Contrariado, Marcos atende pedido coletivo e faz gol de pênalti

Agência Palmeiras
Thiago Kimori

O jogo de despedida do ídolo Marcos foi inesquecível. Além de poder rever um dos grandes times da história do Palmeiras, o torcedor alviverde pôde presenciar um feito inédito: um gol do Santo. Durante o primeiro tempo da partida, aos 17min, o ex-jogador Edmundo foi derrubado na grande área e um pênalti foi marcado. Assim como havia avisado durante os dias que antecediam o duelo entre o Palmeiras de 1999 e a seleção brasileira de 2002, o ex-goleiro alviverde fazia questão de que Evair cobrasse a penalidade máxima.

Evair, por sua vez, afirmou antes do jogo que não tinha condições para realizar tal ação e, por isso, entregaria a missão a Marcos. Após a marcação do pênalti, o Santo relutou em sair do gol alviverde e fazia gestos dizendo que não iria bater o penal, em respeito ao goleiro Dida, que defendia a meta do Brasil. Por causa da teimosia do ex-arqueiro palestrino, alguns amigos como Cafu, Edmundo, César Sampaio e Galeano foram até o Santo e o convenceram de marcar o primeiro gol da partida.

“Eu não queria bater o pênalti porque a torcida tem saudade de ver o Evair batendo. Mas eu bati o pênalti de confiança, no meio do gol. A minha vontade era fazer um gol de cabeça, de escanteio, não de pênalti. Depois que todo mundo foi me empurrar, ficava feio eu não ir”, falou Marcos, que cobrou a penalidade máxima muito bem e abriu o placar do confronto.

“Lá dentro do vestiário, ele já havia avisado de que não iria bater (o pênalti), mas a gente convenceu ele”, disse Evair, que brincou. “O argumento principal para convencê-lo é que era a festa dele, mas tem alguns argumentos que não podemos falar.”

Companheiro de Marcos na Copa do Mundo de 2002, o ex-atacante Ronaldo elogiou a organização da festa palmeirense e relevou a provocação que fez ao Santo na hora da cobrança do pênalti. “É um grande parceiro. A festa está linda, a torcida veio prestigiar. É um jogo de festa, tudo bonito, mas estamos perdendo. Na hora do pênalti, eu fiquei falando que ele ia perder, ele ficou nervoso”, contou Ronaldo no final da primeira etapa do jogo.