Verdão já viajou mais de 35 mil quilômetros na temporada 2013

Agência Palmeiras
Luan de Sousa

O primeiro semestre alviverde, dividido em Campeonato Paulista e Copa Libertadores, já fez o Palmeiras percorrer 36.422,6 km em viagens. A ida e a volta à cidade mexicana de Tijuana (na semana passada), as mais longas até o momento, exigiram uma locomoção total de 20.424 km.

Para chegar ao estádio Caliente, localizado na região da Baja California, o Verdão precisou fazer uma escala na Cidade do México (7.431 distante de São Paulo) e só depois seguir para Tijuana (mais 2.781 km).

Anteriormente, a delegação palestrina já havia visitado, também pelo torneio sul-americano, Lima-Peru (3.451 km da capital paulista), Buenos Aires-Argentina (1.672 km) e Assunção-Paraguai (1.385 km). E o Palmeiras, apesar da epopeia pelo continente, terminou a primeira fase na liderança de seu grupo e conseguiu um resultado importante no México (0 a 0), na última terça-feira (30), na ida das oitavas de final.

No Campeonato Paulista, o Alviverde, eliminado nos pênaltis nas quartas de final para o Santos (no dia 27 de abril), rasgou o estado de São Paulo de ônibus. Ao todo, foram oito viagens e 2.982,6 km de milhagem.

Fabiano Xhá, preparador físico do Verdão, explica como o departamento procede a fim de minimizar os efeitos do ritmo frenético de duelos. “Temos de trabalhar muito na recuperação dos atletas, com ênfase no descanso e na alimentação, e isso nos faz perder de vista o ideal de alto rendimento. Nosso objetivo, então, passa a ser condicionar os jogadores a suportarem os 90 minutos. Nos últimos confrontos, inclusive, quando tivemos a viagem para Tijuana logo depois do clássico contra o Santos, fomos, em conjunto com a comissão, obrigados a reduzir bastante a carga de treinos táticos", afirmou.

Outro setor que precisa se desdobrar por conta da maratona de embates é a nutrição. Alessandra Favano, a profissional do clube, expõe as medidas que toma para agilizar a recuperação física do elenco. “A principal atitude neste aspecto é intensificar a suplementação alimentar. Somado a isso, durante as viagens, eu sempre oriento a hidratação. Afinal de contas, o avião ou o ônibus com o ar condicionado desidrata bastante”, disse.

Desde 2010 no cargo, Alessandra tem também todo um modus operandi com o objetivo de evitar transtornos nos deslocamentos. “Antes das viagens eu já mando um cardápio de receitas e recomendações para as cozinhas dos hotéis. Em seguida, após o desembarque, o cuidado é adaptar os jogadores aos fusos das cidades. Ou seja, fazemos as refeições baseadas nos horários dos nossos destinos. E, por fim, tentamos ao máximo não fugir da rotina alimentar dos jogadores. É claro que às vezes, após análise, eu uso um alimento típico, como um milho do México, mas sempre com uma vigilância neurótica”, acrescentou.

A logística, área responsável por planejar e executar as viagens, também é altamente mobilizada. Leonardo Piffer, supervisor de futebol do Palmeiras, enumera suas atribuições. “No momento em que recebemos as datas dos jogos já começamos a planejar tudo, da primeira à última viagem. Nosso intuito primordial é amenizar o desgaste dos atletas. Por isso, há um cuidado na escolha do hotel (que depende do atendimento, da alimentação, dos aposentos, da distância para o estádio, entre outras variáveis) e temos sempre a preferência de evitar locomoções de madrugada. É melhor que o grupo repouse na cama ao invés de no ônibus ou avião. Além disso, temos de pensar também no transporte dos equipamentos e dos materiais de jogo”, declarou o profissional, que salientou a importância dos receptivos, empresas de assessoria esportiva e logística.

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“O trabalho dos receptivos, profissionais de turismo que recebem a delegação e ajudam em diversas situações, é fundamental para facilitar o trânsito dentro das cidades visitadas. Eles conhecem a região, buscam os ingressos, solicitam a escolta, levam os atletas para o antidoping, enfim, resolvem vários problemas”, completou.
 

Confira todos os deslocamentos do Verdão em 2013:

Ônibus – 2.982,6 km (ida e volta)

2ª rodada do Camp. Paulista – contra Oeste – São José do Rio Preto-SP – 882 km
5ª rodada do Camp. Paulista – contra XV – Piracicaba-SP – 316 km
7ª rodada do Camp. Paulista – contra Mogi Mirim – Mogi Mirim-SP – 300 km
12ª rodada do Camp. Paulista – contra São Caetano – São Caetano do Sul-SP – 27 km
15ª rodada do Camp. Paulista – contra Mirassol – Mirassol-SP – 908 km
17ª rodada do Camp Paulista – contra Ponte Preta – Campinas-SP – 197,4 km
19ª rodada do Camp. Paulista – contra Ituano – Itu-SP – 204 km
Quartas de final do Camp. Paulista – contra Santos – Santos-SP – 148,2 km

Avião – 33.440 km (ida e volta)

2ª rodada da Copa Libertadores – contra Libertad – Assunção-PAR – 2.770 km
3ª rodada da Copa Libertadores – contra Tigre – Buenos Aires-ARG – 3.344 km
6ª rodada da Copa Libertadores – contra Sporting Cristal – Lima –PER – 6.902 km
Oitavas da Libertadores – contra Tijuana – São Paulo à Cidade do México – 14.862 km
Oitavas da Libertadores – contra Tijuana – Da Cidade do México a Tijuana – 5.562 km

Total – 36.422,6 km

*não foram computados os jogos nos estádios do Pacaembu e do Morumbi

**Apesar de terem sido nas municipalidades de Tigre e Callao, as partidas contra Tigre-ARG e Sporting Cristal-PER foram contabilizadas para as capitais Buenos Aires e Lima, respectivamente, por conta da proximidade

Fontes: Google Maps e HowManyHours.com