Kardec expõe gratidão e afirma: ‘Tenho muita lenha para queimar’

Agência Palmeiras
Luan de Sousa

Antes de ser contratado pelo Palmeiras, no dia 1º de julho deste ano, Alan Kardec passou por um período difícil no Benfica-POR: sem chances na equipe profissional, o atacante chegou a pedir para jogar no time B do clube luso. Contudo, depois de vestir o manto alviverde, o jogador reencontrou a felicidade e, em retribuição ao carinho do Verdão, balançou as redes adversárias 14 vezes em 29 partidas.

“Fiquei sem ter grandes oportunidades no Benfica. Pedi para jogar no Benfica B porque, caso voltasse a ter alguma chance, eu estaria preparado. Eu queria ter um mínimo de ritmo de jogo. A minha rotina era: treinava a semana inteira no A e, aos fins de semana, jogava pelo B”, afirmou o camisa 14, que, desde a primeira visita do presidente Paulo Nobre à agremiação lisboeta, no começo do ano, já anteviu a vinda para o Palestra Italia com bons olhos.

“O presidente do Benfica me avisou pessoalmente da primeira visita do Paulo Nobre. Ele me chamou de canto e me contou sobre a procura do Palmeiras. Naquele momento, porém, o clube não abriria mão de mim. Era uma fase final de várias competições e tínhamos, contando comigo, apenas quatro atacantes no elenco. No futuro, no entanto, ele me prometeu que pensaria na minha situação, e foi isso o que aconteceu”, explicou.

“Eu encarei como uma oportunidade e tanto, até pelo carinho que aconteceu por parte do presidente. Quando ocorrem coisas deste tipo e com clubes com a grandeza do Palmeiras é muito gratificante. E eu topei o desafio e sabia que não seria fácil”, relembrou Alan, que não demorou para cair nas graças da torcida palestrina.

“Felizmente, as coisas aconteceram bem rápido aqui. Em outras oportunidades, eu era mais jovem, talvez não tivesse a maturidade, a experiência que eu tenho hoje. Mas eu me preparei para que isso pudesse acontecer também. E, em 2014, eu tentarei manter esta regularidade. Não adianta viver um grande momento como esse e depois cair de rendimento. Quero ser importante com gols e também dando passes e ajudando na marcação. Tenho muito lenha para queimar e quero ficar marcado na história do clube”, expôs Kardec, que reencontrou os ex-companheiros de Vasco Fernando Prass e Vilson e veio junto de Felipe Menezes, que também estava em Portugal.

“Ajudou na minha adaptação ter reencontrado o Prass e o Vilson e ter vindo com o Felipe, com o qual joguei quase três anos no Benfica. Além disso, o Palmeiras tem um grupo muito bom, jovem, humilde e sem vaidade. A comissão também tem uma amizade recíproca. Às vezes, é difícil ser recebido tão bem assim por todos”, enalteceu.

Por fim, Kardec, que marcou inúmeros golaços na temporada, elegeu sua obra-prima predileta: o tento anotado no triunfo por 2 a 1 sobre o São Caetano, no dia 6 agosto, o qual deixaria o francês Thierry Henry, ídolo do atacante, orgulhoso.

“Eu acho que o Henry, se visse o meu gol, ficaria orgulhoso (risos). É difícil me comparar com ele por tudo o que ele representa para o futebol. Mas foi um gol especial, diferente e acabou saindo depois de uma jogada individual. Fico feliz de ter corado esse ano com um gol que levarei para a minha vida inteira”, finalizou.

Confira o golaço de Alan Kardec contra o São Caetano: