Francesco De Vivo
10 de dezembro de 1915 a 25 de janeiro de 1916
16 de abril de 1923 a 05 de maio de 1925
28 de novembro de 1925 a 16 de abril de 1926
04 de março de 1927 a 09 de setembro de 1927
Nascido em Castellabate, na província de Salerno, região da Campania (Itália), o empresário e filantropo Francisco De Vivo era filho de Giuseppina Matarazzo De Vivo, irmã do Conde Francesco Matarazzo, ou seja, era sobrinho do grande benfeitor da comunidade italiana brasileira e do Palestra Italia.

Esteve na reunião de fundação do Palestra Italia em 26 de agosto de 1914, sendo nomeado primeiro tesoureiro da história do clube. Ocupou todos os principais cargos da diretoria executiva, chegando à cadeira principal pela primeira vez ainda no tumultuado ano de 1915, marcado pela troca constante de presidentes e por períodos de vácuo de poder. Volta ao posto máximo mais três vezes, na não menos efervescente década de 1920, alternando-se no poder com Giuseppe Perrone. Foi reconhecido sócio Grande Benemérito em 1945.
Usou da sua influência na comunidade italiana para consolidar o quadro social do Palestra Italia nos primeiros tempos, foi um dos principais responsáveis pelo elo entre a família Matarazzo e o clube e teve participação decisiva nas tratativas para a compra do terreno do Parque Antarctica. Foi sob seu comando que, no dia 19 de dezembro de 1915, o Verdão disputou sua primeira competição, a Taça Caridade (torneio beneficente com a presença de clubes tradicionais como Paulistano, AA das Palmeiras, São Bento, AA Mackenzie e Scottish Wanderers). Também com ele como presidente o Palestra realizou a primeira excursão fora do país (Uruguai e Argentina, em 1925) e conquistou seu primeiro Torneio Início do Campeonato Paulista (1927), além de criar o Departamento de Pallacanestro (atual Departamento de Basquete, em 1923).
Fora do clube, De Vivo participou ativamente como colaborador do Hospital Humberto I – em 1917, por exemplo, patrocinou uma campanha para arrecadação de fundos para a casa de saúde, organizando quermesses e festivais, possibilitando o aumento do número de leitos da enfermaria e a disponibilização de novos laboratórios ao público.
Foi presidente do Clube Esperia, diretor do Circolo Italiano de São Paulo, dirigente da extinta Sociedade Guglielmo Oberdan, colaborador de diversas outras associações italianas e proprietário da também extinta Lojas Reunidas.
É nome de rua no bairro de São Mateus, Zona Leste de São Paulo, e foi agraciado pelo Governo Italiano com o título de “Cavaliere Ufficiale della Corona”, entre outras honorificências.