Felipão relembra passado e não confirma Wellington no time titular

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

Maior vencedor da história da Copa do Brasil -ganhou com Criciúma, Grêmio e Palmeiras, Luiz Felipe Scolari sabe bem as artimanhas de uma competição mata-mata e os segredos que cercam esses tipos de duelos. Para a partida contra o Santo André, que acontece nesta quarta-feira (13), pelas Oitavas de Final, o comandante palmeirense prevê inúmeras dificuldades e ignora o fato do adversário já estar rebaixado no Campeonato Paulista. Um dos exemplos citados pelo treinador foi a classificação do próprio Santo André em cima do Palmeiras, em 2004.

´Quantas vezes vocês não viram um time de menor expressão ou que estivesse em dificuldades, fazer dois grandes jogos e eliminar aquele considerado grande ou favorito? O Santo André fez isso com o Palmeiras em 2004 e nós vamos usar esse tipo de exemplo junto aos nossos atletas. Além disso, eles já não tem chance no Paulistão e vão fazer de tudo para manter o foco na Copa do Brasil´, apontou Felipão, sabedor de que o time do ABC vai dar a vida para conseguir eliminar o Verdão.

´A Copa do Brasil tem um retrospecto diferente por se tratar de dois jogos eliminatórios. E o Santo André, em Copa do Brasil, tem um retrospecto de eliminação contra o Palmeiras. Esse grupo que está aqui não viveu esse momento, mas o clube sim, e vamos tentar usar isso em nosso favor.´

Sobre a equipe titular, Felipão não descartou escalar Wellington Paulista desde o início, mas deu a entender que essa possibilidade é praticamente remota. ´Ele só fez um trabalho para que eu pudesse observar a movimentação dele junto ao elenco. Hoje (terça) também faremos um trabalho tático para analisá-lo novamente, mas numa escala de 0 a 100, a chance de ele começar atuando é de 5%. Não tenho como colocar um jogador que fez apenas um treinamento. Minha equipe está bem determinada, bem organizada, e não posso mudar o jeito de atuar assim repentinamente.´

O comandante alviverde citou que poucas vezes atuou com três homens de frente -no caso, Luan, Kleber e Wellington, mas relembrou que iniciou a temporada jogando dessa maneira. ´Comecei o Paulistão assim, mas com Luan, Kleber e o Dinei. A diferença é que o Dinei já estava mais adaptado ao time, tinha cinco meses de clube e conhecia os companheiros. O Wellington é um caso recente e tenho que dar tempo a ele e ao grupo.´

Quando perguntado se a motivação dele e do time era maior com a chegada do mata-mata, Felipão afirmou que tem passado ao elenco a importância de jogar bem e com o regulamento debaixo do braço em todos os confrontos.

´A motivação precisa ser a mesma em qualquer partida. O mata-mata é diferente porque pode acontecer a eliminação em dois jogos, mas todas as partidas tem a mesma importância e o espírito precisa estar sempre preparado e motivado. Às vezes, esse primeiro jogo das Oitavas pode ser tão importante que a gente não se dê conta lá no final.´