Mago ignora reclamações e avisa que vai manter chutes no vácuo
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
Depois de ter sido criticado pelos jogadores do Santo André por ter exagerado nos dribles, firulas e nos chutes no vácuo durante a partida desta quinta-feira, pela Copa do Brasil, o meia Valdivia pediu a palavra na tarde desta sexta-feira (22), na Academia de Futebol, e em entrevista coletiva, afirmou que não vai mudar seu estilo em razão de reclamações que ele considera injustas.
´Resolvi vir aqui até para esclarecer essa situação. Em nenhum momento desrespeitei ninguém. Esse é meu estilo de jogo, é uma jogada característica minha. E o meu objetivo é que proporcione algo para o meu time. Só o fato da equipe adversária ter tido um atleta expulso já mostra que eu estou certo. Quando eu dou aquele chute no vácuo, eu posso fazer várias jogadas, enganar o zagueiro rival, dar um passe. Não faço para humilhar ninguém´, disse o Mago, que foi além.
´Quando eu entro em campo, não respeito o adversário. Respeito e entro para honrar as cores do meu time. Tem mesmo que ir para cima e arriscar. Se vai dar certo ou não, é outra história. Mas meu objetivo é esse, manter o meu futebol e procurar fazer o melhor para o meu clube.´
Valdivia mais uma vez rebateu as críticas do zagueiro Anderson e disse que não reclamou das faltas que sofreu durante a partida. ´Eu levei pancada, levei soco, empurrão, e mesmo assim não fiz nada, não sai falando besteira. O Anderson falou que era pai de família, mas eu também sou. E se ele quebra minha perna naquela entrada? Será que ele iria achar legal? Então tem que falar menos e resolver mais as coisas dentro de campo.´
Elogiado pelo futebol irreverente, o Mago afirmou ser um admirador da criatividade dos jogadores brasileiros. ´Gosto do Neymar, do Lucas, são fora de série. E os torcedores gostam disso, futebol é inovação. Tem que arriscar mais e tentar melhorar para fazer coisas diferentes. Na final da Copa do Rei, o Cristiano Ronaldo meteu uma bola de ombro. É legal para quem assiste.´
O chute no vácuo começou a ser inventado por Valdivia em 2006, quando ele ainda atuava pelo Colo Colo. ´Fiz inclusive um gol, contra o Palestino. Tirei dois zagueiros, a bola ficou na minha frente e o goleiro caiu. Fiz o chute, o goleiro caiu de novo e ficou no chão deitado. Eu aproveitei e fiz o gol´, relembrou. No Palmeiras, Valdivia fez um gol após dar um chute no vácuo contra o Juventus, no Paulistão de 2007. E quando atuava no Al-Ain, do Catar, o Mago também arriscava a jogada. ´Lá era mais fácil, mas eles eram bravos e também não gostavam.´
