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O Palmeiras treinou nesta quarta-feira (29), na Academia de Futebol, e intensificou a preparação para o jogo de ida da final do Campeonato Paulista – o Verdão enfrenta o Água Santa no domingo (02), às 16h, na Arena Barueri. As novidades foram o retorno de Gustavo Gómez após defender a Seleção Paraguaia na Data Fifa e o primeiro treino de Richard Ríos com o elenco.
O zagueiro, que disputou o amistoso entre Paraguai e Chile na última segunda-feira (27), realizou atividades regenerativas no campo após aquecer com o grupo. Já o meio-campista colombiano, confirmado como reforço nesta terça (28), participou de todo o trabalho no campo – o técnico Abel Ferreira comandou um treino tático coletivo com ênfase nas movimentações, no posicionamento e em outros aspectos do jogo.
O goleiro Weverton, após defender a Seleção Brasileira no amistoso com o Marrocos, falou sobre a preparação e o foco do elenco para a decisão contra o Água Santa. “Ninguém chega a uma final por acaso, por sorte. O Água Santa tem méritos, tem grandes jogadores, é uma boa equipe e tem um excelente treinador. A gente sabe que terá dificuldades como em qualquer decisão e estamos nos preparando para isso no dia a dia. Será uma grande final, com dois jogos muito difíceis, e ninguém ganha decisão antes de jogar. Nosso objetivo é buscar mais uma taça e estamos aqui todos os dias pagando esse preço para que no domingo possamos dar início a essa decisão de uma forma positiva”, disse.
“A preparação tem sido muito boa, muito intensa e de muito trabalho. São dias importantes porque, de fato, será difícil termos novamente 15 dias de intervalo de um jogo para o outro e é tempo de recuperar física e mentalmente, aperfeiçoar aquilo que precisamos melhorar e trabalhar coisas novas que o Abel planeja para a temporada. Os meses de abril e maio serão de oito ou nove jogos, então a força do grupo será muito importante. O Abel vem frisando isso desde o começo do ano. Vamos precisar de todo o elenco e, quando se trabalha com foco, todo mundo fica pronto para o que vier pela frente”, completou o camisa 21.
Jogador com mais finais disputadas na história do Palmeiras (11, ao lado de Gustavo Gómez, Raphael Veiga, Rony e do ex-meio-campista Zinho), Weverton é o goleiro com mais títulos pelo clube (nove, ao lado de Oberdan Cattani), o sétimo com mais vitórias (163, atrás de Sérgio, com 165) e o oitavo com mais partidas (281, atrás de Gilmar, com 290). Também é o arqueiro com maior índice de partidas sem sofrer gols pelo Verdão (50,5% – 142 jogos com baliza a zero).
“Quando você mantém uma estrutura vencedora, de jogadores que se orgulham do que estamos construindo, faz a gente continuar pagando o preço para continuarmos vencendo. Quanto mais vai passando o tempo, os adversários vão nos conhecendo mais e vamos virando alvo deles. Isso torna cada vez mais difícil a nossa missão. A gente tem um excelente treinador, que vai se reinventando, mudando o jeito de jogar e fazendo coisas diferentes. E o mais legal de tudo é que o grupo abraça e entende. Ninguém constrói o que temos sem trabalho, sem renúncias e sacrifícios. Uma das frases do Abel é fazer o que for preciso para o Palmeiras vencer e não o que a gente quer. Temos feito isso, temos colocado sempre o nós à frente do eu. Acho que isso se reflete dentro de campo e, mantendo essa espinha dorsal, nos traz tranquilidade, principalmente para a garotada que está subindo e buscando o seu espaço. Esse é um dos segredos do Palmeiras: nós, os experientes, não temos vergonha de sermos os carregadores de piano, os caras que têm de suportar as pressões para os moleques poderem só desempenhar o bom futebol deles. Aqui não temos vaidade”, finalizou o goleiro.
O Palmeiras volta a treinar nesta quinta-feira (30), às 16h, na Academia de Futebol. Atual campeão do Paulista, o Verdão pode conquistar o título estadual de forma invicta pela quarta vez na história – atingiu o feito em 1926, 1932 e 1972. É o segundo no ranking geral, atrás apenas do Corinthians (cinco) e à frente dos extintos Paulistano, Americano e Atlética das Palmeiras (todos com dois cada). O São Paulo conseguiu o feito uma vez, e o Santos, nenhuma.