Empolgado, Prass fala em honra por participar do centenário alviverde

Agência Palmeiras
Felipe Krüger

Aos 35 anos, o goleiro Fernando Prass realizou em 2013 sua temporada de estreia com a camisa do Verdão e, mesmo com pouco tempo de casa, foi um dos líderes do elenco ao longo de todo o ano. Constantemente procurado por jornalistas e escalado para entrevistas coletivas, o arqueiro, único atleta que visitou duas vezes as instalações do Allianz Parque, sabe que 2014 será um ano ainda mais intenso para todos os envolvidos no dia a dia palmeirense devido ao centenário do clube.

“Por conta do centenário e da inauguração da nova arena, a próxima temporada tem tudo para ser a mais midiática da história do Palmeiras. Quem estiver aqui terá a honra de participar, mas também terá uma cobrança a altura”, afirmou o dono da camisa 25, que chegou perto de participar das comemorações dos 100 anos de outros dois clubes que passou – deixou o Grêmio dois anos antes e o Coritiba quando ainda restavam quatro temporadas. “É um ano diferente. Difícil. São poucos atletas que jogam em um time no ano do centenário, ainda mais em um gigante como o Palmeiras”, completou.

Ciente da responsabilidade de ser o jogador mais experiente do grupo alviverde, o atleta lembrou que, independentemente da idade, há pessoas com mais ou menos afinidade dentro de um grupo de profissionais, mas que procura auxiliar e orientar os mais jovens sempre que possível. “Já tive a idade que eles têm, já passei por todas as dificuldades e todas as alegrias. Minha relação depende muito de jogador para jogador, alguns tenho mais afinidade e uma abertura maior para falar, mas dentro do que posso contribuir, dentro do acho que devo e do que me sinto à vontade, estou sempre procurando ajudar.”

Entre as dificuldades que já passou na carreira, Fernando Prass lembrou que o ano de 2013 foi marcado por um período atípico em sua trajetória como jogador de futebol profissional. O arqueiro ficou afastado dos campos mais de dois meses por conta de uma luxação acrômioclavicular no ombro esquerdo e perdeu algumas das principais decisões do time comandado pelo técnico Gilson Kleina na temporada, como a semifinal do Campeonato Paulista e as oitavas de final da Copa Libertadores.

“No Vasco, meu antigo clube, cheguei a fazer mais de 150 jogos seguidos. Em 248 partidas, fiquei fora de apenas quatro. Aqui no Palmeiras, infelizmente tive essa lesão logo na fase decisiva. A gente fica chateado, imaginando como poderia ter sido atuar, como teriam sido os jogos, imaginava ter jogado esses jogos grandes, mas não tem muito o que fazer. Me dediquei e trabalhei durante a recuperação para voltar bem e, graças a Deus, acho que voltei tanto fisicamente como tecnicamente em um nível muito bom”, afirmou

O Verdão encerrou a temporada com 68 jogos, sendo 37 vitórias, 16 empates e apenas 15 derrotas. Para o goleiro, o balanço final do ano deve ser encarado de forma positiva. “A gente perdeu algumas competições que marcaram bastante, mas, no fim das contas, se fosse botar na balança mesmo, o mais importante era voltar a Série A. Não tem discussão. Não adianta ser campeão da Copa do Brasil e do Paulista, mas ficar na Série B em pleno ano do centenário e inauguração do novo estádio. O ano foi positivo, mas agora a gente tem que se preparar para uma temporada muito mais complicada que será a do ano que vem”, concluiu.

Fernando Prass disputou 55 jogos com a camisa alviverde em 2013 e ajudou o clube a se manter como a defesa menos vazada do Campeonato Brasileiro Série B, com apenas 28 gols sofridos em 38 partidas – ele participou de 29 confrontos da campanha, enquanto Bruno entrou em campo sete vezes e o jovem Fábio em duas oportunidades.