Bruno vive expectativa de atuar contra o Bragantino

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

 

Com Deola suspenso pelo TJD-SP, o goleiro Bruno vive a expectativa de estar em campo na partida de estreia do Palmeiras no Campeonato Paulista, neste domingo, contra o Bragantino, em Bragança Paulista. O camisa 1 atuou como titular no jogo-treino diante do Red Bull, nesta última quarta-feira (18), e garantiu estar preparado caso seja confirmado pelo técnico Luiz Felipe Scolari.

"Fiz uma pré-temporada excelente e estou pronto. Voltei para isso, para jogar e brigar pela vaga de titular. Quero aproveitar ao máximo esse jogo e fazer o melhor para a gente começar bem a competição", comentou o goleiro, que não acredita que a falta de ritmo vai atrapalhá-lo. O último jogo de Bruno pelo Verdão foi em março de 2011, quando ele atuou na vitória de 5×1 diante do Comercial-PI, pela Copa do Brasil. Alguns meses depois, ele se transferiu para a Portuguesa para a disputa da Série B, sofreu uma lesão e não jogou mais.

"Isso não serve de desculpa. Se você perguntar para qualquer goleiro, todos vão dizer que é necessário ter uma sequência de cinco jogos para pegar ritmo e atingir uma situação ideal. Mas, na minha vida, sempre foi assim. E como das outras vezes, vou encarar esse jogo como se fosse uma final. Não vai ter problema."

Confira outros trechos e ouça o áudio de oito minutos do goleiro Bruno:

Site Palmeiras – Uma boa atuação na estreia do Paulistão pode pesar para que você brigue pela vaga de titular?

Bruno – Pode pesar, claro. Voltei para isso e tenho condições. É um ano novo, é vida nova. O Marcão se aposentou e acho que todos começam do zero. Quem tiver melhor, vai jogar.

Site Palmeiras – Você está no Palmeiras há 14 anos, desde 1997. Conte para o torcedor um pouco de sua trajetória aqui no Palmeiras.

Bruno – É isso mesmo, cheguei em 1997, com 13 anos, para jogar no time mirim. Depois, passei por todas as divisões de base e cheguei à seleção brasileira juvenil em 2000. Assinei meu primeiro contrato com o clube e dei sequência na base. Fomos campeões da Copa BH em 2002 com um grande time, depois conquistamos o Paulista de juniores contra o Corinthians, em 2004. Foi inesquecível, pois foram dois grandes duelos e o Corinthians tinha um timaço, tanto é que a maioria dos garotos que disputaram aquela decisão estão em grandes clubes atualmente. Estou treinando com o time profissional desde 2002 e tive minha primeira chance no banco de reservas em 2004, quando o Cavalieri foi titular. Já o meu primeiro jogo como profissional foi em 2008, contra o Vasco, pela Copa Sul-Americana.

Site Palmeiras – Mesmo sem ter atuado na Portuguesa em razão de uma lesão, acha que a experiência de ter saído do Palmeiras para respirar novos ares foi significativa?

Bruno – Eu sempre falo que foi fantástico tudo o que eu passei lá. Só não foi perfeito porque eu me machuquei. Mas ser campeão é muito bom. Conheci um novo ambiente, o Jorginho sempre foi um cara que acolheu todos muito bem e aquele grupo tinha uma gana e uma vontade de vencer absurdas. Foi ótimo e só guardo boas lembranças.

Site Palmeiras – Do atual elenco, você é o que tem mais tempo de Palmeiras. Durante os jogos, você também se caracteriza por iniciar os gritos de guerra e conversar com o grupo antes de entrar no gramado. De onde vem esse espírito de liderança?

Bruno – Desde pequeno tinha esse espírito de querer mandar (risos). Na verdade não é mandar, mas liderar. E a convivência com o Marcão me ajudou bastante, fazendo com que minha personalidade e liderança só aumentassem. Me sinto bem com isso, eu gosto. Se me deixam falar, se me deixam agir no vestiário, é porque confiam. Estou iniciando meu 15º ano de Palmeiras, é metade da minha vida e poucos conhecem o que eu já passei aqui. Fico feliz com toda essa confiança."

Site Palmeiras – Tem conversado com o Marcos?

Bruno – A gente conversa bastante, quase todos os dias. Ele está tranquilo e fala que, por enquanto, não está sentindo falta. Acho que ele vai sentir falta desse ambiente de vestiário, dos jogos, mas tenho certeza que em breve ele estará aqui com a gente. Mas, quando converso com o Marcos, eu costumo falar pouco de futebol e mais de outros assuntos.