Felipão mantém motivação e quer continuidade do trabalho no Palmeiras
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
O fato de ter perdido por 6×0 para o Coritiba não abalou a confiança do técnico Luiz Felipe Scolari. Durante entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira (10), na Academia de Futebol, o treinador afirmou que segue motivado no Palmeiras e que o trabalho iniciado em julho do ano passado precisa de continuidade.
´Se vocês verem o dia a dia, continuo motivado. Minha vontade de ganhar não diminuiu, muito pelo contrário. Já disse que voltei ao Palmeiras para voltar a ser vencedor, para ganhar títulos. E eu continuo trabalhando da mesma maneira, cobrando, insistindo, corrigindo. Tenho gosto por aquilo que eu faço. O dia que eu perder isso, eu paro de trabalhar´, disse o treinador, que acha que a equipe pode colher frutos no Campeonato Brasileiro.
´É claro que precisamos de alguns ajustes, mas essa derrota para o Coritiba não vai me fazer pensar diferente. Eu até posso mudar alguma forma de jogar dentro do meu entendimento tático, mas meu planejamento e meu objetivo seguem os mesmos´, continuou o comandante palmeirense, citando o empate com o Corinthians, pelo Paulistão, como um exemplo de determinação e bom futebol do elenco.
´Não podemos jogar fora um trabalho que está sendo muito bom desde o início do ano. Fomos eliminados nos pênaltis, mas se observamos o jogo, foi espetacular. Com dez, ficamos com o jogo nas mãos e com chances de classificar no tempo normal. É claro que qualquer resultado negativo gera períodos de assimilação, de conversas. Existem cobranças e também palavras de incentivo. O trabalho precisa seguir. Não é por causa de um jogo que vamos jogar tudo fora. Para o Brasileiro, temos necessidades, mas não podemos mudar o foco.´
Um exemplo citado pelo treinador foi o do meia Taddei. Prata da casa, ele foi revelado por Felipão em 1999 e também foi alvo das críticas dos torcedores. ´Naquela época, tínhamos um grupo que possibilitava eu ter mais chances de atuar com os jovens. O Taddei era muito criticado, mas à medida em que a torcida foi tendo paciência, e à medida que ele passou a jogar mais, teve uma aceitação maior. O caso dele é muito parecido com o do Patrik, que até o ano passado era desacreditado e hoje é bem visto por todos.´
Sobre as críticas da torcida e uma pressão externa por sua saída, Felipão se disse tranquilo e disposto a dar total carta branca para os dirigentes decidirem sobre o seu futuro.
´A torcida já me cobrou aqui na minha primeira passagem e nossa resposta foi com títulos e trabalho. Eles estão no perfeito direito de cobrar, ainda mais depois de levar de seis, mas também é preciso ter discernimento para analisar determinados assuntos que acontecem aqui. Sobre a pressão de alguns, já disse 100 vezes que o dia que quiserem que eu saia, eu saio. Não preciso de multa, não quero ganhar multa nenhuma. O presidente sabe que pode contar comigo. E se alguém quiser que eu não fique mais, sem problema´, comentou o treinador, que completou: ´Eu voltei para o Palmeiras e quero cumprir meu contrato até o fim por causa de um planejamento, de acreditar no trabalho. Tive três chances reais de sair e não fiz isso porque acredito no trabalho.´