Patrik: Coloquei na cabeça que precisava melhorar e fazer gols
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
A evolução do futebol do meia Patrik de 2010 para a atual temporada é notória. Neste ano, o jogador tem sido um dos principais destaques do time não apenas pelos gols marcados, mas também por ser um dos principais assistentes do elenco e por participar ativamente das partidas, tanto na parte decisiva quanto ofensiva.
´Coloquei na cabeça que precisava melhorar. Até os meus companheiros brincavam comigo, pois eu não fazia gols, mas que tinha potencial para jogar mais ofensivamente. O Lincoln conversava comigo, o Kleber também, que quando eu pegava a bola, jogava muito ela para trás. Agora, tem sido diferente´, afirmou o camisa 40, que também destacou para a influência do técnico Luiz Felipe Scolari e seu auxiliar, Murtosa.
´Eles também foram importantes. Após a chegada deles, passei a mudar minha postura dentro de campo, principalmente na questão tática. Quando tenho a bola nos pés, costumo olhar sempre para frente. E quando estou sem a bola, fecho os espaços e ajudo na marcação. Acho que isso tem sido importante para mim e todo o grupo.´
Não é de agora que Patrik se caracterizou como um artilheiro -ele é o vice goleador do elenco, com seis gols marcados (está atrás apenas de Kleber, com 11). Em 2009, quando foi contratado pelo Palmeiras B, entrou no decorrer do Paulistão da série A3 e terminou a competição como principal artilheiro do time, com nove gols.
´Naquela oportunidade (em 2009) jogava como agora, mais próximo da área e dos atacantes. Mas a principal diferença é que agora tenho mais consciência tática, principalmente na questão de marcação. Por isso que o Felipão e o Murtosa foram muito importantes nesse meu crescimento.´
Descontração – Patrik arranca gargalhadas dos jornalistas sempre que concede entrevista na Academia de Futebol. Apesar de tímido e de poucas palavras, o jogador também tem os momentos de descontração. Conta piadas, histórias engraçadas do vestiário e revela não apenas os apelidos dos companheiros mais próximos, mas também o dele. ´Me chamam de barriga de cavalo, falam que minha barriga é estranha. Mas eu nem ligo, levo tudo na brincadeira. O nosso ambiente é muito bom, não existe vaidade, nem briga´, revelou.
Um dos mais jovens do elenco, com apenas 19 anos, Patrik também afirmou que existe os momentos de falar sério. ´Nós conversamos muito sobre posicionamento e postura dentro de campo. Nesse ponto, o Kleber e o Marcos Assunção me ajudam muito. São parceiros dentro e fora de campo, estão sempre dando instruções.´
Sobre seu baixo desempenho em 2010, quando foi promovido ao time principal, o meia palmeirense admitiu que se sentia um pouco preso. ´Tinha acabado de subir para o profissional e ainda não me sentia totalmente à vontade, estava muito acanhado, tímido. Isso mudou com o tempo e com a confiança dada pela comissão técnica e o elenco.´
Futsal – Mais uma vez decisivo neste Paulistão, o jovem atleta do Verdão falou sobre o lindo passe para o gol de Kleber, contra o Santos, na Vila Belmiro, e relembrou dos tempos em que jogava futsal. ´Foi pouco tempo de futsal, apenas oito meses enquanto estava no São Caetano. Mas deu para pegar alguma coisa. Aquela cavadinha foi típica de salão mesmo.´
Projetando o futuro, Patrik espera continuar e evoluindo e, antes de pensar na Europa, fazer história com a camisa palmeirense. ´Parece que vieram algumas sondagens, mas prefiro nem pensar nisso. Estou começando agora no Palmeiras e antes de sair, quero ser campeão. A gente escuta o torcedor e percebe essa carência. Os mais experientes, como o Kleber e o Marcos, também falam de como é bom ser campeão aqui. Espero que seja logo nesse ano, pois a ansiedade é enorme.´
