Assunção pede concentração maior no que acontece dentro de campo

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

Um dos principais líderes do time e capitão palmeirense desde a ausência de Kleber, Marcos Assunção falou com propriedade durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (14), na Academia de Futebol, e pediu uma concentração maior para o que acontece somente dentro de campo. O volante alertou para que os assuntos referentes aos atletas com a comissão técnica e direção sejam tratados internamente.

´Eu joguei muitas temporadas na Itália e na Espanha e posso falar que o Campeonato Brasileiro é um dos mais difíceis do mundo. Aqui, são oito, dez times brigando pelo título. A tensão e as cobranças são sempre muito grandes e qualquer descuido pode ser fatal. Por isso eu falo que a concentração precisa ser total aqui dentro das quatro linhas, dentro do nosso ambiente. Esses problemas internos podem acabar desde que a gente caminhe para o mesmo lado´, disse o camisa 20, que foi além.

´Se algo sai da rota aqui entre nós, gera conflitos e é ruim porque dá margem para vocês da imprensa especularem e repercutirem. O ideal seria falar diretamente, olho na olho, sem levar adiante para a imprensa. Cada um tem seu modo de ser, mas dependendo de como acontece, é muito ruim para a imagem do clube. Acho que temos conseguido absorver bem muitas coisas, tanto é que o time vive um excelente momento. Mas pode ser melhor.´

Perguntado sobre o episódio envolvendo o atacante Kleber, Assunção preferiu se manter neutro. ´São coisas que mexem com o torcedor, pois o Kleber é ídolo. Mas nós jogadores temos que manter o foco nos treinos, nos jogos, e ficar de fora desse assunto. Eu, particularmente, não gosto de falar das coisas dos outros e acho que é algo que só a diretoria pode resolver. Não vai adiantar nada eu falar que acho isso ou aquilo.´

Assunção não vê problema em dar entrevistas coletivas com frequência e até brinca com o fato de aparar algumas polêmicas. ´É chato às vezes ter de falar sempre a mesma coisa, até brinco com a assessoria de imprensa que só vou para apagar o fogo (risos), mas é assim mesmo. Acho normal atender a imprensa e, talvez por minha experiência, sou escolhido para vir aqui nesses momentos. Não vejo problema.´

O jogador voltou a falar do bom momento do time e, assim como o lateral Cicinho já havia revelado, reiterou o pacto que os jogadores fizeram antes da partida contra o Santos. ´A melhor maneira de você combater uma crise é ganhar os jogos. Se você perde, as polêmicas aumentam. Se vence, as coisas caminham bem. Aqui, internamente, vivemos um clima maravilhoso e levamos isso para dentro de campo. O time está jogando bem porque não levamos esses problemas para dentro de campo.´

Reencontro – O experiente volante palmeirense vai encontrar na quarta-feira, contra o Flamengo, o técnico Vanderlei Luxemburgo, com quem trabalhou em 1997 no Santos, e Ronaldinho Gaúcho, ex-companheiro de seleção brasileira.

´Vai ser um prazer. Trabalhei com o Vanderlei no Santos, logo no começo da carreira, e foi muito bom. Também estive com o Ronaldinho na seleção e enfrentei ele inúmeras vezes quando estava no Bétis. Acredito que vai ser um grande espetáculo. Ruim é jogar contra time da terceira divisão! Esses jogos de tradição são prazerosos. Os dois times com jogadores de qualidade, tem as fantasias do Ronaldinho em campo… Com certeza será um jogo bonito´, disse o capitão do Verdão, deixando claro a importância de conseguir os três pontos.

´Todo jogo do Campeonato Brasileiro vale os mesmos três pontos, mas esse deve ser encarado com uma decisão, pois se vencermos, também tiramos três pontos do Flamengo. É um time muito bom, que ainda não perdeu e está jogando bem. Uma vitória é fundamental para tirarmos um rival da briga e continuar alimentando o sonho de ficar entre os primeiros.´