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Anunciado como novo treinador do Palmeiras no último dia 30 de outubro, o técnico Abel Ferreira foi apresentado oficialmente, nesta quarta-feira (04), em entrevista coletiva virtual realizada na sala de imprensa da Academia de Futebol. O comandante português mostrou muita empolgação com a oportunidade de trabalhar no Maior Campeão do Brasil.

“Eu sou um homem de convicções. Eu gosto de seguir os meus instintos, gosto de me desafiar. Não foi pelo que os outros disseram ou mostraram, foi pela convicção que eu tenho de acrescentar títulos à minha carreira junto com o Palmeiras, e, para isso ser possível, só estando junto com os melhores. Foi a minha convicção e vontade de representar um grande clube. Muito honestamente, eu gosto das cores verde e branco, é algo que me persegue durante a minha carreira”, declarou. “Eu não prometo resultados e nem títulos. Eu prometo trabalho e que o Palmeiras sempre jogue para ganhar”, emendou o profissional, ciente da responsabilidade de comandar o Alviverde.

“Sobre ter tempo para trabalhar, eu não quero saber disso. Eu vivo a minha vida com intensidade, estou aqui para dar o melhor de mim e defender o verde e o branco até a morte. O resultado nos guia. Temos dois meses com 18 jogos, é loucura, mas, se é loucura, é diferente. Um desafio. Encararemos com seriedade e com muita comunicação dentro do próprio clube. O que eu mais gostei foi ouvir do presidente (Maurício Galiotte) que ele sabe exatamente o que quer para o futuro do clube”, disse. “É preciso tempo, mas também é preciso ganhar. Ou ganha ou ganha, não há outra forma”, completou.

Abel também relevou que mantém contato diário com o auxiliar Andrey Lopes para aprofundar o seu conhecimento sobre o time paulista. “Quem não gosta de receber uma equipe com vitórias e vontade de ganhar? Falei primeiramente com os jogadores, é deles que eu dependo e é por eles que eu trabalho. A equipe teve um comportamento espetacular (nos últimos jogos), realmente o Andrey conhece muito bem os jogadores e o clube. Portanto, foi a pessoa que mais me passou informações, ele tem ideias europeias na forma que gosta de organizar as suas equipes. Tem sido um aliado, a pessoa que mais informações tem me passado sobre o clube”, contou o técnico, citando a importância da mescla entre atletas jovens e experientes para um futuro vitorioso no Palmeiras.

“O clube trabalha muito com jogadores da base, mas não podemos esquecer dos mais experientes porque são eles que ajudam os jogadores da base a crescerem. Temos uma boa base, um plano definido, mas não podemos esquecer dos jogadores mais experientes, que conhecem o clube e podem ajudar os jogadores mais novos. Só assim para termos o presente e o futuro”, expôs.

Com passagens por Braga (Portugal) e PAOK (Grécia), Abel Ferreira comentou sobre o seu trabalho como treinador. “Eu não gosto de me comparar com ninguém, cada um gera a sua própria forma de jogo. Quando eu comecei a criar a minha ideia de jogo, eu sempre pensei de forma global. Como eu poderia valorizar os jogadores, os clubes, a ideia de jogo… e, a partir daí, eu fiz o meu próprio conhecimento e a minha própria ideia de jogo”, falou. “A minha referência no futebol é o conhecimento, seja com livros, pessoas, treinadores portugueses ou brasileiros… Tudo o que eu vivi em meu passado. Eu sou fruto das minhas experiências. Eu aprendi com todos os treinadores que eu tive, sejam bons ou ruins”, explicou.

Por fim, o português analisou o elenco alviverde e discursou sobre possíveis reforços para a sequência da temporada. “A primeira coisa que temos de fazer é olhar para dentro e perceber se tem alguém no clube para encarar as carências da equipe. Temos jovens aqui, não precisamos buscar fora. Temos de reforçar para equilibrar a equipe. Não precisamos encher muito, temos de equilibrar. Eu já entreguei o meu diagnóstico ao diretor. Primeiramente, sempre temos de olhar para dentro. Se não tivermos dentro, temos de procurar fora. Não temos de mexer muito, estamos bem”, concluiu.