Felipão espera por dias melhores e não estipula metas

Agência Palmeiras Fábio Finelli

Em mais de trinta minutos de entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta-feira (09), na Academia de Futebol, o técnico Luiz Felipe Scolari afirmou que a relação com o time e a diretoria segue tranquilo e que espera por dias melhores no Palmeiras a partir das próximas rodadas. O comandante palmeirense também evitou estipular metas, mas deixou claro que a esperança pelo título continua viva entre o elenco. ´Não tem muito o que ficar falando. Tem de entrar em campo e trabalhar, correr atrás do prejuízo. Desde que cheguei aqui, peguei três presidentes diferentes e até por isso aconteceu muita coisa. Mas quem sabe a partir de agora a gente comece a respirar de uma forma um pouco diferente e tenha um relacionamento ainda melhor´, disse. ´Mesmo com todos os problemas e coisas que aconteceram, estamos dois pontos atrás da zona de classificação para a Libertadores. É por isso que devemos continuar acreditando, mas sem traçar nada por enquanto. Primeiro temos de passar pelo Fluminense, depois o Flamengo, e por aí vai´, completou. O treinador voltou a falar sobre sua multa rescisória e esclareceu que a conversa que teve com o presidente Arnaldo Tirone sobre a mudança do Contrato foi boa. ´Ele disse que não é momento de pensar nisso e que o projeto é me manter por mais tempo. Fiquei contente, mas deixo claro que, se o Palmeiras quiser, posso sair amanhã sem ônus nenhum ao clube. Está assinado para que o Palmeiras faça uso quando quiser.´ Sobre as críticas que fez à equipe após o duelo contra o Atlético-PR, Felipão explicou que não tinha outro motivo ao não ser colocar aos jornalistas a real situação do Verdão no Campeonato Brasileiro. Por outro lado, ele disse que o ambiente com o grupo segue em harmonia. ´Eu sou muito espontâneo nas entrevistas e vocês sabem disso. Podem falar que eu estou bravo, mas não estou bravo coisa nenhuma. Estou contente em vir aqui todos os dias, e a única coisa que me deixa mais nervoso com o time é a forma como sofremos os gols. Só isso.Nosso time tem jogado bem, tem tido posicionamento tático.´ Para dar um fim nos gols sofridos de cabeça, o treinador acha que o trabalho dos treinamentos precisa continuar e é necessário mais diálogo entre os atletas. ´Não pode dizer que está tudo bem, pois dos 20 gols que sofremos, mais da metade foram de cabeça. Eu, como comandante da equipe, tenho que solucionar os problemas da minha equipe e fico louco da vida quando não consigo. A questão é que não é um problema só nosso. Nós também fazemos muitos gols de cabeça. Veja o jogo de Corinthians e Flamengo. O jogador deu uma casquinha e fez o gol. Mas eu, como comandante do Palmeiras, não quero que a gente sofra mais gols desse tipo.´