Kleina descarta ser herói e quer combater ansiedade
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
Por mais que consiga livrar o Palmeiras da zona do rebaixamento e da consequente queda no Campeonato Brasileiro, o técnico Gilson Kleina descarta por completo ganhar o rótulo de ‘herói’ e divide uma eventual salvação na tabela com todos que trabalham no clube e os mais de 15 milhões de palmeirenses espalhados pelo país.
"Não quero ser herói. Heróis vão ser os jogadores, a diretoria, os funcionários, a própria torcida, que sempre apoia. Não tenho receio se as coisas não derem certo. Vamos trabalhar. Muitas vezes no futebol você tem uma vitória. Se as coisas não vierem a acontecer, com certeza eu assumo a culpa. Se as coisas acontecerem, tenho o maior prazer de dividir e ter o orgulho de ter trabalho numa equipe que soube reagir", comentou.
Kleina reconhece que o momento é um dos mais importantes da sua carreira, mas novamente mantém o discurso humilde ao citar a superioridade do grupo.
“A oportunidade que estou tendo é impar. Mas sempre faço valer pelo trabalho. Se você analisar, todos os trabalhos que peguei foram dessa forma, e as coisas aconteceram. Mas não quero ser eu o artista, os artistas são os jogadores. Tenho que passar tranquilidade para quem está diretamente ligamente ligado nesse propósito”, apontou o novo comandante, citando mais uma vez a grandeza de um clube como o Palmeiras.
“Todos os clubes que trabalhei me deram um pedacinho para chegar neste momento. E o Palmeiras é uma equipe que representa uma camisa de nível mundial. Tem a grande marca da Arrancada de 42. Não sei se vou ficar 15 meses, 1 dia ou 13 meses. Mas que vou dar o sangue, eu vou.”
Sobre o time, Kleina só um viu um fator adverso, mas que pode ser corrigido até sábado, segundo ele. “A motivação e a vontade dos atletas são enormes. O único ponto fraco que eu vi foi um pouco de ansiedade. Uma transição mais acelerada. Não tentar um drible ou um chute e ter a ousadia onde tem que ter. Neste momento, vamos simplificar. Arrumar a casa de trás para frente vai ser mais simples.”
E por fim, o treinador palmeirense entende que o principal objetivo, neste momento, é alcançar a 16ª. posição na tabela.
“O Palmeiras sempre pensa em vencer, em ser campeão. Traçamos objetivos, e o nosso, hoje, é ser no mínimo o 16º. da tabela, posição que nos deixa fora da zona de rebaixamento. Para isso, precisamos trabalhar mirando algumas conquistas e trabalhar desta maneira. Jogador tem que ter alma. Não temos que jogar pelo campeonato, temos de jogar pelo objetivo, que é sair dessa zona de desconforto.”