Barcos: ‘Toquei com a mão na bola porque eu fui puxado’
Agência Palmeiras
Thiago Kimori
Na partida deste último sábado (27), contra o Internacional, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro, o atacante Hernán Barcos foi protagonista de um lance que ainda causa grandes debates na imprensa esportiva. O camisa 9 do Palmeiras fez um gol utilizando a mão, o árbitro do jogo validou o tento, mas, logo em seguida, o mesmo voltou atrás em sua decisão. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (29), na Academia de Futebol, Barcos assumiu que tocou com a mão na bola, mas afirmou que isso só aconteceu porque sofreu um pênalti ao ser agarrado pelo zagueiro Índio, da equipe gaúcha.
“Eu, sinceramente, toquei com a mão na bola porque eu fui puxado pelo zagueiro. Se você ver a imagem, fica claro que ele está me puxando. Se eu tivesse a intenção de pegar a bola, eu a pegaria de frente. Eu fui puxado dentro da área, levantei a mão, a mão pegou na bola e ela entrou no gol. Ninguém viu nada, o árbitro correu para o meio de campo. Há cinco árbitros no campo e nenhum deles viu se foi ou não com a mão. O árbitro que fica atrás do gol também não viu nada. Ele (árbitro principal) teve ajuda de fora do campo e isso não é permitido, ele deve decidir sozinho. Se ele tinha validado o gol, é gol”, contestou.
“A nossa diretoria está trabalhando para ver o que pode ser feito. O lance foi com a mão, mas quando eu fiz um gol contra o Botafogo (pelo Brasileiro, no Rio de Janeiro) eles deram impedimento e eu estava um metro atrás”, lembrou o argentino, que foi enfático quando questionado se pensou em revelar ao juiz que tocou a bola com a mão. “Você queria que 15 milhões de palmeirenses me matassem? É difícil. Tantas vezes nós fomos prejudicados e, quando a gente faz um gol, eu vou contar?”, questionou o atleta palestrino.
Barcos garantiu que esses erros de arbitragem incomodam o Verdão, mas que o elenco alviverde deve se manter tranquilo até o final da competição nacional. “(Esse tipo de situação) atrapalha porque nós sempre somos prejudicados. Mas temos de manter a calma entre nós (jogadores). Nós ficamos nervosos, mas temos de pensar no grupo. Eu estou pendurado (dois cartões amarelos) e, se eu perder a cabeça, eu prejudico a minha equipe.”
“Para nós, é difícil controlar essa situação, pois é somente conosco que acontecem essas coisas. Temos de ficar tranquilos e ganhar essa semana. Não podemos pensar em arbitragem e não vamos pensar nisso. Já temos de jogar contra 11 jogadores. Se tivermos de jogar contra mais cinco (adversários) que estão de fora, tudo fica mais complicado”, finalizou o atacante, referindo-se ao duelo deste domingo (04), às 17h, com o Botafogo, em Araraquara (SP), pela 34a rodada do Campeonato Brasileiro.