Palmeiras é superado pelo Santos com gol sofrido no segundo tempo

Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação

Fabio Menotti/Ag Palmeiras/Divulgação_Capitão do Verdão, Dudu completou 150 jogos com a camisa do timeEm noite fria e chuvosa, Palmeiras e Santos se enfrentaram neste sábado (30) pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Allianz Parque. O Verdão sofreu revés por 1 a 0, com gol de Ricardo Oliveira no segundo tempo. Apesar do resultado adverso, o Palmeiras continua a rodada como quarto colocado da tabela, com 43 pontos, independentemente de Cruzeiro e Botafogo ganharem neste domingo (caso isso se consume, os clubes também irão para 43 pontos, mas ainda ficariam atrás do Verdão no critério desempate, que é o número de vitórias acumuladas – o Palmeiras soma 13 nesta edição do nacional, enquanto os outros dois, se vencerem, terão apenas 12).

O jogo diante da equipe alvinegra entrou para a história como o milésimo clássico estadual disputado pelo Verdão – incluindo também jogos diante do Corinthians e do São Paulo. Já contando com essa partida ante a equipe santista, foram realizados 1000 duelos com os rivais paulistas.

O retrospecto do Verdão em clássicos é favorável: foram 367 vitórias palestrinas, 295 empates e 338 derrotas (com 1468 gols marcados contra 1348 sofridos). Apenas contra o Santos, adversário da vez, foram 328 encontros (137 triunfos alviverdes, 86 empates e 105 vitórias alvinegras, com o Verdão balançando as redes em 551 ocasiões e sendo vazado 467 vezes).

Além do milésimo clássico, outra marca expressiva veio como consequência do embate deste sábado: o Santos se tornou o clube que mais cruzou os caminhos do Palmeiras no Brasileirão. Agora a história contabiliza 69 duelos travados entre as duas equipes, número que fez com que o Santos igualasse o Internacional – que neste ano disputa a Série B – em número de disputas, dividindo, assim, a primeira posição da lista dos que mais enfrentaram o Alviverde na competição em todos os tempos.

Individualmente, o feito expressivo fica por conta de Fernando Prass e de Cuca. O atual arqueiro palmeirense já havia igualado na última rodada o número de jogos do ex-goleiro Sérgio em Campeonatos Brasileiros neste século, que é de 88 partidas, se tornando o segundo guarda-metas com mais partidas no certame a partir de 2001. O jogo diante do Santos fez com que Prass agora se isolasse na segunda posição, atrás apenas de São Marcos, que acumula 168 partidas neste século pelo Brasileirão.

Já o comandante palestrino completou o seu 62º jogo à frente do banco de reservas do Palmeiras em Campeonatos Brasileiros, igualando o ex-treinador Dudu – que dirigiu o Palmeiras por 62 vezes no nacional somando suas passagens nas décadas de 70, 80 e 90. Com isso, Cuca é o novo integrante do top 5 da lista de treinadores que mais comandaram o Verdão na competição nacional em todos os tempos. À frente de Dudu e de Cuca (empatados), estão Luiz Felipe Scolari, o Felipão, líder do ranking, com 166 jogos, seguido de Vanderlei Luxemburgo (132), Oswaldo Brandão (111) e Rubens Minelli (65).

O próximo compromisso do Verdão será apenas no dia 12 de outubro (quinta-feira), contra o Bahia, no Pacaembu, às 21h, pela 27ª rodada do Brasileirão – neste meio tempo haverá uma pausa no calendário do futebol para a disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. A Seleção Brasileira irá enfrentar a Bolívia, em 05 de outubro, e o Chile, em 10 de outubro – jogo que, inclusive, será disputado no Allianz Parque.

O jogo

Devido à forte chuva que caiu sobre a região de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo, momentos antes de o jogo começar, o gramado do Allianz Parque encharcou e não foi totalmente regenerado a tempo do início da partida.

O primeiro tempo começou com domínio do Palmeiras, que criava jogadas, trabalhando a posse de bola e articulando jogadas pelo meio de campo, formado desta vez por Moisés, Tchê Tchê e Jean. Mais de 37 mil torcedores lotaram o Allianz Parque em clássico de torcida única.

Das poucas vezes em que foi acionada, a defesa do Palmeiras foi eficiente. Com Juninho e Luan afastando bem o perigo, que contavam com o apoio de Mayke e Zé Roberto nas laterais, apenas duas jogadas chegaram mais ardidas para o goleiro Fernando Prass no primeiro tempo: aos 15, quando Jean Mota arriscou, e, depois, só aos 46 – no último lance da etapa inicial –, uma tentativa de Ricardo Oliveira dentro da grande área alviverde.

Jogando no sistema 4-3-3, o Verdão tinha no ataque Dudu, Deyverson e Willian. Mas não foi de nenhum dos atacantes que nasceu a melhor chance do Palmeiras. De pé direito, Jean chutou de fora da área e a bola passou perto do goleiro Vanderlei, aos 38 minutos, assustando os santistas.

Com Thiago Santos no lugar de Zé Roberto, Tchê Tchê passou a atuar também na lateral esquerda, e o Palmeiras voltou para o segundo tempo arriscando mais. Só nos primeiros dez minutos, o Palmeiras já havia finalizado três vezes com seus atacantes, Deyverson, Dudu – capitão da equipe – e Willian.

Aos 19 minutos da segunda etapa, Cuca resolveu renovar o fôlego no meio de campo: tirou Jean para dar lugar ao venezuelano Alejandro Guerra. A torcida aprovou a substituição do treinador, e a mudança dentro de campo logo começou a surtir efeito.

O Verdão passou mais de dez minutos dominando plenamente a partida. Em uma única jogada trabalhada, porém, foi Santos quem abriu o placar, com Ricardo Oliveira, de cabeça. Jogadores palmeirenses e integrantes da comissão técnica reivindicaram uma falta santista no lance que teria dado origem ao gol, mas o árbitro, que acompanhou de perto, validou e pôs fim à discussão. (Palmeiras 0x1 Santos)

Na tentativa aplicar uma injeção de ânimo também no ataque, Cuca optou por sacar Willian para colocar em seu lugar o colombiano Miguel Borja aos 33. Até os minutos finais, o Verdão continuou criando chances: com o próprio Borja e com Dudu. A pressão se estendeu até os derradeiros minutos, quando até Fernando Prass foi ao ataque na tentativa de empatar o prélio.

Palmeiras: Fernando Prass; Mayke, Luan, Juninho e Zé Roberto (Thiago Santos); Jean (Guerra), Tchê Tchê e Moisés; Willian (Borja), Dudu e Deyverson.

Cartões Amarelos (Palmeiras): Mayke, Luan e Fernando Prass