Felipão se diz exposto e dá versão sobre polêmica com imprensa
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
O técnico Luiz Felipe Scolari voltou a conceder entrevista coletiva durante a tarde desta segunda-feira (01), na reapresentação do Palmeiras na Academia de Futebol. O comandante palmeirense citou que não tinha motivos para pedir desculpas aos jornalistas após a coletiva concedida logo após o empate em 1×1 com o Atlético-MG, no dia 27 de outubro, e deixou claro que também acaba sendo exposto à medida que seu salário é comentado e falado diariamente nos órgãos de imprensa. Confira os principais trechos deste tema e ouça os áudios da entrevista do treinador palmeirense acessando o link abaixo.
Nariz de palhaço
´Meu acordo foi com a classe que representa os jornalistas. Mas parece que as coisas foram direcionadas para outro lado. Mantive uma palavra com a Aceesp e não vou mudar. Mas alguns tomaram outras decisões e fizeram aquilo (manifestação com nariz de palhaço). Não sei se foi algo direcionado ou se tomaram decisões porque foram induzidos pelos chefes. O episódio (manifestação com nariz de palhaço) foi algo livre, vivemos numa democracia. Mas as lideranças que protagonizaram tudo isso nunca dão a cara para bater.´
Pedido de desculpas
´Por que só eu preciso pedir desculpas? O meu pronunciamento foi dado através de uma conversa com o presidente (Luiz Ademar) e o vice da Aceesp. Nós acertamos alguns detalhes, eu dei a minha palavra e continuo a mantendo, de que movimentassem o setor para que pudesse ser esclarecido alguns assuntos de todos os lados.´
Carta na manga
´Foi solicitado a mim que não tomasse nenhuma atitude com coisas que tenho nas mãos. Dei minha palavra para a Aceesp e continuo a mantendo. Falei que não haveria retaliação e mantenho isso. Eu tenho algo importante na minha mão, um trunfo na manga.´
Exposição na mídia
´Eu estou sempre exposto, até mais do que vocês (jornalistas). Quando se fala diariamente e de forma deliberada do meu salário, eu fico exposto, minha família também fica, meus filhos também. Peço que tenham calma. Nunca vi ninguém me defender quando citaram essas coisas. Só espero que eu nunca tenha nenhum problema ou dificuldade nesse sentido, porque ai saberei como reagir. Tenho cópias de gravações, entrevistas, de pessoas que falam diariamente sobre o quanto eu ganho. É hora de todos colocarem os pés no chão, pois eu tenho meus trunfos e saberei usá-los no momento certo.´
Relação com a imprensa
´As coisas estavam sendo conversadas com a Aceesp e em determinado momento eu colocaria meus pontos de vista e a imprensa também. Talvez chegaríamos a um acordo, a tendência era essa, de todos colocarem seus pontos de vista. Mas aconteceram alguns episódios e chegamos a uma situação absurda. Vou ter uma reunião e quero ouvir a diretoria do Palmeiras, pois eu ainda mantenho um pensamento de não querer participar de determinadas situações. Acho perfeitamente normal terem manifestações contrárias e a favor. Meu relacionamento jamais foi diferente. Se num dia eu sou mais duro, no outro estou falando normalmente com todos. Antes do jogo contra o Goiás, atendi normalmente a imprensa dentro do campo. Todos são atendidos. Mas agora vamos ver. Se não chegarmos a um entendimento, vamos continuar o nosso trabalho normalmente, sem discriminação.´
Entrevista coletiva
´Eu não sou obrigado a dar entrevista. Não tenho obrigação com emissora alguma. Minhas entrevistas serão dadas no dia que eu achar interessante, e a satisfação ao meu torcedor eu posso dar através do site oficial do clube. Assim como eu posso dar entrevista quando achar necessário, vocês também podem participar quando achar interessante. Só não dei entrevista após o jogo contra o Goiás pois não seria bem trabalhada, não se falaria de futebol, só de outros assuntos.´
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