Scolari vê Palmeiras preparado nas finais, mas alerta para surpresas

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

Dono de uma campanha invejável na atual temporada, com apenas uma derrota em 23 jogos disputados e um aproveitamento que beira os 80%, o técnico Luiz Felipe Scolari não escondeu que o momento vivido pelo Palmeiras é excelente. Para o treinador, a equipe deu mostras de estar preparada para encarar as fases finais do Paulistão e da Copa do Brasil, mas também alertou que o mata-mata pode pregar surpresas nas duas competições.

´Esse grupo está com outro filosofia e com um comportamento diferente do ano passado. Eles aceitaram taticamente o que foi passado por mim e temos um aspecto muito melhor, mais fácil de trabalhar. Os resultados estão sendo mostrados dentro de campo e podemos dizer que estamos preparados para disputar os títulos. Mas é aquela coisa: uma partida ruim, que algo dá errado, e acabou. Na Copa do Brasil ainda são dois jogos, mas no Paulistão faremos apenas uma partida para chegar à decisão. Em 90 minutos, tudo pode acontecer. É preciso ter cuidado´, alertou.

Felipão entende que, apesar de menos badalado, o Palmeiras conseguiu se equiparar aos rivais e que até mesmo uma eventual eliminação não vai fazer com que o trabalho seja esquecido. ´Estamos disputando o título com as melhores equipes do Brasil, casos de São Paulo, Santos e Corinthians. Se caso aconteça algo, não vai invalidar o nosso trabalho. Com essa dinâmica de jogo, com o Wellington na frente e as opções de elenco completo, vamos ter uma equipe altamente competitiva. Se vamos chegar, não sei dizer, mas que hoje estamos muito mais preparados, isso nós estamos.´

O treinador fez um comparativo da eliminação do Verdão na Copa Sul-Americana do ano passado, para o Goiás, e citou diferenças de postura entre o elenco de 2010 e o atual. ´Se vocês perceberem, mudaram poucas peças, mas a grande diferença está na postura, no entendimento dos jogadores que ficaram. Nós tínhamos algumas deficiências não só no aspecto de campo, mas também de extra-campo. Precisávamos de liderança e que em alguns momentos não tínhamos. Analisei alguns aspectos, fizemos algumas modificações importantes e hoje mudamos esse comportamento´, disse o treinador, que admitiu ter mudado um pouco o seu comportamento em relação ao ano passado.

´De repente, por ser um ínicio de trabalho, o que aconteceu em 2010 foi até normal. Algumas situações não foram bem trabalhadas, nem da minha parte, nem da parte do elenco. Mas depois de um tempo, você conhece personalidade de cada um, o jeito de jogar, e mantém o ritmo. A parte psicológica foi bem trabalhada também através da Regina Brandão, mas a aceitação do grupo foi ainda mais fundamental.´