os resultados desta nova fase palmeirense surgiram logo no início de 2015. Além do acerto com a Crefisa como patrocinador máster da camisa, novas caras chegaram à Academia de Futebol e consolidaram a reformulação no futebol alviverde. O primeiro passo prático veio no Campeonato Paulista, com o vice-campeonato do torneio. Mas foi a Copa do Brasil que inflamou a torcida alviverde e coroou o elenco palestrino: o Palmeiras teve o Santos pela frente em uma final e, após vitória no Allianz Parque por 2 a 1, faturou a taça nas penalidades com direito a batida decisiva do goleiro Fernando Prass, conquistando a 12ª taça nacional e consolidando o clube como o Maior Campeão do Brasil.

A hegemonia aumentou em 2016, quando o Palmeiras encerrou o jejum de 22 anos sem conquistar o Campeonato Brasileiro. Sob o comando de Cuca, que assumiu o time em março, o Verdão realizou uma campanha sólida e conquistou o título de forma incontestável: quebrando tabus, batendo recordes e coroando a temporada com o tão esperado eneacampeonato. O capitão Dudu levantou a taça com uma rodada de antecedência, depois de o Palmeiras derrotar a Chapecoense, por 1 a 0, no Allianz Parque lotado (com recorde de público). A trajetória contou com vitórias importantes – como sobre o Corinthians, na casa do rival – e uma sequência de 15 jogos de invencibilidade entre agosto e outubro.

Em 2017, apesar de não ter levantado troféu, o Verdão acumulou feitos importantes, como a conquista do vice-campeonato brasileiro, além das quebras de tabus, das viradas emocionantes e dos gols decisivos nos derradeiros minutos de jogo. O sucesso das categorias de base palmeirenses foi outro ponto que chamou a atenção, já que o clube teve, pela primeira vez, as cinco categorias na decisão do Campeonato Paulista (sendo campeão do Sub-11, do Sub-15 e do Sub-20). Além disso, o Alviverde ainda conquistou a Copa do Brasil Sub-17, considerado o principal torneio nacional da categoria. O último grande evento que marcou o ano palmeirense foi a despedida do ídolo Zé Roberto – um dos mais longevos jogadores da história do futebol mundial –, que escolheu o Verdão para pendurar as chuteiras, aos 43 anos.

Já em 2018, o Verdão iniciou a temporada sob o comando de Roger Machado, mas foi quando Felipão assumiu que o Palmeiras permaneceu invicto por todos os jogos do Campeonato Brasileiro até o fim do certame e sagrou-se campeão com uma rodada de antecedência, diante do Vasco da Gama, em São Januário. O título consolidou a ótima fase do clube, pois, pela primeira vez na história, a equipe alcançou uma das duas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro em um recorte de três anos consecutivos, sendo campeão em 2016 e em 2018, além do vice de 2017. O principal destaque na campanha do título nacional foi Dudu, que, ao longo do torneio, bateu diversos recordes – dentre eles, se tornou o artilheiro palmeirense no Século XXI e também o maior goleador do Alviverde no Brasileirão desde os pontos corridos (2003).

A temporada 2019 ficou marcada pela despedida do ídolo Fernando Prass ao final do ano e por algumas quebras de recordes e marcas expressivas. Na Libertadores, por exemplo, o Palmeiras disputou uma inédita quarta edição seguida da competição e se consolidou como o clube brasileiro com mais gols no geral. Já no Brasileirão, alcançou uma série de 33 jogos de invencibilidade (somando 23 de 2018) e bateu o próprio recorde, pertencente à Segunda Academia (26 jogos entre 1972 e 1973) – no geral, atrás apenas do Santa Cruz (35 entre 1977 e 1978) e do Botafogo (42, também entre 1977 e 1978). O Verdão quebrou também seu próprio recorde de invencibilidade como mandante: 32 duelos sem derrota (26 vitórias e 6 empates), superando os 27 jogos entre 1985 e 1987. O clube ainda se tornou o maior campeão do Brasil também na base, com cinco taças nacionais ao faturar a Supercopa do Brasil Sub-17, e derrubou um tabu de 18 anos sem título no feminino, com a conquista da Copa Paulista.

O retorno de Vanderlei Luxemburgo ao time palmeirense (na sua quinta passagem pelo clube), em janeiro da temporada de 2020, trouxe novamente a esperança de encerrar o jejum de títulos estaduais, que já durava 12 anos. O último havia sido em 2008 justamente com Luxa no comando e, antes disso, os de 1993, 1994 e 1996, todos também com o treinador carioca. O último Paulista comandado por outro treinador foi em 1976, com o técnico Dudu (Olegário Toloi de Oliveira). E, de fato, Luxemburgo não decepcionou! Após começar o ano já com a conquista de um torneio amistoso (Florida Cup) do qual o Corinthians também havia participado, o Palmeiras de Vanderlei começou o Campeonato Paulista embalado, conquistando o título paulista sobre o arquirrival em uma emocionante final no Allianz Parque, nos pênaltis, sendo que a conquista veio em um momento atípico: durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já havia acometido mais de 100 mil pessoas no Brasil até o fim do Campeonato Paulista – o torneio chegou a ser interrompido por quatro meses.

Em novembro, às vésperas dos mata-matas da Libertadores, o Palmeiras anunciou o português Abel Ferreira como o novo comandante da equipe. Até então desconhecido por boa parte da torcida, o profissional não demorou muito para cair nas graças dos palmeirenses e entrar na história do Alviverde. Com uma personalidade única e em pouco mais de quatro meses no cargo, Abel conduziu o time aos títulos da Libertadores, diante do Santos, no Maracanã (graças a um gol de Breno Lopes nos acréscimos), e da Copa do Brasil (após dois duelos com o Grêmio).

Os feitos memoráveis da comissão técnica portuguesa e do elenco palestrino, que mesclou a experiência de Weverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez, Felipe Melo, Willian e Luiz Adriano com o talento de Crias da Academia como Patrick de Paula, Gabriel Menino, Danilo, Renan, Wesley e Gabriel Veron, além de jovens talentosos como Zé Rafael, Raphael Veiga e Rony, transformaram a temporada de 2020 na mais vitoriosa da história do Verdão, com a conquista da tão sonhada Tríplice Coroa (Paulista, Libertadores e Copa do Brasil) após o clube superar todas as adversidades do calendário por conta da paralisação do futebol no início da pandemia de Covid-19.

O Palmeiras, que conseguiu atravessar a falta de público nos estádios sem precisar cortar empregos ou salários de seus funcionários, foi o único clube do Brasil a disputar todos os jogos possíveis pela temporada 2020, incluindo as partidas do Campeonato Paulista, da Libertadores, do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e do Mundial de Clubes.

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