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Pai de Ademir, Domingos da Guia é considerado um dos grandes zagueiros da história do futebol brasileiro

1 – Ademir da Guia nasceu no emblemático ano de 1942, quando o Palestra precisou mudar de nome para Palmeiras.

2 – Ademir recebeu o nome em homenagem a Ademir de Menezes, craque do Vasco e da Seleção Brasileira nos anos 40 e 50. Aliás, seu nome completo é “Ademir Ferreira da Guia”.

3 – Ademir é filho do zagueiro Domingos da Guia, que militou no futebol entre os anos 20 e 50 e foi destaque na Seleção Brasileira.

4 – Conhecido como “Divino”, Ademir herdou o apelido do pai, Domingos da Guia, que tinha a alcunha de “Divino Mestre”.

5 – Um dos tios de Ademir, Ladislau da Guia, é o maior artilheiro da história do Bangu-RJ com 222 gols em 325 jogos. Ele jogou no time carioca entre os anos 20 e 40.

6 – Outro tio de Ademir, Mamede da Guia, apelidado de Médio, também defendeu equipes cariocas atuando no meio-campo entre os anos 30 e 40.

7 – Luiz da Guia, mais um tio de Ademir, defendeu o Bangu-RJ no início dos anos 10.

8 – Neném da Guia, irmão de Ademir, foi médio-volante de Bangu-RJ e Juventus-SP nos anos 60.

9 – Em sua infância, Ademir estudou nos Colégios Campo Grande e Belisário, no Rio de Janeiro.

10 – Ademir foi campeão carioca infanto-juvenil de natação por equipes defendendo o Bangu-RJ em 1954.

11 – Nos gramados, Ademir deu seus primeiros passos defendendo o Ceres Futebol Clube, time do bairro carioca de Bangu.

12 – O primeiro técnico de Ademir foi Moacir Bueno. Ele comandou o Infantil do Bangu-RJ, que obteve o terceiro lugar do Campeonato Carioca da categoria.

13 – Tim, que disputou a Copa do Mundo de 1938 ao lado de Domingos da Guia, foi o treinador de Ademir na categoria Juvenil do Bangu-RJ.

14 – Dequinha, meio-campista clássico que brilhou no futebol carioca nos anos 50 e 60, foi um dos espelhos de Ademir em sua carreira.

15 – O primeiro treino de Ademir da Guia em uma equipe paulista aconteceu em 1959, no Santos, mas ele não foi selecionado e voltou para o Bangu-RJ.

16 – Em 1960, atuando pelo Bangu-RJ, Ademir fez sua estreia como jogador profissional. Pelo clube carioca, disputou 59 jogos e marcou 14 gols.

Ademir da Guia começou sua carreira no Bangu, clube que revelou duas gerações de jogadores de sua família

17 – No dia 27 de setembro de 1960, Ademir disputou sua única partida contra o Palmeiras. O meia atuava pelo Bangu-RJ e participou do amistoso vencido pelo Verdão por 4 a 0.

18 – Em 1960, pelo Bangu-RJ, Ademir conquistou o seu primeiro título no futebol profissional: o International Soccer League, torneio internacional realizado em Nova Iorque (EUA).

19 – O Palmeiras contratou Ademir da Guia junto ao Bangu-RJ em agosto de 1961 pelo valor de 4 milhões de cruzeiros.

20 – O primeiro jogo-treino de Ademir pelo Palmeiras aconteceu no dia 10 de dezembro de 1961, em Jundiaí (SP), quando o time misto alviverde venceu o Promeca-SP por 2 a 0.

21 – Contratado em 1961, Ademir ficou mais de um no banco de Chinesinho e de Hélio Burini até ser preparado para assumir a titularidade absoluta, passando a atuar regularmente em 1962.

22 – A estreia de Ademir pelo time principal do Palmeiras foi em 22 de fevereiro de 1962, na vitória sobre o Corinthians por 3 a 0. Curiosamente, o Divino também se despediu em um jogo contra o Corinthians, dia 18 de setembro de 1977, desta vez com derrota por 2 a 0.

23 – O primeiro técnico do Palmeiras que escalou Ademir em uma partida oficial foi Mauricio Cardoso, em 1962.

24 – Além de ter jogado por décadas na equipe profissional do Verdão, Ademir chegou a disputar, ainda quando tinha idade juvenil, as edições de 1962, 1963 e 1964 do Campeonato Paulista de Aspirantes.

25 – O primeiro gol de Ademir com a camisa do Palmeiras aconteceu em Limeira, cidade do interior paulista, em 15 de abril de 1962, em amistoso contra a Internacional de Limeira.

26 – A dupla Dudu e Ademir da Guia atuou em conjunto pela primeira vez com a camisa do Palmeiras em 11 de abril de 1964, no clássico contra o Santos, no Pacaembu. Dudu, aliás, foi seu companheiro mais frequente no Palmeiras: juntos, atuaram 524 vezes (299 vitórias, 136 empates e 89 derrotas) entre 1964 e 1976, em um total de 12 temporadas.

27 – A última partida oficial da inesquecível dupla Dudu e Ademir aconteceu em 24 de janeiro de 1976 no empate por 3 a 3 com a Portuguesa-SP, no estádio Palestra Italia.

Dudu e Ademir atuaram juntos com a camisa do Palmeiras 524 vezes (Foto: Acervo/Gazeta Press)

28 – Em 11 de outubro de 1964, Ademir marcou o seu primeiro gol no estádio Palestra Italia: o Verdão goleou a Prudentina-SP pelo placar de 4 a 1 em duelo válido pelo Campeonato Paulista.

29 – Em 1965, Ademir e toda a equipe do Palmeiras representou a Seleção Brasileira no amistoso contra o Uruguai, em 7 de setembro, que marcou a inauguração do Mineirão.

30 – Na decisão do Campeonato Brasileiro de 1967, diante do Náutico-PE, no Maracanã, Ademir da Guia, vestindo a camisa número 8, fez o segundo gol na vitória por 2 a 0 que assegurou mais um caneco ao Maior Campeão do Brasil.

31 – Em 1969, Ademir marcou os dois gols na vitória por 2 a 1 sobre o Barcelona-ESP, em pleno Camp Nou, e garantiu a Taça Cidade de Barcelona ao Verdão.

32 – Ademir quase deixou o Palmeiras em 1975, quando o Verdão disputou o Troféu Ramón de Carranza e venceu o Real Madrid-ESP na final. O Atlético de Madrid-ESP fez proposta por Luís Pereira, Leivinha e Ademir. Os dois primeiros acabaram acertando suas transferências, mas a diretoria conseguiu segurar o Divino.

33 – O último gol marcado por Ademir aconteceu diante da Portuguesa, em 24 de abril de 1977, pelo Campeonato Paulista, no estádio do Pacaembu. Na ocasião, o Divino marcou dois gols e ajudou o Alviverde a vencer a Lusa por 3 a 2.

34 – Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir; Edu, Leivinha, César e Nei. A escalação que ficou imortalizada como a “Segunda Academia” do Palmeiras nos anos 70 disputou 26 partidas e nunca perdeu.

Da esquerda para a direita, em pé: Eurico, Leão, Dudu, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca. Agachados: Edu, Leivinha, César Maluco, Ademir da Guia e Nei.

35 – Dentre de seus companheiros nos tempos das Academias, o apelido de Ademir era Carneiro.

36 – O Divino foi o titular do meio-campo palmeirense nas duas gerações em que o Palmeiras teve times aclamados como “Academias de Futebol”, nos anos 60 e 70.

37 – A primeira partida de Ademir pela Seleção Brasileira aconteceu em 2 de junho de 1965. Atuando com a camisa 8, ele participou da goleada por 5 a 0 contra a Bélgica, em duelo amistoso disputado no estádio do Maracanã.

38 – Ademir da Guia disputou, ao todo, 11 partidas oficiais com a camisa da Seleção Brasileira, com destaque para a disputa da Copa do Mundo de 1974.

39 – Aliás, Domingos da Guia e Ademir da Guia formam o primeiro caso da história do futebol em que pai e filho disputaram uma Copa do Mundo (Domingos em 1938 e Ademir em 1974).

O Divino (terceiro agachado, da esquerda para a direita) disputou a Copa do Mundo de 1974 (Foto: Acervo/Gazeta Press)

40 – O título paulista de 1974, que impediu o Corinthians de encerrar o jejum iniciado em 1954, é o mais comemorado até hoje pelo eterno camisa 10.

41 – Durante todos os 15 anos que Ademir jogou pelo Palmeiras, o Corinthians não conquistou nem um título sequer. O rival só saiu da fila meses depois de o Divino encerrar a carreira.

42 – A última partida de Ademir com a camisa da Seleção Brasileira aconteceu em 6 de outubro de 1976, em duelo amistoso diante do Flamengo, no estádio do Maracanã.

43 – Mesmo depois de encerrar a carreira em 1977, Ademir voltou a atuar profissionalmente em uma única partida: no dia 7 de fevereiro de 1980, defendeu o Santo André contra o Santos em jogo que marcou a inauguração dos refletores do Estádio Bruno José Daniel, em Santo André (SP).

44 – No ano de 1979, Ademir e Dudu, já consagrados e com as suas carreiras profissionais encerradas, fizeram uma série de partidas amistosas pelo interior de São Paulo fazendo participação especial no time aspirantes do Palmeiras.

45 – Ademir da Guia dirigiu uma única vez a equipe profissional do Palmeiras como técnico. Isso aconteceu no Campeonato Brasileiro de 1981, diante do Internacional-RS.

46 – Em março de 1982, Palmeiras e Peñarol-URU fizeram dois jogos em disputa do Troféu Ademir da Guia. Com um empate e uma vitória, o Verdão ficou com a taça.

A despedida de Ademir da Guia foi em um jogo festivo no Canindé

47 – Em 1984, Ademir recebeu um jogo festivo de despedida, no estádio do Canindé, entre o time oficial do Palmeiras (reforçado pelo próprio Ademir) e a Seleção Paulista (formada por amigos do craque, como Rivelino, Jorge Mendonça e Waldir Peres, entre outros).

48 – Durante o evento festivo de 1984 em sua homenagem, Ademir recebeu o Prêmio Belfort Duarte da Confederação Nacional de Desportos. Trata-se de honraria concedida ao jogador que passasse pelo menos dez anos sem ser expulso, tendo jogado no mínimo 200 partidas nacionais ou internacionais.

49 – Ademir teve seu primeiro busto em bronze inaugurado na sede social do Palmeiras em 31 de agosto de 1986, mas ele foi substituído por uma nova peça em 19 de dezembro de 1992. O motivo: os traços da primeira homenagem não se pareciam muito com o Divino.

50 – Com 902 partidas, Ademir da Guia é o atleta que mais vestiu a camisa do clube em toda a história do Palmeiras.

51 – Com 155 gols, Ademir é o terceiro maior artilheiro da história do Palmeiras. Dentre os meio-campistas, ele é o número 1.

52 – Ademir é o jogador com maior número de vitórias pelo Palmeiras: 513 triunfos.

53 – Ademir é o jogador que mais Derbys disputou na história do confronto: foram 59 partidas diante do Corinthians.

Rivellino e Ademir da Guia  antes da final do Campeonato Paulista de Futebol de 1974, vencida pelo Verdão (Foto: Estadão Conteúdo)

54 – Ademir disputou o clássico Choque-Rei em 54 oportunidades defendendo o Palmeiras. Desta forma, é o atleta do Verdão que mais participou do confronto com o São Paulo.

55 – O Divino jogou 45 partidas no clássico contra o Santos, sendo o palmeirense que mais atuou contra o rival.

56 – Ademir fez quatro gols em jogos contra o rival Corinthians. Sempre que o camisa 10 foi às redes neste confronto, o Verdão jamais saiu derrotado: foram duas vitórias e dois empates.

Contra o São Paulo, foram 45 jogos e oito gols

57 – Ademir da Guia marcou oito gols no Choque-Rei. O Tricolor foi o rival paulista contra o qual o Divino mais balançou as redes.

58 – Contra o Santos, Ademir da Guia foi às redes em um total de sete vezes.

59 – Ademir realizou 184 partidas pelo Palmeiras no estádio Palestra Italia e era o recordista no local. Mais tarde, foi superado pelo goleiro Marcos, que chegou a 212 jogos na casa alviverde.

60 – Ademir marcou 38 gols pelo Palmeiras atuando no estádio Palestra Italia.

61 – Ademir marcou um total de nove gols nas três Libertadores que disputou pelo Verdão e figura no top 10 dos artilheiros alviverdes na competição.

62 – Ademir marcou 36 gols em todas as suas participações em Campeonato Brasileiro.

63 – Na temporada de 1973, Ademir foi o atleta do Palmeiras que mais partidas disputou: esteve em campo em 75 jogos dos 77 compromissos que o Verdão realizou.

64 – Por três temporadas seguidas, Ademir foi o atleta do elenco palmeirense que mais partidas disputou: em 1968 foram 64 jogos, em 1969 foram 62 e em 1970 foram 66.

65 – Foi em 1973 que Ademir teve a sua temporada com maior número de gols marcados com a camisa do Palmeiras: foram, ao todo, 17 tentos anotados.

66 – Ademir foi o artilheiro da equipe palmeirense no Campeonato Paulista de 1973, ao lado de Cesar Maluco. Ambos anotaram oito gols na competição.

67 – Em 1970, 1972 e 1974, Ademir recebeu o Troféu Arthur Friedenreich (instituído pela Federação Paulista de Futebol) como o melhor meio-campista do Campeonato Paulista.

68 – Em 1972, Ademir foi premiado com a Bola de Prata do Campeonato Brasileiro.

Ademir fez parte da seleção do prêmio Bola de Prata, da revista Placar, em 1972

69 – Em 1973, Ademir foi eleito “O Craque de Todas as Torcidas” em votação popular promovida pela A Gazeta Esportiva, recebendo 974.510 votos. O Divino ganhou um Fusca como prêmio.

70 – Ademir da Guia foi campeão paulista em 1963, 1966, 1972, 1974 e 1976.

71 – Ademir foi campeão brasileiro em 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa), 1967 (Taça Brasil), 1969, 1972 e 1973.

72 – Ademir foi tricampeão do Torneio Ramón de Carranza (1969, 1974 e 1975), tradicional competição realizada em Cádiz, na Espanha.

73 – Ademir foi retratado em livro, na obra escrita por Kleber Mazziero de Souza intitulada “Divino: A Vida e a Arte de Ademir da Guia” e publicada em 2001.

74 – Ademir foi retratado em poema, publicado no livro “Museu de Tudo” em 1975, quando o poeta João Cabral de Melo Neto dedicou seus versos ao craque palmeirense.

75 – Ademir foi retratado em filme: “Um Craque Chamado Divino”, escrito por Penna Filho e Cláudio Schuster, dirigido por Penna Filho e lançado em 2006.

76 – Ademir foi retratado em música. Composta por Arnaud Rodrigues e gravada em 1977 por Moacyr Franco, a canção se chama “Filho do Divino”.

77 – O músico e compositor Mauro Dilai, em 2013, também fez uma canção em homenagem ao camisa 10 palmeirense, intitulada “Ademir Divino”.

78 – Ademir da Guia foi vereador da cidade São Paulo em 2004.

O primeiro gol da história do Allianz Parque foi marcado pelo Divino

79 – No dia 25 de outubro de 2014, Ademir fez o primeiro gol do Allianz Parque ao cobrar pênalti em um jogo festivo com craques do Palmeiras de todos os tempos que serviu de evento-teste para a nova arena.

80 – Em 2014, Ademir e mais cinco ex-jogadores do Palmeiras inauguraram a “Academia Allianz Parque de Imortais”, camarote na casa palestrina reservado aos ídolos do clube.