“Para ganhar de nós, vão ter que correr muito”, diz Assunção
Agência Palmeiras
Marcelo Cazavia
Na coletiva de imprensa realizada após o treino da manhã desta terça-feira [17], o volante Marcos Assunção reconheceu a queda de rendimento da equipe nas últimas rodadas da fase de classificação do Campeonato Paulista. No entanto, garantiu que a postura do time será diferente no domingo [22], diante do Guarani, pelas quartas de final da competição.
“Na primeira fase, o Guarani fez excelente partida, marcou e atacou muito bem, mas o torcedor pode ter certeza de que agora vai ser diferente. Vamos respeitar o Guarani, mas sabemos da nossa capacidade e sabemos que temos de mudar. A torcida pode esperar um Palmeiras pronto para um jogo decisivo”, disse. “A gente respeita muito os companheiros que estão no Guarani, mas o time grande é o Palmeiras. Sem desmerecer o Guarani, que revelou grandes craques e tem ótimos jogadores lá, temos de pensar como time grande. Vamos entrar no próximo jogo contra o Guarani com outra mentalidade. Será uma batalha dura. Para ganhar de nós outra vez, vão ter que correr muito. Não é um desafio nem desrespeito ao adversário. Não quero dar mais estímulo para eles, mas vamos entrar com vontade e força para estar mais uma vez na semifinal.”
O meio-campista admitiu que os recentes tropeços podem ter uma causa emocional, mas ressaltou que isso está sendo conversado entre os atletas. “De repente, depois de tanto tempo jogando bem e conseguindo as vitórias, uma caída tão inesperada pode ter explicação psicológica, sim. Há conversas entre nós, jogadores, para que a cabeça possa ficar melhor, esquecendo as últimas partidas ruins. Agora é outro campeonato, não temos de pensar no que passou. Vamos trabalhar bem o psicológico e estar com a cabeça boa para a partida.”
A pressão sofrida pelos jogadores, segundo Assunção, “é absolutamente normal”. “Se o jogador não sentisse a pressão, não estaria nem aí para o seu time. O que tem de ter é responsabilidade. Se não tiver, não adianta estar no clube. Para jogar em um clube como o Palmeiras, você tem que sentir a pressão, senão do que serve ser jogador? Não pode estar nem aí por ganhar ou perder. Eu me sinto muito responsável. As derrotas doem muito, vou para casa chateado. Meu humor muda totalmente. Sou um cara alegre e fico mal humorado. Todos os jogadores têm de ser assim.”
O camisa 20 aproveitou ainda para fazer uma autocrítica. “Não vivo só de coisas boas. Se algo não está dando certo, é preciso mudar, melhorar. Encaro as críticas com profissionalismo. Fico chateado com mentiras, mas críticas não me chateiam, servem de estímulo para trabalhar mais e melhorar. Eu me considero mal neste momento, abaixo do rendimento também, assim como a equipe. Vamos ter que mudar e trabalhar mais. O que estamos fazendo não está sendo suficiente. Vou trabalhar mais durante a semana.”