Campeonato Paulista – 1993

A parceria firmada com a multinacional Parmalat um ano antes rendeu seu primeiro grande fruto logo diante do maior rival – após contratações de peso, o Verdão formou uma verdadeira seleção e faturou o troféu estadual de 1993 quebrando um tabu de quase 17 anos de sofrimento. Mazinho e Zinho foram adquiridos em 1992, mas Antônio Carlos, Roberto Carlos e Edmundo foram comprados exclusivamente para este Paulistão. Estes craques se juntaram à Velloso, César Sampaio e Evair, formando um time quase imbatível. Pior para o Corinthians.

O torneio contou com 30 equipes que disputaram o título por intermédio de duas fases, a primeira com todas as agremiações e a segunda com as oito mais bem classificadas. Na etapa inicial, os times foram divididos em dois grupos – um continha os 16 melhores do ano anterior e o outro os 12 piores somados aos dois clubes recém-promovidos da segunda divisão.  Alocado no primeiro bloco, o Verdão liderou esta etapa com folga, terminando com 19 triunfos, 6 empate e 5 derrotas. O desempenho credenciou o Verdão a disputar, em turno e returno, com Guarani, Rio Branco e Ferroviária uma das vagas para a final. Vencendo todos os compromissos diante de campineiros, americanenses e araraquarenses, o Alviverde garantiu, com facilidade, a presença na finalíssima.

A vítima na quebra do tabu foi justamente o Corinthians, que, antes de cruzar com os palestrinos, eliminou São Paulo, Santos e Novorizontino. Porém, com apenas 13 minutos de decisão, Neto cobrou falta para a área e Viola completou, abrindo o placar para os corintianos. Na comemoração, o atacante imitou um porco, fato que irritou a torcida e foi usado por Vanderlei Luxemburgo para motivar seus atletas para partida de volta.

O Palmeiras voltou com outra postura para o histórico embate do dia 12 de junho, realizando uma partida quase perfeita. Com pouco mais de meia hora de jogo, Evair protegeu bem a bola e serviu Zinho, que, de perna direita, colocou os palmeirenses na frente. O regulamento previa que qualquer vitória, independentemente da diferença de gols, levaria o prélio para prorrogação, mas, para não deixar dúvidas, o Matador tratou de ampliar, após pela jogada de Mazinho. Edílson ainda teve tempo de marcar o terceiro, levando o confronto para o tempo extra. Atordoado, o adversário não conseguiu reagir e Evair anotou novamente – Ricardo cometeu pênalti e o camisa 9 converteu com a maestria que lhe era familiar. O sofrimento chegou ao fim e uma nova era começou. A Era Parmalat.

Campanha:
Jogos: 38 (26 vitórias, 6 empates e 6 derrotas)
Gols marcados: 72
Gols sofridos: 30

Jogo decisivo:
Palmeiras 4×0 Corinthians
Campeonato Paulista (Final – 2º jogo)
12/06/1993
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Público: 104.401
Árbitro: José Aparecido de Oliveira (SP)
Expulsões: Ezequiel (COR), Henrique (COR), Tonhão (PAL) e Ronaldo (COR)
Palmeiras: Sérgio; Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; César Sampaio, Daniel Frasson, Edílson (Jean Carlo) e Zinho; Edmundo e Evair (Alexandre Rosa). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Ronaldo; Leandro Silva, Marcelo Djian, Henrique e Ricardo; Ezequiel, Marcelinho Paulista e Neto; Paulo Sérgio, Adil (Tupãzinho) (Wilson) e Viola. Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Zinho (36’ do 1ºT), Evair (29’ do 2ºT), Edílson (38’ do 2ºT) e Evair (9’ do 1ºT da prorrogação).