Festa dos Veteranos reúne ídolos de várias gerações em novo restaurante do clube
Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação
O Palmeiras promoveu na noite desta sexta-feira (29) o tradicional Jantar dos Veteranos, evento anual que reúne ex-jogadores de diferentes gerações (veja as fotos clicando aqui). A grande novidade ficou por conta do palco que recebeu a festividade: inaugurado no último mês, o Restaurante Jardim Suspenso acolheu cerca de 350 pessoas, entre convidados e torcedores que adquiriram entrada para prestigiar os ídolos alviverdes.
Comandado pelo presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, pelo diretor social do clube, Guilherme Ribeiro, e pelo presidente do Conselho Deliberativo do Alviverde, Seraphim Del Grande, o encontro de ex-atletas contou com fortes emoções do início ao fim. Quem entrava no local da cerimônia já se deparava objetos históricos, como os troféus do Brasileirão de 1972 e 2016, além do Paulistão de 1972. A chegada de cada um dos ídolos palmeirenses era comemorada por seus ex-companheiros de time e por torcedores, que puderam interagir e tirar fotos com os eternos craques do Verdão.
"Quando fazemos a homenagem ao passado, nós abraçamos a nossa história, as nossas conquistas e os nossos troféus. O Palmeiras é grande exatamente porque tem uma história maravilhosa, tem os ídolos que ajudaram a construir essa história e também porque tem uma torcida gigante", discursou Galiotte.
E completou: "É por isso que temos tanto orgulho das nossas conquistas. E nesta noite, mais uma vez, fazemos questão de homenagear aqueles jogadores que participaram e que foram extremamente importantes para desenhar tudo o que o Palmeiras representa no cenário do futebol". Em seguida, o mandatário palestrino convocou um a um dos veteranos, que foram contemplados com uma camisa do Palmeiras após subirem ao palco e receberem os aplausos do público presente.
Ex-jogadores como Ademir da Guia, César Maluco, Edu Bala, Alfredo Mostarda e Nei, da lendária Segunda Academia dos anos 70, além de Sérgio, Tonhão e César Sampaio, campeões pelo Palmeiras na década de 90, entre outros, marcaram presença e agitaram a noite de confraternização. Não houve quem não se deixou contagiar com a energia emanada ao longo do evento.
"É muito gratificante saber que estamos eternizados na história do Palmeiras. Como eu sempre digo: o Palmeiras acima dos homens. Mesmo porque, o Palmeiras sem Ademir da Guia seria o Palmeiras. Seria um clube que continuaria grande e ganhando títulos com o passar dos anos. Já eu, sem o Palmeiras, certamente não teria obtido o mesmo êxito", explicou o Divino, que foi quem por mais tempo usou a camisa 10 do Verdão – ele atuou 902 vezes entre as décadas de 60 e 70.
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O tradicional evento que reúne ídolos veteranos acontece ininterruptamente desde 1972, uma vez por ano. Setembro é o mês escolhido pela agremiação para celebrar essa solenidade tão especial: isso se deve ao fato de os jogadores do elenco de 1942, liderados à época por Oberdan Cattani, terem dado início à tradição – eles optaram por setembro por ter sido o mês em que nasceu o Palmeiras, após o Palestra ter morrido líder naquele ano emblemático.
E o Jantar dos Veteranos não se restringiu apenas aos jogadores de futebol. Grandes expoentes de outras modalidades esportivas também foram lembrados pela diretoria alviverde, como a patinadora Maria Tereza Ambrósio Bellangero e o mesa-tenista Hugo Hoyama, que disputou seis olimpíadas como atleta – uma delas enquanto defendia o Palmeiras (2012) – e outra como treinador (Rio-2016).
Ao final das homenagens, os ídolos palmeirenses e seus familiares tomaram conta do palco principal, onde se reuniram para registrar o momento inesquecível por meio de fotografias. E ao som do hino do Palmeiras, as solenidades foram oficialmente encerradas: nesse momento, todo o público presente se uniu em uma só voz. Em seguida, a festa continuou, mas agora com música ao vivo tocada pela banda Sambakenké e muitos comes e bebes.
Novo restaurante e Jardim Suspenso
A posição topográfica de onde se localizava o antigo Parque Antarctica corroborava com alagamentos no campo em dias de enxurrada. Por isso, foi necessário elevar o gramado em comparação ao nível do solo. O fato ocorreu nos anos 60 e, em tão pouco tempo, a torcida se incumbiu de atribuir a alcunha de "Jardim Suspenso" ao estádio, que agora contava com uma performance extremamente charmosa e diferenciada de todos os outros. A inspiração para apelidar a cancha palmeirense veio dos famosos “Jardins Suspensos da Babilônia”, que estão entre as sete maravilhas do mundo.
Localizado no topo do prédio Multiuso da sede social do Verdão – mais precisamente no quinto andar –, o restaurante é um dos atrativos para os associados do clube, e leva esse nome em homenagem à antiga forma do estádio do Palmeiras, que começou a ser reformado em 2010, e, em 2014, deu lugar a uma belíssima arena: o Allianz Parque. O local conta com um design arrojado, repleto de decorações que remetem à história vencedora do clube. Desde que fora inaugurado, em agosto, o restaurante vem recebendo eventos da esfera social do Alviverde, como o jantar dançante “Noite dos Anos 60 e 70”, e agora o Jantar dos Veteranos, entre outros.