Assunção descarta espetáculo e sonha com os três pontos no Beira Rio
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
Rei das assistências do Verdão nesta temporada, o volante Marcos Assunção concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (08), na Academia de Futebol, e afirmou que se depender dele, o Palmeiras continuará jogando sem brilho, mas saindo sempre de campo com os três pontos.
´Num campeonato tão equilibrado como o Brasileiro, não podemos ficar se dando ao luxo de jogar bonito. Se der, ótimo, caso contrário, vamos fazer a nossa parte e vencer. Espero que seja assim até o final do campeonato. O importante é manter um equilíbrio e tentar manter essa condição até o final da competição´, disse o jogador, que também não se sente o principal jogador da equipe.
´Não me sinto. Estou fazendo meu trabalho e tentando ajudar. No ano passado, fui artilheiro do time, e neste ano, sou o principal assistente, mas futebol é coletivo e nosso time é dependente um do outro. Os defensores estão muito bem, os atacantes estão sempre marcando…É importante ter esse equilíbrio e tenho certeza que podemos melhorar ainda mais. Eu tento fazer a minha parte e isso é mérito do que acontece nos treinamentos.´
Apesar de apontar para o futebol coletivo apresentado pela equipe, Assunção reconheceu que é importante ter um especialista na função das bolas paradas. ´O futebol está muito nivelado e as bolas paradas têm sido decisivas em qualquer campeonato do mundo. Quando o jogo está difícil ou amarrado, as bolas paradas podem decidir e isso tem acontecido no nosso time.´
Perguntado sobre o adversário de domingo, o camisa 20 palmeirense destacou que enfrentar o Internacional no estádio Beira Rio é difícil sob qualquer circunstância, mas deixou claro que o Palmeiras vai entrar em campo para buscar os três pontos.
´O Internacional é muito difícil de ser enfrentado em qualquer lugar, e no Beira Rio é sempre mais complicado. Mas temos nosso potencial e nossas ambições. Se pudermos somar pontos fora de casa, ótimo. Acho que temos condições de vencer desde que joguemos de igual para igual. Não dá para enfrentar o Internacional com medo. Respeitamos muito nosso adversário, é um time com muitos craques, um treinador gabaritado, mas pensamos nos três pontos.´
Assunção, que teve uma passagem destacada pela Roma entre 1999 e 2002 e conquistou o Scudetto de 2000/01 e a Supercopa da Itália em 2001, foi lembrado que o treinador do Internacional, Paulo Roberto Falcão, é reverenciado até hoje na Itália como o ‘Rei de Roma’ pela sua passagem no clube italiano. Na Roma, Falcão atuou entre 1980 e 1985 e ganhou o Scudetto de 1982/83 e as Copas da Itália de 1981 e 1984.
“O Falcão quando vai lá é tratado como um rei, é idolatrado por todos. Quando eu vou para lá, sou apenas mais um (risos). É legal isso, eu tive uma história bonita na Roma, mas a do Falcão é insuperável. Ele é realmente um símbolo por lá.”