Lincoln comemora paz e pede valorização maior ao Palmeiras

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

Na longa entrevista concedida na tarde desta quinta-feira (31), na Academia de Futebol, o meia Lincoln esclareceu de uma vez sua relação com o técnico Luiz Felipe Scolari e a diretoria palmeirense, comemorou a tranquilidade encontrada no clube e pediu uma valorização maior para o bom momento vivido pela equipe na temporada. De acordo com o jogador, a cobertura da mídia com o Verdão é diferente se comparada com outras equipes. Confira os principais trechos da entrevista:

Paz com diretoria e Felipão
´Quero deixar bem claro que nunca tive qualquer problema com a diretoria do Palmeiras, nem com a anterior, nem com a atual. Nem tem como eu ter. Os dirigentes que entraram estão aqui há dois meses e sempre foram muito sinceros. São pessoas que pensam no bem do Palmeiras, são conscientes. Nunca tinha visto o Frizzo e o Tirone, mas achei muito legal da parte deles se adiantarem para conversar comigo, para ouvir de mim a vontade de ficar no Palmeiras e de cumprir meu contrato até o fim. Sobre a parte financeira, não tem mais problema nenhum. Conversamos e está tudo certo. Mas não cabe a mim ficar falando de valores, pois isso é assunto interno.´

Valorização do Palmeiras
´Nunca vi o Palmeiras sendo valorizado no tempo em que eu estou aqui, independente de estar em primeiro ou segundo. O Palmeiras não tem badalação extra-campo. Não temos time com 20 jogadores bons, que possam repor a qualquer momento, mas jogador por jogador, temos um time cheio de vontade e alternativas. Infelizmente ou felizmente no futebol, a gente só vive de resultados. Mas no jeito mineirinho, estamos fazendo a nossa parte.´

Escassez de títulos
´Eu concordo que, pelo fato do time não ganhar um título de expressão há muito tempo, é normal que tenha pouca valorização. Isso vem com vitórias e títulos. Mas eu quis dizer que quando outros times grandes estão na mesma situação que a gente, a repercussão é diferente. Na época da Parmalat, lembro que o Palmeiras era muito badalado pela competência. Mas, atualmente, não sei se seria da mesma maneira. Hoje (na coletiva) vocês fizeram várias perguntas sobre Adriano, Rogério Ceni, e temos um clássico pela frente. Não sei se é o mais correto.´

Retorno ao time
´O Felipão viu que era o momento de optar por mim e está tudo certo. Ele também sabe da qualidade que eu tenho. Queremos vencer e somar junto pelo Palmeiras, isso é o mais importante neste momento. Todo mundo busca entender bem o que o nosso treinador pede e acho que o Palmeiras se tornou uma equipe forte em razão disso.´

Sobre o fato de ter ficado dois meses sem jogar
´Eu sou muito tranquilo quanto a isso. Tenho base, família e amigos que me ajudam. As coisas aconteceram da maneira que tinha que acontecer. Sei lidar com esse tipo de situação. Fiquei treinando forte, não abri a boca para nada e esperei a oportunidade de jogar novamente, sempre pensando no bem do Palmeiras.´

Preocupação com ataque do Santos
´O Santos tem o melhor ataque porque joga com três ou quatro jogadores ofensivos, mas isso nos preocupa dentro do normal. O nosso ataque também tem correspondido. Não é que o Kleber tenha dificuldade de jogar sozinho, mas essa é a característica do nosso time, atuamos dessa maneira. Acho que não temos motivos para ficar assustados com nada. Respeitamos o Santos, possui jogadores fortes e de muita qualidade, mas é clássico e nós também vivemos um grande momento.´

Atuar ao lado de Valdivia
´Acredito que é possível jogarmos juntos. Acho que a vontade de 90% dos palmeirenses é essa, mas estamos aqui para pensar no coletivo e no Palmeiras, e quem decide é o Felipão. Se ele acha que é o momento de testar, é ele quem vai decidir.´