Departamento de Comunicação
Com o objetivo de elevar permanentemente a qualidade da estrutura oferecida aos seus atletas e assim melhorar ainda mais o desempenho esportivo da equipe profissional, o Palmeiras inaugurou o Centro de Recovery e Neurociência, situado no centro de excelência da Academia de Futebol. Integrado ao Núcleo de Saúde e Performance (NSP), o novo espaço visa otimizar as recuperações física e mental dos jogadores por meio de diferentes atividades, técnicas e terapias, como neurociência, pilates e acupuntura, entre outras.
Daniel Gonçalves, coordenador de saúde e performance do clube, detalha os conceitos presentes na inovadora área recém-criada pelo Maior Campeão do Brasil.
“A rotina de um atleta do Palmeiras conta com atividades preliminares – ou seja, anteriores ao treinamento no campo – e atividades complementares. Todas elas decorrem de avaliação-diagnóstico, prevenção, performance e recuperação. Neste sentido, o Centro de Recovery e Neurociência foi pensado para nos auxiliar no pós-jogo em uma visão mais holística e interdisciplinar”, diz Gonçalves. “Estamos utilizando recursos como massoterapia, exercícios de eletroestimulação transcraniana, pilates, botas compressivas, acupuntura, osteopatia, podologia… tudo embasado com estudos robustos. Além do recovery, usamos esta nova área, principalmente, para as ativações mental, neural e neuromuscular. Por isso, o espaço é também de neurociência e conta com técnicas e equipamentos, como óculos inteligentes, que nos ajudam a melhorar a tomada de decisões e o foco dos nossos atletas, entre outras coisas.”

O cuidado com a saúde mental dos profissionais alviverdes foi levado em consideração durante a elaboração do projeto.
“É um pensamento holístico. Além da questão da recuperação, procuramos criar um centro de convivência e também de bem-estar. O Palmeiras se preocupa muito com o bem-estar dos atletas e cria ambientes que favorecem isso. Então, projetamos um ambiente com cromoterapia (luzes), aromaterapia e estímulos auditivos agradáveis que faz com que os jogadores tenham uma maior aderência aos processos e se sintam cada vez mais cuidados e satisfeitos, sobretudo nas recuperações neuromuscular, metabólica e mental”, explica Daniel Gonçalves, que trabalha no Verdão desde 2020.
O NSP já usava equipamentos de neurociência, mas, a partir deste ano, a utilização foi ampliada. Segundo o coordenador científico, esta é uma área do futebol que avançará substancialmente nos próximos anos.
“No conceito de neuromodulação, o atleta consegue, por meio de suas atividades cerebrais, entender o seu comportamento em relação a pensamentos intrusivos que podem gerar negatividade e ansiedade. Isso, como consequência, pode ser regulável com pensamentos positivos e respiração. Esse pensamento holístico é potencializado pelo ambiente relaxante e o atleta passa a se entender melhor”, afirma. “Esses equipamentos são de última geração e auxiliam os atletas a desenvolver técnicas de autorregulação e autoconhecimento. O atleta atinge uma onda e isso é transferível para o jogo após, por exemplo, um erro. Nosso corpo tem hormônios e inúmeras outras manifestações químicas que contribuem com uma melhor concentração, qualidade muscular, atividade motora… Enfim, é um caminho muito amplo para ser seguido. A gente pensa que o futuro passará muito por essas questões da neurociência”, conclui.